A
famigerada “lista VIP de contribuintes” criada por Paulo Núncio (na foto), dos
tempos do governo de Passos Coelho, não foi extinta e até foi alargada, é o que
trazemos via Notícias ao Minuto. Quem assim declara é o presidente do Sindicato
dos Trabalhadores dos Impostos.
Alargada como? Pois só pode ser com mais nomes
de contribuintes considerados portugueses de primeira, daqueles que têm por
vencimentos mensais aquilo que o cidadão normal não ganha em cinco anos de
trabalho ou muitos mais anos. Já para não referir os desempregados e outros
portugueses que não têm direito a nada, a não ser fome e porrada… da vida e de quem mais quiser malhar.
Não
é admissível que tal lista exista. Em democracia vigente na realidade
pretende-se e pratica-se o que é para um é para todos em termos de justiça e
normativos fiscais ou outros. Pela preocupação e cuidado em tornar inacessível uns
quantos cidadãos sobre o que declaram ao fisco só um raciocínio pode
prevalecer: querem esconder a realidade das suas posses financeiras e bens
materiais por serem provenientes de imoralidades auferidas ou até de roubos. Objetiva
e popularmente podemos dizer que esses VIPS não querem que se saiba quanto
mamam ou quanto roubam.
O
governo PS com o apoio das esquerdas não pode continuar a alimentar aquele
esconderijo de uns quantos. É urgente que termine com os processos em curso r
os já efetuados aos funcionários das finanças. Tão urgente quanto acabar com a
tal “Lista VIP”. Assim como é urgente que a democracia e transparência retirada
pelo governo anterior seja reposta.
A
seguir, a notícia no Notícias ao Minuto, de lavra de Andrea Pinto. Se estiver a
fim leia também um pouco do historial no Vai e Vem sobre a lista que o governo Cavaco-Passos-Portas alegava não existir.
Redação
PG / MM
Contribuintes:
Lista VIP "não só não foi extinta, como foi alargada"
Denúncia
é do presidente do Sindicato dos Impostos
Paulo
Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, afirma que os
trabalhadores do Fisco continuam a ser alvo de investigações para apurar a que
tipo de informações estão a ter acesso. Prova disso, refere, é que
quinze dos 29 processos que ainda estão pendentes foram abertos este ano.
“Isto
indicia a existência de uma Lista VIP mais alargada, pois quando são dados de
pessoas anónimas os trabalhadores nunca são chamados para justificar nada”,
afirma o presidente do sindicato ao Notícias Ao Minuto, revelando ainda
que os processos a decorrer dizem respeito “a pessoas mediáticas, que surgem
muitas vezes nos media, e que são pessoas da política, negócios e finanças”.
Este
processo de “auto censura” que funciona como “um filtro do rasto informático”
dos trabalhadores está a ter consequências graves entre os trabalhadores que
têm medo muitas vezes de aceder aos dados, o que contribui para que não se
esteja a proceder ao “combate à fraude fiscal”.
“Tem
de haver livre acesso aos dados”, defende Paulo Ralha, sublinhando, ainda, que
“num país livre” como Portugal “não há razão de existir” esta censura que “só
beneficia os esquemas de fuga ao Fisco”.
Recorde-se
que a polémica Lista VIP surgiu em 2014, altura em que se noticiava a
existência de uma lista de contribuintes a que os trabalhadores não podiam
aceder. Nessa lista, à altura, constavam nomes como o de Pedro Passos Coelho,
Cavaco Silva, Paulo Portas e Paulo Núncio.
Mais
de um ano depois, defende Paulo Ralha, essa Lista “não só não deixou de existir
como ainda foi alargada”.
Andrea
Pinto – Notícias ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário