Os
custos de produção de um barril de petróleo na Guiné Equatorial e no Brasil são
quase o triplo do preço atual desta matéria-prima, de acordo com dados da
consultora Rystad Energy fornecidos à Lusa.
Os
custos de produção de um barril de petróleo na Guiné Equatorial e no Brasil são
quase o triplo do preço atual desta matéria-prima, de acordo com dados da
consultora Rystad Energy fornecidos à Lusa.
O
preço nos mercados internacionais suficientemente alto para cobrir os custos de
produção, entre os países lusófonos, oscila entre os 59 dólares de Angola e os
89 da Guiné Equatorial, ao passo que no Brasil o custo de produção chega a 81
dólares por barril.
"Estas
são as nossas estimativas para o preço de 'break-even', retiradas da nossa base
de dados Rystad Energy UCube em janeiro", disse a analista Olga Kerimova à
Lusa.
Na
quarta-feira, o petróleo abriu a valer pouco mais de 30 dólares, praticamente
um terço do preço a que precisaria de estar para começar a ser rentável para o
produtor lusófono onde é mais caro produzir um barril - a Guiné Equatorial.
Estes
valores, no entanto, não espelham a importância das receitas para a economia do
país, não sendo por isso possível concluir que é mais vantajoso para uma
empresa deixar de produzir nos países onde o custo de 'fazer' um barril de
petróleo é maior.
Isso
mesmo fica bem visível numa análise publicada esta semana pela consultora
WoodMackenzie, que estudou mais de 100 mil poços de petróleo para concluir que
só 0,1% da produção foi cancelada devido à descida dos preços do petróleo,
apesar de, com os preços a cerca de 35 dólares por barril, 3,4 milhões de
barris por dia não são lucrativos, representando 3,5% da oferta diária mundial.
"A
análise dos nossos dados para 2016 mostra que com o preço do barril a 35 dólares,
3,4 milhões de barris diários custam mais a produzir do que as receitas
rebeidas; na prática, as suspensões de produção têm sido mínimas nesta crise
são mínimas - menos de 100 mil barris por dia, o equivalente a 0,1% da
produção", lê-se na análise destes consultores, a que a Lusa teve acesso.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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