A
porta principal do Parlamento da Guiné-Bissau foi hoje arrombada por alguns
deputados, anunciaram em comunicado os serviços da Assembleia Nacional Popular
(ANP) da Guiné-Bissau.
O
acesso ao hemiciclo foi sujeito a "arrombamento" por alguns
parlamentares "comandados pelo ex-deputado Baciro Djá, apesar da suspensão
da sessão", decretada na quinta-feira, sem data para o retomar dos
trabalhos.
"O
Conselho de Administração da ANP deu conhecimento desta grave violação das
instalações às autoridades competentes", acrescenta-se.
Djá
negou hoje o arrombamento, ao falar no hemiciclo, referindo que as portas da
ANP abrem com qualquer chave.
Baciro
Djá é um dos 15 deputados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo
Verde (PAIGC) que perderam o mandato e que se têm recusado a ser substituídos,
protestando e levando à suspensão dos trabalhos até que haja condições de
segurança.
À
revelia da mesa da ANP, aquele grupo e a maior força da oposição, o Partido da
Renovação Social (PRS), alegam ter formado uma nova maioria e ter dado
continuidade à sessão que tinha sido suspensa na segunda-feira, tendo já
enviado para promulgação do Presidente da República uma moção de censura ao
Governo do PAIGC.
Hoje
realizaram novo encontro que serviu para agendar para 26 de janeiro, próxima
terça-feira, um debate sobre a situação política do país.
O
grupo dos 15 dissidentes do PAIGC e a bancada do PRS alega que a suspensão
decretada pelo presidente da ANP, Cipriano Cassamá, não os vincula, uma vez que
já elegeram uma nova mesa do Parlamento chefiada por Alberto Nambeia, líder do
partido da oposição.
LFO
// EL - Lusa
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