Cavaco
fez as despedidas de Belém, do péssimo e terrível desempenho enquanto
presidente da República. Passou à história das figuras tenebrosas da República
e da democracia. Na memória da história de Portugal quase igualou os
presidentes do salazarismo, encontrando-se mesmo semelhanças com Américo Thomaz.
Só que os tempos são de democracia no pós 25 de Abril de 1974 e Cavaco, por
mais que tentasse, não conseguiu reverter tanto o tempo e o modo nos 10 anos
que ocupou Belém e aquele cargo. Foi eleito, argumentarão. Sim, incluindo por
cerca de um milhão de analfabetos e iletrados que existem em Portugal, pela
alta burguesia e pela alta finança que o transportou ao colo.
Disse
ele nas despedidas que serviu o país no “superior interesse nacional”. Sim. O
superior interesse dos banqueiros que partilham com ele a manjedoura, assim
como os grandes empresários e os grandes vigaristas (alguns indiciados e a
contas com a justiça) das suas relações.
É
muito provável que no entendimento retrógrado e aniquilante de uma sociedade
transparente e justa Cavaco se convença de que teve um desempenho que tenha
servido Portugal e os portugueses, mas isso só na cabeça de Cavaco e de seus
parceiros é que tal cartoon pode fazer sentido, os portugueses sabem que não. Sabem
que Cavaco foi o pior e mais nefasto presidente da República de Portugal. Sabem
que a tão falsamente evocada justiça social para ele são somente palavras que
ficam bem nos discursos porque na prática a justiça de que ele fala foi
injustiça durante a sua presidência. Isso aconteceu devido à concordância e
conluio permanente de Cavaco com a seita de sua preferência, do PSD e do CDS,
que foram governo durante quatro anos.
A
fome de milhares de portugueses não é justiça social, os despejos de portugueses
de suas casas não é justiça social, o empobrecimento compulsivo a que os seus
comparsas submeteram os portugueses não é justiça social, os que se viram na necessidade
de emigrar para fugirem da miséria em Portugal não é justiça social, o
esvaziamento da cultura não é justiça social, o igualmente esvaziamento da
educação previligiando o ensino privado não é justiça social. Cavaco Silva é um
embuste e como embuste que é assim desempenhou tenebrosamente o seu cargo. Foi
por dez anos o prejuízo de Portugal e dos portugueses, serviu a sua seita, as
suas cores partidárias e de ideologia, os seus cúmplices. Cavaco foi o
presidente da direita que espezinhou a democracia – principalmente nos últimos
quatro anos.
Cavaco
abandona em 09 de Março, quarta-feira, o cargo que tão nefastamente
desempenhou, dará lugar a Marcelo, um homem de direita mas, que se saiba,
culto, humano, tolerante e democrático. É assim que esperamos que se mantenha e
que assim sendo cumpra as funções para que foi eleito, a presidência da República
de Portugal, servindo todos os portugueses e não pactuando com os parasitas
banqueiros, nem com os vigaristas do costume ou outros que padeçam de ganância
e avareza. Como Cavaco e a sua trupe.
Dos embustes de que fale Cavaco na hora da tardia despedida é melhor rir... para não chorar.
Dos embustes de que fale Cavaco na hora da tardia despedida é melhor rir... para não chorar.
Redação
PG / MM
Foi
uma honra ter servido o país seguindo "superior interesse nacional"
O
Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, disse hoje ter sido um privilégio
e uma honra ter servido Portugal nos últimos dez anos, reiterando que sempre
agiu de acordo com "o superior interesse nacional".
"Foi
para mim um enorme privilégio servir Portugal e os portugueses ao longo destes
dez anos tão cheios de desafios. Senti-me, em cada dia, profundamente honrado
pela confiança que os portugueses depositaram em mim quando me escolheram para
Presidente da República. Estou, a todos eles, profundamente grato",
afirmou o chefe de Estado, numa cerimónia na Câmara de Cascais.
Sublinhando que procurou corresponder a essa confiança agindo "sempre em consciência", de acordo com o superior interesse nacional, no cumprimento da Constituição, Cavaco assegurou que não olhou a outro critério que "não o da procura de um futuro melhor para as novas gerações".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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