A
empresária angolana e o grupo catalão estão mais uma vez sentados à mesa das
negociações para resolver o problema do BPI. A revelação é feita pelo ministro
da Economia em entrevista à TSF.
Os
dois maiores acionistas do BPI estão de novo a negociar uma solução para a
instituição, que tem, por ordem do Banco Central Europeu (BCE), de sair do
Banco de Fomento de Angola (BFA).
A
revelação é feita por Manuel Caldeira Cabral. Em entrevista à TSF, o ministro
da Economia afirma que "está a haver outra vez um trabalho de aproximação
das partes", mas descarta que o executivo ser envolva diretamente mais uma
vez nesse processo: "é tempo de deixar espaço para que as partes encontrem
um acordo", afirma.
O
diploma promulgado por Marcelo Rebelo de Sousa depois de Isabel dos Santos e o
CaixaBank não terem chegado a acordo no prazo imposto pelo BCE foi criticado
pela empresária angolana, que diz que a lei (que entra em vigor a 1 de julho)
beneficia o CaixaBank. Uma crítica à qual o ministro prefere não responder:
"não quero comentar a posição negocial de uma das partes numa negociação
que é privada", sublinhando que "há interesse de todos os acionistas
em encontrar uma solução que mereça um consenso".
Caldeira
Cabral acredita que a solução seja encontrada e sublinha que "os
principais acionistas também acreditam, senão não estariam outra vez a
conversar e a tentar encontrar soluções. E mesmo que não haja consenso, há uma
solução", garante.
PEC.
Críticas "normais" do Conselho das Finanças Públicas
O
ministro da Economia garante que "é possível confiar no programa de
Estabilidade aprovado nesta semana, e desvaloriza as críticas feitas pelo
Conselho das Finanças Públicas: "as críticas são normais em todos os
programas de Estabilidade", comenta, acrescentando que "apontam para
divergências que nalguns casos são de 0,1 ou 0,2 pontos percentuais, não são
divergências preocupantes".
Empresários
e investidores "sem medo"
Nesta
entrevista, Manuel Caldeira Cabral garante que as políticas do governo, e em
particular as da área laboral, não assustam as empresas, ao contrário do que
insinua a oposição: "se há coisa que não tenho sentido nos empresários é
medo. Algumas forças políticas tentam passar essa ideia, mas não vejo medo nos
empresários e nos investidores". Uma formação que o ministro demonstra
dizendo que "há uma linha de investimento na AICEP que tinha uma série de
intenções de investimento que estamos a concretizar assinando contratos. Não
tivemos até agora nenhuma desistência nem nenhuma empresa a invocar medo para
desistir de investimentos", garante. "Os empresários com o tal medo
aceleraram as candidaturas aos fundos comunitários", ironiza.
David
Dinis e Hugo Neutel – TSF (ontem)
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