Martinho Júnior, Luanda
…
“el peligro mayor que hoy se cierne sobre la tierra deriva del poder
destructivo del armamento moderno que podría socavar la paz del planeta y hacer
imposible la vida humana sobre la superficie terrestre.
Desaparecería
la especie como desaparecieron los dinosaurios, tal vez habría tiempo para
nuevas formas de vida inteligente o tal vez el calor del sol crezca hasta
fundir todos los planetas del sistema solar y sus satélites, como gran número
de científicos reconocen. De ser ciertas las teorías de varios de ellos, las
cuales los legos no ignoramos, el hombre práctico debe conocer más y adaptarse
a la realidad. Si la especie sobrevive un espacio de tiempo mucho mayor las
futuras generaciones conocerán mucho más que nosotros, aunque primero tendrán
que resolver un gran problema. ¿Cómo alimentar los miles de millones de seres
humanos cuyas realidades chocarían irremisiblemente con los límites de agua
potable y recursos naturales que necesitan?”… - Discurso del líder de
la Revolución cubana, Fidel Castro Ruz, en la clausura del 7mo Congreso, 19 de
Abril de 2016.
1
– O 1º de Maio de 2016 tem destas coisas como lembrar os discursos de Fidel,
sobretudo suas preocupações sobre a vida no planeta, algo que tem muito a ver
com o universo de trabalho dos seres humanos, com o modo de vida dos povos de
todo o mundo, com a trajectória singular da humanidade, com as possibilidades
da biodiversidade e com o respeito que a Mãe Terra urgentemente carece.
O
1º de Maio é motivo para a clarividência e por isso, sendo as palavras do
Comandante Fidel um sinal de alerta para o muito que o homem tem feito de
errado desde o início da “Revolução Industrial”, há todos os motivos para
uma reflexão global sobre “a nossa casa comum” em tempo de“Revolução
Digital”!
2
– A hegemonia unipolar e a tentativa de multi polarização emergente, comporta
um balanço deveras preocupante, pois a situação dos relacionamentos
internacionais está a ser profundamente alterada, aumentando o grau de
imprevisibilidade e proporcionando um proliferar de riscos de toda a ordem, até
por que o capitalismo neoliberal dos que nutrem e sustentam a hegemonia
unipolar, é por si um “produto” tóxico.
Fazer
com que o colectivo humano ganhe consciência dos factores de imprevisibilidade,
ou consciência dos riscos, é um processo lento que não corresponde à urgência
da tomada de medidas globais, pelo que o campo de manobra de todo o tipo de
fundamentalismo não cessa de progredir, potenciando ainda mais os factores de
desequilíbrio, contrários à paz global indissociável ao respeito devido à Mãe
Terra.
3
– A comprovar as preocupações tão legítimas do Comandante Fidel sobre os
destinos comuns do homem e da Terra, tenho vindo a comprovar quanto os
analistas mais lúcidos das correntes situações e conjunturas, têm vindo a
explicar o agravamento das relações internacionais, do ambiente e do trabalho
que afectam todo o mundo e influem irremediavelmente nas tendências que vão
envenenando também a paz interna de cada povo mesmo nos mais recônditos lugares
do planeta.
Instituições
que vão desde o Global Research, ao Voltairenet, ao Greenpeace, não cessam de
detalhar o alerta global nos seus multifacetados termos, tal como entidades que
em todos os continentes cultivam a permanente consciência e atenção sobre o
evoluir das situações.
É
nesse rol que eu me procuro colocar, perseguindo a urgência cultural duma
lógica com sentido de vida e apercebendo de quanto os fenómenos de
relacionamento global vão impactando nos fenómenos locais, nações e povos
adentro, aproveitando-se quantas vezes das alienações galopantes das multidões,
da sua imprudência e imaturidade, do seu alheamento em relação ao que se passa
com o todo e das implicações que tudo isso por tabela faz repercutir também nas
questões que se prendem ao trabalho.
A “Revolução
Industrial” está na origem da enorme massa trabalhadora e proletária
global e de forma controversa, na sua mobilização (inconsciente) para a
produção das nocivas alterações climáticas de que hoje se sofre efeito.
A “Revolução
Digital” estando a trazer contudo transformações profundas em relação ao
tempo e espaço do trabalho, não está a servir de forma fiável à mobilização
global tão necessária à sustentabilidade da vida no planeta por que cede espaço
às cargas alienatórias que por si impedem a necessária e urgente mobilização
consciente, algo que tem a ver com as manipulações dos interesses capitalistas
dominantes (o domínio para ser exercido pelos 1%, só o conseguirá ser alienando
as grandes massas); é esse também o papel ideológico maior do neoliberalismo.
À
tese do capitalismo neoliberal, resta a antítese da cultura emanada de lógica
com sentido de vida, o caminho que poderá mover em uníssono os 99% de toda a
humanidade para que os problemas possam ser resolvidos, mas acima de tudo evitados!
Nesse
aspecto são os trabalhadores de todo o mundo que melhor poderão interpretar e
estimular essa lógica, por que recai de sua inteligência e de suas mãos tudo o
que de melhor se poderá fazer pela humanidade, pelo planeta e pelos seus
destinos comuns.
4
– Para muitos e também para mim, a IIIª Guerra Mundial está aí!
Para
além da disseminação do caos por todos os continentes da Terra (o único ainda a
salvo é a Oceânia), por via do alastramento de fundamentalismos de carácter
terrorista e fascista desde aquele fatídico 11 de Setembro de 2001 nos Estados
Unidos, a tese entre um universo de concepção hegemónica unipolar e a antítese
da emergência multi polar ganha espaço e impulso global, convergindo tudo isso
para uma possível confrontação de consequências incalculáveis e imprevisíveis.
Essa
tendência junta-se aos maltratos que tem vindo a sofrer às mãos do homem a Mãe
Terra!
Os
riscos e ameaças de hoje são maiores que nos tempos da chamada “Guerra
Fria”, com o choque de interesses entre os dois quadros e modelos de
relacionamento internacional que muitas vezes se interpenetram, a que de forma
subjacente se junta a disseminação do jihadismo salafista que está na base da
Al Qaeda e Estado Islâmico, dos seus múltiplos ramos, assim como do crescer do
fascismo em estados como a Ucrânia, a Turquia, ou as monarquias arábicas, ou de
instituições guerreiras de largo espectro como o Pentágono, ou a NATO, ou de
múltiplos serviços de inteligência indexados ao exercício do poderio da
hegemonia unipolar.
Aos
trabalhadores de todo o mundo, face a tantos sintomas de guerra, subsiste a
necessidade de luta por um trabalho que escape aos poderosos factores nocivos
globais (capaz de vencer a opressão e a alienação que sobre si recai) e ao
mesmo reforce a sustentabilidade no planeta, tudo isso em estreita identidade
para com a vida!
São
pois aqueles que produzem, os trabalhadores, que melhor podem contribuir para
os diagnósticos do presente e do futuro, perante as doenças manifestas da
humanidade e do planeta!
Como
não poderemos deixar de valorizar pois as mensagens de alerta do Comandante
Fidel, que têm sido uma constante desde a Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e o Desenvolvimento ocorrida no Rio de Janeiro a 12 de Junho de
1992?
Na
foto do 1º de Maio de 2014 em Havana, Cuba.
Nota:
-
El Pueblo cubano vencerá – http://www.cubadebate.cu/opinion/2016/04/19/fidel-castro-el-pueblo-cubano-vencera/#.VxZyaT72Zy0
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