O
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou Barack Obama de querer
implementar uma "estratégia imperial" que visa voltar a dominar os
países da América Latina e as Caraíbas.
O
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou esta quinta-feira o seu
homólogo norte-americano, Barack Obama, de dirigir uma “estratégia imperial”
que visa voltar a dominar os países da América Latina e as Caraíbas.
Segundo
Nicolás Maduro, a estratégia passa pela tentativa de “derrubar” Governos como o
da Presidente do Brasil, Dilma Rouseff ou pedir mudanças noutros países, como a
Venezuela.
“Que
fazer? Nos ‘fazemos os loucos’ (expressão venezuelana que quer dizer que alguém
faz de conta que não percebe o que acontece)? Desconhecemos que há uma
estratégia imperial para reconquistar a América Latina e as Caraíbas”,
questionou Nicolás Maduro, que falava no final de um Conselho de Ministros, em
Caracas.
O
líder venezuelano acrescentou que a “estratégia imperial” é dirigida pelo
“Presidente (Barack) Obama”.
“Há
que dizer (isso). Ele acredita que pode reconquistar (a região) com as suas
garras imperiais”, disse Maduro, explicando que o propósito é “a dominação
económica, cultural, política e social, através das oligarquias internas” de
cada um dos países da América Latina.
Como
exemplo referiu a alegada “campanha de infâmias e mentiras” contra Dilma
Rouseff e a tentativa de combater “líderes honestos” como os presidente da
Bolívia, Evo Morales, e da Nicarágua, Daniel Ortega e a ex-Presidente da
Argentina, Cristina Fernández Kirchner.
“Temos
estado a nadar contra a corrente, mas esses são os caminhos que devemos
seguir”, disse, precisando que no seu caso é preciso “fazer grandes
retificações do desgaste produzido por ser governo há 17 anos na Venezuela” e
que “há que reconhecer que as oligarquias da direita estão a retomar o guião e
a iniciar uma campanha para nos fazer desaparecer (governos de esquerda)”.
Por
outro lado, Maduro anunciou, durante o Conselho de Ministros, que o
vice-presidente Executivo da Venezuela, Aristóbulo Istúriz, viajará nos
próximos dias para a Índia, África e ao Brasil, para reforçar e fortalecer as
relações bilaterais.
Lusa,
em Observador
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