Pequim,
08 mar (Lusa) - O órgão anticorrupção do Partido Comunista Chinês (PCC) quer
garantir que o Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau, do Conselho de
Estado da China, é abrangido pela campanha anticorrupção em curso no país.
Li
Qiufang, da Comissão Central de Inspeção e Disciplina do PCC, confirmou à
imprensa de Hong Kong que desde o início do ano integra o gabinete encarregado
por Pequim de lidar com as duas regiões administrativas especiais chinesas.
O
objetivo é garantir que a campanha anticorrupção em curso na China, a mais
drástica e persistente das últimas décadas, se alarga como um
"cobertor", explicou Liu, assegurando que "nenhuma área será
deixada ao acaso".
Questionada
sobre se há algum caso concreto a ser investigado, a responsável disse
"ser nova no posto" e que está a analisar a situação.
Liu
falava à margem da sessão anual da Conferência Consultiva Política do Povo
Chinês (CPCPC), que decorre paralelamente à Assembleia Nacional Popular (ANP),
órgão máximo legislativo do país, durante cerca de duas semanas.
Exceto
nas áreas da Defesa e Relações Externas, que são da competência exclusiva de
Pequim, Hong Kong e Macau gozam de "um alto grau de autonomia", são
"governadas" pelas respetivas populações, mantêm as suas moedas e não
pagam impostos ao governo central chinês.
No
sábado passado, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou no relatório
apresentado à ANP que o governo continuará a combater a corrupção "sem
descanso".
Só
em 2015, cerca de 300 mil altos quadros do Governo chinês de diferentes níveis
foram punidos por corrupção.
JOYP
// APN
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