Alberto Castro*, Londres
O
muito honorável Tony Blair, o mesmo que juntamente com George Bush foi
responsável pela morte de milhares de inocentes por causa de uma mentira e
colocou o mundo na confusão que hoje vemos, virou multimilionário só em
conferências e consultoria a governos estrangeiros. Na América Latina, por
exemplo, é principescamente pago para aconselhar o governo da Colômbia em
projeto de mineração orçado em 2 bilhões de libras esterlinas. Os britânicos
pouco se importam com a forma como se tornou multimilionário e como usa seus
milhões. Choca muito mais a ação dele na guerra do Iraque para o qual muitos
pedem que responda criminalmente. Blair estudou em Oxford, uma das mais
prestigiadas universidades do mundo.
No
Brasil, Lula, tirou milhões da pobreza, fez como nenhum outro presidente na
história do Brasil uma política de inclusão social e colocou o país como player
respeitado no mundo. É crucificado pela origem humilde, por não ter diploma
universitário, como se de nada valessem as competências adquiridas ao longo dos
anos de sindicalismo e de política ao mais alto nível na maior das
universidades: a da vida. Foi o político mais popular do planeta, algo que
deveria ser motivo de orgulho para os brasileiros. É um dos políticos mais
requisitados e mais bem pagos do mundo em conferências e consultoria e joga
toda sua influência em favor de empresas brasileiras no estrangeiro que, por
sua vez, geram empregos para milhares dentro e fora do Brasil.
Se
cometeu ilícitos, alguns tão bizarros que só mesmo em países de mentalidade
tacanha é notícia na grande mídia, deve pagar. Mas ser crucificado da forma
como está sendo, só mesmo em um país da região de maiores desigualdades no
planeta, desigualdades fruto de elites retrógradas, mesquinhas e
preconceituosas até a medula com classe, raça e gênero.
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