O
Banco Central Europeu (BCE) nega a transparência que obrigatoriamente devia
praticar se a UE fosse uma união realmente democrática e não estivesse ao
serviço da alta finança.
Nesse sentido vai o protesto da Assembleia da República
de Portugal devido à ocultação do BCE “de informações essenciais para o
parlamento exercer as suas competências soberanas relativas à avaliação dos
mecanismos de supervisão bancária”. Esta é a postura do bando de mafiosos que
integra aquele importante setor da União Europeia. O que ocultam? Que conclusões
ou crimes de lesa Portugal podem estar a ocultar? A quem serve tal ocultação?
Com
toda a legitimidade, devido à falta de transparência do BCE, perante tais
ocultações, podemos lançar as suspeitas de que o BCE foi ocupado por um grupo
mafioso que pretende não se ver desmascarado. Já desconfiávamos mas agora
existem muito mais razões para admitirmos a certeza de que assim acontece.
União
Europeia? Que união? Que democracia? Que maus serviços, que más competências,
que crimes pretendem ocultar? (MM / PG)
AR
aprova voto de protesto contra BCE pela ocultação de informações sobre
supervisão
"Assembleia
exprime o seu protesto pelo comportamento do BCE"
A
Assembleia da República exprimiu hoje, por unanimidade, o seu protesto pela
ocultação por parte do Banco Central Europeu de informações essenciais para o
parlamento exercer as suas competências soberanas relativas à avaliação dos
mecanismos de supervisão bancária.
"[A
Assembleia da República] exprime o seu protesto pelo comportamento do Banco
Central Europeu de recusar a informação necessária ao esclarecimento das
decisões tomadas no âmbito do BES e do Banif e, nomeadamente, de ocultar à
Assembleia da República informações essenciais para o exercício das suas
competências soberanas relativas à avaliação dos mecanismos de supervisão
bancária", lê-se no ponto número 1 do voto de protesto apresentado pelo
PCP e que mereceu o voto favorável de todas as bancadas parlamentares.
No
ponto número dois do texto, que também foi aprovado apesar do voto contra do
PSD, o parlamento exprime ainda "a sua preocupação relativamente ao
potencial conflito de interesses existente entre a supervisão e a política
monetária".
Nesse
ponto, a Assembleia da República considera também "necessário garantir o
controlo democrático, pelos Estados e os seus órgãos de soberania, das
autoridades de supervisão bancária".
No
voto recorda-se que está a decorrer uma comissão parlamentar de inquérito ao
processo que conduziu à resolução e venda do Banco Internacional do Funchal
(Banif) e que, nos termos constitucionais, estas comissões "dispõem dos
poderes de investigação das autoridades judiciais".
Porém,
é referido, a comissão parlamentar de inquérito ao Banif tem vindo a deparar-se
com a atitude do Banco Central Europeu (BCE) de recusar o acesso a elementos
sobre o sistema financeiro português, bem como sobre a atuação dos
supervisores.
"É
sabido que a centralização dos mecanismos de supervisão e de resolução, gerada
pela consolidação e avanço da União Bancária, corresponde a um afastamento da
capacidade de decisão das autoridades nacionais e à sua concentração em
instituições imunes a qualquer escrutínio por parte dos cidadãos, mas nada justifica
que a informação relativa a processos que implicam avultados recursos do Estado
português seja negada às Comissões de Inquérito Parlamentar, privando um órgão
de soberania da República do exercício dos seus poderes constitucionais",
lê-se ainda no voto.
O
texto lembra também que, quando questionado por deputados ao Parlamento Europeu
relativamente a decisões tomadas no âmbito das resoluções do BES e do Banif,
"o BCE recusou-se igualmente a prestar os esclarecimentos e a facultar as
informações que lhe foram solicitadas".
Esta
semana, uma carta que o vice-presidente do BCE escreveu ao parlamento já tinha
gerado polémica. Na missiva, Vítor Constância explica a rejeição em participar
na comissão de inquérito à resolução do Banif, justificando que iria contra as
regras de funcionamento da União Europeia.
No
período regimental de votações, foi ainda aprovado, com os votos contra do PSD,
o ponto numero dois de outro voto apresentado pelo PCP, relativo à
"rejeição da denominada Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento
(TTIP).
"[A
Assembleia da República] considera indispensável a divulgação do conteúdo, da
natureza e dos objetivos do TTIP e requer ao Governo a informação sobre a sua
posição no andamento das respetivas negociações", nesse no ponto aprovado
pela maioria dos deputados.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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