Martinho Júnior, Luanda
ESTA
FOI UMA DAS MAIS DRAMÁTICAS PROVAS DO CHOQUE NEOLIBERAL EM ANGOLA,
PROTAGONIZADO POR UM INSTRUMENTO COMO SAVIMBI, UM DOS "FREEDOM
FIGHTERS" DO NEOLIBERAL RONALD REAGAN, A PAR DE BIN LADEN NO
AFEGANISTÃO!... CONSEGUIRAM "SOMALIZAR" ANGOLA, MAS NÃO A CONSEGUIRAM
VENCER!... NA SÍRIA HOJE, CONTINUA A MESMA SAGA TERRORISTA QUE SE VAI
DISSEMINANDO POR 4 CONTINENTES ESPALHANDO O SEU VENENO CONTRA OS POVOS E CONTRA
AS SOCIEDADES!...
CUIDADO
AGORA COM A TERAPIA DE CHOQUE NEOLIBERAL QUE ESTÁ EM CURSO TAMBÉM EM ANGOLA!...
Recordar,
é saber do nosso passado
Recordar
os heróis da cidade do Cuito - Mais de 7 mil civis e militares morreram durante
a guerra que a cidade do Cuito enfrentou há 22 anos e foram enterrados em
quintais, jardins e pátios.
O
28 de Junho de 1994 tem um significado especial para os angolanos e em especial
para o povo do Bié, que sofreu terríveis dificuldades.
A
guerra do Cuito é considerada uma das mais sangrentas e destruidoras do
conflito pos-eleitoral de 1992, quando a UNITA de Jonas Savimbi recusou os
resultados eleitorais e se lançou na guerra.
O
Cuito esteve cercado 1 ano e 6 meses, de 6 de Janeiro de 1993 a 28 de Junho de
1994.
A
resistência foi heroica.
Durante
um ano e meio, a fome, a nudez, as doenças e a morte, fustigaram os habitantes
do Cuito que foram forçados a comer raízes de bananeira e casca de árvores.
A
destruição de vidas humanas deixou marcas, mas hoje o Cito se reconstrói com
seu povo heróico e vencedor.
Abaixo
a UNITA!
Grato
ao camarada Rui Filipe Ramos pelo seu texto, aqui por mim aproveitado.
Junto
o meu texto sobre o Cuito, publicado no Página Global em Julho de 2011.
A
TRIPLA FRONTEIRA
Martinho Júnior, Luanda
I - A
cidade do Cuito, capital da Província do Bié, é com esse estatuto a cidade mais
próxima do centro geográfico de Angola, que coincide com a matriz das grandes
nascentes hidrográficas do país.
Durante
a guerra que surgiu em sequela da luta contra o “apartheid”, a guerra que se
internacionalizou e se encadeou com o descalabro da região central de África
(“Iª Guerra Mundial Africana”), por que Savimbi entendeu participar recorrendo
à rebelião armada na tentativa da conquista do poder em Angola pela via da
“guerra dos diamantes de sangue”, a cidade do Cuito em 1992 foi palco,
conjuntamente com as cidades do Huambo e de Malange, dos mais encarniçados
combates.
Esse
período foi para alguns conhecido como a “guerra das cidades”, mas resultava da
aplicação dos conceitos de Mao Tse Tung sobre a guerra revolucionária, que
Savimbi aprendeu nas academias chinesas para depois à sua maneira vir aplicar
em Angola: “realizar o cerco às cidades a partir do campo, para depois
tomá-las”, um projecto que teria de começar pelas capitais provinciais, a fim
de, por último, chegar à capital e tomar o poder pela via armada.
O
assédio ao Cuito tornou-se mais fácil a Savimbi por várias razões e entre elas
destaco a fragilização da posição governamental em função dos Acordos que
haviam sido assinados primeiro em Bicesse, fez já 20 anos e depois em Lusaka.
O Governo havia não só desmobilizado enormes efectivos das FAPLA que foram entretanto extintas, mas no Bié desmobilizou por tabela as Forças Especiais da Segurança do Estado, Ministério que acabaria também por ser extinto.
As
Forças Especiais acabaram por desempenhar entre 1976 e 1990 um papel
contributivo muito forte no reforço geo estratégico na luta contra o “apartheid”
e contra as sequelas do colonialismo e “apartheid”.
Em
1977 era Governador Provincial do Bié Faustino Muteka (na actualidade
Governador do Huambo) e o movimento de libertação havia decidido com coerência
geo estratégica criar as Forças Especiais no Bié, às ordens do Presidente
Agostinho Neto e articulando a Defesa e a DISA, para procurar conseguir
supremacia no planalto central e fazer face às incursões impulsionadas pelo
regime do “apartheid”, manobra que da parte da África do Sul integrava tacitamente
os efectivos dum Savimbi que entretanto a administração republicana de Ronald
Reagan havia considerado de “freedom fighter” (tal como fizera com os “contras”
na Nicarágua e com Bin Laden no Afeganistão).
