O
diretor executivo da seção portuguesa da Amnistia Internacional disse hoje que
a organização não-governamental admite fazer uma nova ação pelos presos de
consciência angolanos tendo em vista a atual situação de Luaty Beirão que
considera "preocupante".
"Os
últimos acontecimentos que temos vindo a acompanhar através de vários relatos
são preocupantes. Luaty Beirão está em greve de fome, de nudez e de silêncio.
Uma das fontes é a própria irmã", disse à Lusa, Pedro Neto, diretor
executivo da secção portuguesa da Amnistia Internacional (AI).
O
ativista luso-angolano Luaty Beirão está em greve de fome, de silêncio e de
nudez, desde quinta-feira, como forma de protesto contra a transferência do
local de detenção.
Dos
17 ativistas condenados no processo por atos preparatórios para uma rebelião e
associação de malfeitores - e a cumprirem pena - 12 foram concentrados nos
últimos dias no Hospital-Prisão de São Paulo, em Luanda.
"Para
nós é preocupante porque é uma situação que se arrasta indefinidamente e
poderia ter uma solução fácil: a liberdade. Consideramos que são prisioneiros
de consciência. Não fizeram mal a ninguém e, portanto, todo este processo tem
sido uma afronta à justiça", sublinha o responsável pela organização
não-governamental.
Pedro
Neto recorda que a Amnistia Internacional condena "desde o início"
(junho de 2015) a prisão e julgamento dos ativistas em Luanda que classifica
como "farsa".
"Nós
temos uma campanha a decorrer pela libertação imediata destes ativistas.
Fizemos bastantes ações nos últimos tempos e ponderaremos outra ação para que
este assunto não caia no esquecimento e que estas pessoas possam ter acesso à
liberdade a que têm direito", indicou ainda o diretor executivo da
Amnistia Internacional em Portugal.
PSP
(JSD) // SB - Lusa
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