Hoje
é Dia Internacional da Mulher? É. Antes era Dia da Mãe. Vai dar no mesmo. As
mulheres estão predestinadas a serem mães, por isso… Depois há as boas mães e
as más mães. Mas disso quase ninguém fala. Muito menos neste dia. Talvez
possamos ficar na dúvida se as más mães são realmente mulheres… para além do
sexo. Se existissem deuses com poderes que pudessem impossibilitar essas
megeras más mães de terem a capacidade de parirem dava jeito e contribuíam imenso
para melhorar o coletivo, a sociedade. Também existem maus pais, claro. Esses deviam
ser eunucos. Os deuses devem ser cegos ou então, depois de tantas tretas,
afinal, não existem. Mas vamos às mulheres nesta abertura e a seguir com uma peça de duas mulheres que escrevem (trabalham) para o Notícias ao Minuto.
Cada
mulher que conhecemos bem (ou mal) é uma curiosidade que nos fica para toda a
vida. É impressionante a sua força, a sua capacidade de resistir ao cansaço e à
vida estúpida só recompensada pelos reencontros com os filhos depois de um dia
de árduo trabalho e exploração num emprego mixuruca quando ela guarda capacidades
para muito mais. Antes era assim, levantava-se primeiro que tudo e que todos (era a última a deitar-se). Preparava roupas que iam ser vestidas por todos. Marido e filhos. Preparava os pequenos-almoços.
Ia acordando a família. Controlava os filhos a vestirem-se se fosse ainda
necessário, lavava-os e compunha-os, sentava-os à mesa. O marido (o pai) já
estava vestido e pronto, juntava-se aos filhos a “pequenalmoçar”. A mulher, a mãe,
fugia para o banheiro. Compunha-se num ápice. Borrava ou não a cara.
Alindava-se. Trincava qualquer coisa à pressa. Saíam todos para os seus
afazeres quotidianos. E lá ia a mulher-mãe dar oito horas ao patrão. Oito ou
mais. Depois era o mesmo de sempre. Casa, jantar, meia-de-conversa e de mimos.
Louça para lavar, roupa para estender (se tivesse máquina de lavar os trapos).
E amanhã? Amanhã não era outro dia, era o mesmo de sempre. Assim era (ainda é?)
na classe média (baixa e assim-assim). A vida é uma luta, dizem. A vida é filha
da puta! Digo. Desculpem a franqueza e falta lisura.
Agora
já não será assim, nem por isso a vida deixa de ser vida estúpida. Que se lixe a roupa, a casa e ter filhos. Boa.
Fazem bem. As que fazem. Vamos acabar com a espécie humana que é tão desumana. Em
vez de ter filhos optam por ter cães. Uma carreira profissional. Ir ao cinema. Á
discoteca. Aos encontros com amigos. Ás compras no centro comercial onde outras
mulheres estão trabalhando por um salário indigno…
E
depois de sabermos tudo isto sobre as mulheres, e mais, muito mais, elas não
deixam de continuar a ser uma curiosidade (um mistério) para toda a vida. Uma curiosidade a
quem nos apetece oferecer flores. Por quem nos apaixonamos e admiramos, sempre.
A essas, às lutadoras, as boas mães. Não às más mães. Fazem bem as que não têm
filhos. Não correm o risco de virem a revelar-se más mães. E até nisso são uma
curiosidade para o resto das nossas vidas.
As
mulheres realmente mulheres que comemorem bem o dia. Merecem que assim seja. Obrigado
mãe. Obrigado boas mães, boas profissonais, boas gestoras domésticas mesmo em
tempos difíceis como os da atualidade, em que eles comem tudo e não deixam nada. Obrigado
mulheres, as mesmo mulheres, as que ajudam a que o mundo pule e avance. Para
quem família não é palavra vã.
Redação
PG / MM
Oito
curiosidades sobre o Dia Internacional da Mulher
O
dia 8 de março marca, todos os anos, o Dia Internacional da Mulher, um dia em
que se homenageia o trabalho que as antigas gerações desenvolveram na luta pela
igualdade de géneros.
Apesar
da 'guerra' estar longe de estar acabada, o progresso feito pelas mulheres
desde o primeiro Dia Internacional das Mulheres, em 1908, é impressionante.
Tudo começou quando 15 mil mulheres marcharam nas ruas da cidade de Nova Iorque
exigindo menos horas de trabalho, um melhor salário e o direito a votar.
1.
Nem sempre foi celebrado no dia 8 de março. Nos primeiros cinco anos o Dia
Internacional da Mulher era celebrado no dia 28 de fevereiro.
2.
O próprio significado deste dia tem evoluído. Começou por sem um protesto
massivo organizado por mulheres que procuravam ter melhores condições de
trabalho e o direito ao voto. Mas desde aí tem-se tornado num dia de
consciencialização em relação ao progresso da mulher na corrente luta
pela igualdade de género. É também um dia para destacar por todo o mundo os
assuntos que afetam directamente a mulher.
3.
É uma data reconhecida em mais de 25 países. Incluindo países como China,
Vietname, Uganda, Afeganistão, Cuba, e Rússia.
4.
É feriado oficial em 24 países e na China, na Macedónia, em Madagascar e no
Nepal é feriado só para as mulheres.
5.
Nos Estados Unidos celebra-se a história da mulher durante todo o mês de março. Foi
declarado pelo presidente Barack Obama em 2011.
6.
É celebrado também por homens. Apesar de ser um dia criado por mulheres e
para mulheres, também muitos homens aproveitam este dia para honrar as lutas
das mulheres e assumir os valores do feminismo.
7.
Desde 1996, a ONU atribui um tema especial ao Dia Internacional da Mulher.Este
ano é ‘Planeta 50-50 em 2030: Um passo decisivo pela igualdade de géneros’.
8.
Em países como Portugal o dia é celebrado com a oferta de flores às mulheres e
com jantares e festas só para o sexo feminino.
Vânia
Maria com Ana Lemos – Notícias ao Minuto
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