O
Presidente Agostinho Neto, tendo em conta o cenário da luta contra o
“apartheid”, aplicou a favor do Estado Angolano a receita similar à que o
colonialismo português havia aplicado ao MPLA no Leste, quando pela via da
“Operação Madeira” atraiu Savimbi à sua órbita, de forma a que suas forças servissem
de “almofada amortecedora” contra a tentativa de progressão do movimento de
libertação em direcção ao planalto central; desta feita, as Forças Especiais
desempenhavam papel análogo na luta contra o “apartheid”, servindo de “almofada
amortecedora” contra as SADF coligadas a Savimbi, desejosos de reverter a seu
favor as estratégias no planalto central.
As
Forças Especiais, conjuntamente com as FAPLA e a ODP (Organização de Defesa
Popular) garantiam, numa região decisiva para o todo nacional, o exercício da
soberania e a “última fronteira” em direcção a norte por parte das incursões
militares, de inteligência e de reconhecimento dos racistas sul africanos
dentro do território de Angola após o insucesso da “Operação Savannah”.
Os
sul africanos tentaram em vão, em estreita consonância de esforços com Savimbi,
vencer essa barreira geoestratégica, na azáfama de, a partir do planalto
central, alcançar por fim Luanda, desde a declaração de Independência a 11 de
Novembro de 1975 e Savimbi acabaria em 1992 por manter essa tentação, o que
influenciou decisivamente na sua decisão de tomada das capitais provinciais
após o “encerramento” das FAPLA e das Forças Especiais (neste caso no Bié).
Os
sul africanos durante a década de oitenta chegaram mesmo a desembarcar meios
através de vários voos de seus C-130 sobre a parte sul da Reserva Integral do
Luando, a leste do curso do rio Cuanza, a fim de “catapultar” as incursões na
direcção norte.
Apesar
desse desembarque de material resultar no incremento das acções de Savimbi, os
resultados foram escassos.
Em
1977 foi formado no Bié o 1º Batalhão das Forças Especiais, unidade que iria
impulsionar pouco a pouco a formação de mais Batalhões que comporiam a Brigada
e, sob orientação de Faustino Muteka, procedeu-se ao recrutamento para
completar o efectivo do Batalhão a partir dos grupos de acção e células do MPLA
em todos os Municípios e principais Comunas do Bié.
Como
em todos os recrutamentos para a DISA e depois para a Segurança do Estado, só
poderiam ter acesso a essas instituições da 1ª República membros do MPLA, o que
significa que o efectivo das Forças Especiais só ingressou nelas por que todos
os recrutas eram do MPLA.
A
ideia da barreira de resistência ao “apartheid” no Bié, para além das
concepções geo estratégicas, integrava componentes ideológicas que inter-agiam
com a implementação do próprio Estado Angolano: eram as ideias do movimento de
libertação em África que estavam presentes, que eram instrumento de Defesa e
Segurança do Estado em formação e continham elementos que davam consistência ao
facto de “na Namíbia, no Zimbabwe e na África do Sul estar a continuação da
nossa luta”.
Esses
conceitos ideológicos nada tinham a ver com ideologias “stalinistas”,
identificando-se com os conceitos e estratégias das revoluções na América
Latina, bem como com a luta de libertação em África, perseguindo políticas de
Não Alinhamento e de exercício sem ingerências da soberania nacional.
Desde
os primeiros Acordos sobre Angola, a começar com o de Bicesse há 20 anos, nunca
os efectivos que integravam a Segurança do Estado, incluindo as Tropas Guarda
Fronteira, as Forças Especiais, ou as Unidades de Luta Contra Bandidos, foram
tidos nem achados.
As
componentes militares presentes nos Acordos do lado Governamental não
integravam agendas relativas aos elementos provenientes da Segurança, muito
menos discutiram o que quer que fosse relacionado com esses milhares e milhares
de homens que acabaram por ser desactivados sem que houvesse sequer um
documento que comprovasse os seus bons serviços ao Estado Angolano…
Essa
foi a primeira fronteira do Cuito e os homens da fronteira, aqueles que
defenderam a soberania em muito difíceis condições e conjunturas, são
merecedores de reconhecimento por parte de todos os angolanos.
A
intensidade dos combates foi de tal ordem que os mortos eram enterrados nos
quintais e a água era conseguida com as cacimbas (poços) abertos nos mesmos
quintais.
Para
comer, muitos tinham que romper as linhas que cercavam a cidade e antes da
aurora arrancar, os alimentos disponíveis nos campos circundantes, regressando
às suas trincheiras.
Apesar
de terem sido desactivados sem sequer merecer um documento, sem terem qualquer
suporte e apoio, votados ao abandono, muitos elementos das Forças Especiais
participaram por sua livre vontade e iniciativa na batalha integrando o lado
governamental e foram muito importantes na resistência que o Estado Angolano
ofereceu a Savimbi no Cuito.
II - A
segunda fronteira é a que se faz sentir no presente, aquela que marca o início
da reconstrução sobre as feridas e as cinzas do passado com os olhos postos no
futuro.
