O
Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, anunciou hoje em
comunicado que vai iniciar um processo de auscultação das forças vivas do país
para encontrar soluções para a atual crise política.
"No
âmbito das suas competências constitucionais, [o Presidente da República] vai
desencadear todos os mecanismos, nomeadamente a auscultação das forças vivas da
Nação, tendo por objetivo encontrar as melhores vias para a saída da presente
crise", refere-se no documento.
Ao
mesmo tempo, o chefe de Estado pede "diálogo" às diferentes fações
políticas em confronto, para que cheguem a "largos consensos e
compromissos nas questões interesse nacional".
José
Mário Vaz considera ainda "ser de capital importância a criação de um
clima de maior discernimento e contenção verbal".
Um
grupo de 15 deputados expulsos do PAIGC e que perderam o mandato na última
semana, recusa-se a ser substituído no Parlamento e tem protestado, o que levou
à suspensão da sessão que deveria apreciar o programa do Governo.
A
suspensão vigora até que haja condições de segurança no hemiciclo, anunciou o
presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá.
À
revelia da mesa da ANP, aquele grupo e a maior força da oposição, o Partido da
Renovação Social (PRS), alegam ter formado uma nova maioria e ter dado
continuidade aos trabalhos, tendo já enviado para promulgação do Presidente da
República uma moção de censura ao Governo do PAIGC.
Hoje
realizaram novo encontro que serviu para agendar para 26 de janeiro, próxima
terça-feira, um debate sobre a situação política do país.
O
grupo dos 15 dissidentes do PAIGC e a bancada do PRS alega que a suspensão
decretada pelo presidente da ANP não os vincula, uma vez que já elegeram uma
nova mesa do Parlamento chefiada por Alberto Nambeia, líder do partido da
oposição.
LFO
// EL
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