O
Primeiro-Ministro português, António Costa, salientou esta terça-feira
"progressos" na aproximação de Cabo Verde à União Europeia e no
desejo de Portugal se aproximar de um mercado de 300 milhões de habitantes que
constitui a Comunidade de Estados da África Ocidental.
Costa
afirmou hoje esperar que na próxima cimeira da Comunidade de Países de
Expressão Portuguesa (CPLP), no Brasil, se avance na liberdade de circulação e
no reconhecimento mútuo de direitos políticos e de qualificações académicas.
Perante
os jornalistas, na cidade da Praia, o primeiro-ministro luso defendeu
que as relações com Cabo Verde já não são apenas de carácter bilateral, mas têm
lugar também no âmbito da Comunidade de Países de Expressão Portuguesa (CPLP).
"No
ano em que a CPLP comemorará 20 anos de existência devemos poder reforçar a sua
dimensão de cidadania. É fundamental que a cooperação política, económica,
técnico-militar tenha agora também tradução no quotidiano dos povos de
expressão portuguesa. Temos de ser efectivamente uma comunidade de povos",
advogou.
Depois
de elogios a José Maria Neves, que enquanto líder do executivo cabo-verdiano
contactou já com seis diferentes primeiros-ministros portugueses, António Costa
defendeu a necessidade de abertura de "um novo ciclo de cooperação assente
no intercâmbio económico e empresarial", além das áreas tradicionais da
educação ou saúde.
"Queremos
desenvolver áreas como a economia do mar e o enorme desafio das energias
renováveis - um cluster que tem progredido em Portugal e que é um bom
exemplo de produção de inovação tecnológica e de conhecimento. Um dos
principais desafios da humanidade é o das alterações climáticas e as energias
renováveis terão um papel fundamental", disse.
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