Os
primeiros-ministros de Portugal e Cabo Verde, António Costa e José Maria Neves,
mostraram-se hoje preocupados com a instabilidade política na Guiné-Bissau e
apelaram para que se reencontre rapidamente o caminho da estabilidade
democrática.
Os
dois primeiros-ministros falavam hoje na cidade da Praia numa conferência de
imprensa conjunta no âmbito da primeira deslocação oficial de António Costa
como primeiro-ministro a Cabo Verde.
"Não
queria deixar de manifestar a nossa apreensão pelos acontecimentos recentes na
Guiné- Bissau e fazer um apelo veemente a todos os agentes políticos para que
seja possível encontrar rapidamente um novo caminho de estabilidade no quadro
democrático que é aquele que partilhamos entre o conjunto dos países que fazem
parte da CPLP"(Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), disse António
Costa.
Nesse
sentido, apontou Cabo Verde como "o melhor exemplo" pela
"qualidade das suas instituições, da democracia e pela estabilidade do seu
quatro governativo" e reforçou os apelos para que seja possível na
Guiné-Bissau "reencontrar um caminho, de tranquilidade, de paz, de boa
cooperação e de relacionamento entre os diferentes órgãos de soberania".
Por
seu lado, o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, também se
mostrou "muito preocupado" com a situação na Guiné-Bissau, onde a
estabilidade política e governativa está novamente ameaçada depois de 15
deputados do Partido Africano Para da Independência da Guiné-Bissau e Cabo
Verde (PAIGC) terem deixado de responder pelo partido, que venceu com maioria
as eleições de 2014.
O
Governo conta ainda com a oposição do Presidente da República, José Mário Vaz.
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