TV
Al-Jazeera English faz reportagem especial (vídeo legendado em português) sobre
o papel que a mídia brasileira tem desempenhado na tentativa de tirar Dilma
Rousseff da Presidência da República
Publicações
como Der Spiegel (Alemanha), The Economist (Inglaterra), El País (Espanha),
Público (Portugal), The Guardian (Inglaterra), Página 12 (Argentina) e até
mesmo a rede de televisão Al-Jazeera, entre outras, estão denunciando a ameaça
contra a democracia no Brasil. E mais: boa parte desses veículos destaca o
protagonismo da mídia brasileira no golpe.
Um
exemplo é a publicação alemã Der Spiegel. Sob o título “A Crise Institucional no Brasil: Um Golpe Frio”,
no último sábado (19.03.2016), em seu online, a Spiegel citou textualmente a
participação das Organizações Globo em prol do impeachment.
Diz
o texto: “parte da oposição e da Justiça age, juntamente com a maior empresa de
telecomunicações TV Globo, para estimular uma verdadeira caça às bruxas que tem
como alvo o ex-presidente Lula”. O juiz Sérgio Moro também é mencionado, não na
carapuça de herói, mas como um juiz que faz política, o “que não é sua função”.
Entre
as denúncias, destaca-se uma reportagem divulgada pela Al-Jazeera (assista
abaixo), a mais importante rede de televisão do mundo árabe. Nesta
segunda-feira (21.03), o Listening Post dissecou, a partir de imagens
e entrevistas, o papel central da mídia brasileira na condução do golpe.
Frisando
que Dilma não está sob nenhuma investigação, a reportagem mostra, por exemplo,
a suspensão da programação regular na TV brasileira, trazendo imagens da Rede
Globo e de outras emissoras, no dia da manifestação contra o Governo Dilma,
“incitando as pessoas a irem para as ruas exigir o impeachment da presidenta
Dilma Rousseff”.
A
reportagem aponta, também, que “cinco famílias, entre as mais ricas do país,
controlam 70% dos principais meios de comunicação”, compondo o “establishment
brasileiro, a classe dominante, há décadas”. E dispara: “nem Lula, nem Dilma
tentaram diversificar a cena midiática em relação à concessão de propriedade
dos canais de transmissão”.
Pragmatismo
Político
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