Raul Diniz, opinião
O
presidente da república e chefe do MPLA, partido que sustenta o governo ainda
não entenderam, que divergir e/ou construir pontes construtivas extraídas de
pensamentos livres diferenciados, não significa ser inimigo da paz nem do
presidente da república como sói dizer-se.
SÓ
EM DEMOCRACIA O PODER CONTROLA O PODER, SOBRETUDO QUANDO EXISTE UM ENVOLVIMENTO
PACIFICADO E INDEPENDENTE ENTRE PODERES. O PODER IRRESTRITO CONCENTRADO NAS
MÃOS DE UM SÓ HOMEM ESTRANGULA DE SOBREMANEIRA O EXERCÍCIO DA DEMOCRACIA
PRETENDIDO NUM ESTADO DE DIREITO PRETENDIDO.
Por
outro lado, o debate produzido com elevada contundência desde que aberto e
franco, sobretudo se consubstanciado em verdades divergentes acerca da
supremacia ininteligente protagonizada pelo MPLA, de maneira alguma significa
desconstruir a governabilidade do país, e muito menos periga a pacificação dos
espíritos.
O
MPLA e a sociedade angolana encontram-se de costas viradas, aliás, o “M” se
divorciou dela faz tempo e deseja reduzi-la em pô. A sociedade cível há muito
tempo desmarcou-se daquilo que é o objetivo central do seu itinerário politico,
o de reprimir o povo para manter a qualquer preço no poder José Eduardo dos
Santos.
PENA
É QUE OS DOUTRINADOS ANALISTAS E/OU CRÍTICOS ENSAÍSTAS DA NOSSA MEDIANA PRAÇA
POLITICA NÃO VISLUMBREM ESSA DEMANDA ANTIRREPUBLICANA EXERCIDO PELO PRESIDENTE
DA REPUBLICA E DO MPLA, E TENTAM AGORA A TODO CUSTO TRANSFERIR A ATENÇÃO PARA O
JUIZ JANUÁRIO DOMINGOS COMO DISTRAÇÃO PARA ESCONDER A VERDADE DEBAIXO DO TAPETE
QUE É A FALÊNCIA TOTAL DO REGIME.
Todo
mundo tem conhecimento que a culpa do insucesso do julgamento dos jovens
revolucionários não cabe exclusivamente ao desgraçado juiz mirim Januário
Domingos. A culpa do enunciado fiasco que se transformou o julgamento dos
Jovens revolucionários cabe em primeiro lugar ao digníssimo camarada, ordens
superiores.
O
PERTURBADOR DA ORDEM SOCIAL PÚBLICA O JUIZ JD APENAS É SOLDADO DO (SIS)
SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO E SEGURANÇA, JANUÁRIO DOMINGOS PARA TODOS OS EFEITOS NÃO
PASSA DE UM BODE EXPIATÓRIO. FAZER DESSE ENERGÚMENO DESSECADOR DA JUSTIÇA O
ÚNICO CULPADO É NO MÍNIMO UM ATO MIRABOLANTE DE PROPORÇÕES CATASTRÓFICAS
INACEITÁVEIS.
José
Eduardo dos Santos atirou humanamente o país todo para a estrada da amargura,
ali ficou o país todo atolado num lamaçal espiritual, sitiado pelo vale
tenebroso da morte. A presidente da republica quer agora passar-se por
inocente, é ridículo e até impensável fazer do juiz JD o único responsável da
trama judicial frustrante. Atirar para a fogueira o aprendiz de feiticeiro não
acaba com a arreliante frustração social que o povo vive.
O
GOVERNO DE JES AO INVÉS DE PROCURAR ENCONTRAR UM BODE EXPIATÓRIO PARA
RESPONSABILIZA-LO DO FIASCO QUE FOI O JULGAMENTO, DEVERIA APRESENTAR AO PAÍS UM
PEDIDO DE DESCULPAS, E COMEÇAR UM NOVO CICLO COM NOVA ABORDAGEM POLITICA
CIVILIZACIONAL.
Intentar
precipitadamente transformar o juiz JD no único culpado e atira-lo para a
fogueira, no mínimo é uma atitude burra e desleal da parte do estado maior que
formatou e colocou em pratica a peça inviável de golpe de estado, que levou os
revús a cadeia e posteriormente para o tribunal condenatório. É imperativo que
casa de segurança da presidência da republica comece a agir com prudência, e
perceba que a Angola de ontem a muito ficou no passado.
APESAR
DOS DINOSSAUROS DO REGIME CONTINUAR ESTAGNADOS NO PASSADO, ISSO NÃO SIGNIFICA
QUE A SOCIEDADE ESTÁ IRREMEDIAVELMENTE PERDIDA NESSE UNIVERSO VISCOSO DE
INIQUIDADES VARIAS.
É
verdade que custa menos ao regime enlamear o juiz Januário Domingos com o
ósculo do beijo acido de Judas do que atirar para a fogueira da perdição os
verdadeiros culpados vendilhões do templo. Mesmo com o apoio medíocre dos
eruditos falsários fazedores de opinião do GRECIMA, que a todo custo atentam
contra a verdade com a pretensão de destorcê-las, o insucesso deles esta
garantida mediante a ineficácia da sua fragilizada credibilidade. Camarada, é
chegado o tempo de colocar para fora a amargura que agride a alma, apontar o
dedo aos verdadeiros culpados, e, com eleva espirito patriótico chamar os bois
pelos nomes.
É
verdadeira a participação direta do patético general José Maria, por sinal meu
velho amigo, a culpa principal deve e tem que recair por cima do principal
culpado para que a culpa não morra solteira. A não acontecer assim, teremos a
repetição do acontecido em 27 de Maio de 1977, altura em que o dr Antônio
Agostinho Neto enalteceu reiteradamente em público que não haveria perdão nem
julgamento para os fraccionistas de então, e tudo aconteceu como todos sabem.
DESTA
VEZ NÃO FOI DIFERENTE, O PR JES APARECEU EM PUBLICO ACUSANDO OS JOVENS REVÚS DE
GOLPE DE ESTADO, INCLUSIVE TECEU ANALISES INJURIOSAS COMPARATIVAS ENTRE OS DOIS
EVENTOS. FICARIA MAL NÃO DEIXAR CAIR À CULPA DO SUCEDIDO NOS OMBROS DO PR JOSÉ
EDUARDO DOS SANTOS, QUANTO AO RESTO, FICA POR ASSIM DIZER, O RESTO, É O RESTO
MESMO, E NADA MAIS DO QUE O RESTO.
Temos
que fazer muito mais e melhor do que culpar unicamente o burro do Juiz Januário
Domingos, se for verdade que o principal objetivo é fazer justiça aos jovens
revolucionários, vitima do crime hediondo que foi o indecente Julgamento, então
será melhor em primeiro lugar, estancar o estado avançado de gangrena
cívico-social-cultural em definitivo. Segundo, ajudar a fortalecer
drasticamente as instituições do estado, hoje partidarizadas.
Essa
situação vergonhosa vigente tem um culpado, e esse culpado tem um nome, e o
nome desse culpado, é nada mais, nada menos que o presidente do partido MPLA, e
também presidente da republica, José Eduardo dos Santos.
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