O
Cuito foi deixado praticamente em escombros por que as linhas de contacto entre
as forças estiveram dentro da cidade, pelo que agora subsiste o desafio de
ultrapassar o passado, vencendo traumas, preconceitos e reconstruindo.
O que tive a oportunidade de constatar, é que apesar de tudo se está a superar as expectativas no que diz respeito à recuperação de infra estruturas e estruturas, com o equipamento administrativo e social a merecer uma atenção prioritária.
A
capital do Bié está limpa, bastante funcional, as escolas estão a abarrotar de
alunos e, apesar de ser tanto o que há a realizar na agricultura e na
indústria, há sinais de empreendimento nos mais diversos níveis sociais,
esbatendo-se os desequilíbrios humanos, que são muito mais palpáveis em Luanda.
No
que diz respeito aos alimentos, uma parte dos frescos é já de produção local
(carne, hortícolas, grãos e fuba).
Impactos
de outras culturas existem e tive a oportunidade num artigo anterior, de
destacar o emprego disseminado de motorizadas de baixo custo de origem asiática
no sistema preferencial de transporte de pessoas, coisa que nunca existiu em
tal escala mesmo em cidades como Benguela, onde a bicicleta foi sempre rainha.
Estive
agora numa das posições dentro do Cuito muito próximo do Palácio Governamental,
que marcaram a divisória entre as forças em combate em 1992: dum lado está um
prédio inteiramente recuperado, que ainda hoje é a maior construção da cidade,
do outro está o esqueleto dum edifício em escombros ainda por recuperar e com
evidentes marcas dos combates.
Por
toda a cidade ainda há alguns edifícios por recuperar, mas têm dono que só não
se conseguiram meter em obras por que estão descapitalizados.
Ao
aproximarmo-nos do décimo aniversário do Acordo de Luena, que ocorrerá no
próximo ano, a maior parte da estrutura do Cuito está recuperada, a funcionar
de forma satisfatória, com a cidade indiciando vontade de crescer e de viver.
O
Caminho de Ferro de Benguela já começou a recuperar os troços dentro da
Província: o novo assentamento da linha, que será feito do Lobito à fronteira,
já entrou nas áreas do Município do Chinguar, podendo até ao final do ano
abranger os troços a leste, pelo menos até à ponte sobre o rio Cuanza.
Quando
os comboios começarem a circular, um novo impulso será dado ao planalto central
do país e às comunidades ao longo da linha, com reflexos também, como é óbvio,
nas capitais Provinciais do interior, cidade do Cuito incluída.
Até
2015 a segunda fronteira estará consolidada, com particular realce para a
reconstrução e a caminho duma relativa estabilidade emocional e humana, apesar
da lógica capitalista que se impôs ao país com tantos desequilíbrios.
III - A
terceira fronteira é talvez a mais complexa, mas a mais decisiva, por que ela
envolve inteiramente a componente humana, integrando questões históricas,
sócio-políticas, económicas e até psicológicas.
As próprias Forças Especiais são disso exponentes: recrutados pelo MPLA nas horas difíceis do “parto” da Independência, sendo os primeiros em muitos combates no âmbito da “almofada amortecedora” contra a coligação Botha-Savimbi, heróis anónimos da batalha do Cuito, os antigos efectivos interrogam-se, por que são reconhecidamente dos últimos a beneficiar com dignidade dos frutos da paz possível que se ergue sobre as cinzas.
Foram
muitos os que ficaram pelo caminho, a começar no seu primeiro comandante,
Leite, foram muitos os sacrifícios, mas foi esse cimento que deu consistência à
sua resistência moral, mesmo em condições tão adversas como aquelas de 1992,
quando desactivados não tinham a obrigação perante o próprio Estado que “dar o
litro” por ele.
Da
boca desses efectivos, pude constatar, não há ressentimentos pelo facto de
tantos que estiveram nas trincheiras contra Angola, terem sido de há dez anos a
esta parte beneficiários desses frutos, antes deles.
Pelo
contrário, eles estão satisfeitos pela paz possível, apesar da sua “travessia
no deserto” e, desse modo são a prova de que é possível estabelecer pontes
entre a vocação socialista do passado e o que se pretende no quadro do
socialismo democrático que não abdique de enquadrar o homem como prioridade.
Eles
confirmam que a sua resistência que faz parte da resistência de muitos mais,
está no sentido de criar benefícios para todo o Povo Angolano e não em
benefício de grupos, por que, conforme dizia Agostinho Neto, “o mais importante
é resolver os problemas do povo”.
Para
eles, socialismo, mesmo o socialismo democrático, só poderá ser realizável se a
prioridade for efectivamente o homem, geração após geração, estabelecendo a
corrente a partir do passado histórico e enfrentando as rupturas quando houver
que as enfrentar!
A
construção da paz, na fronteira humana, só é exequível com a batalha das ideias
e com as acções que venham a beneficiar todo o Povo Angolano!
O
patriotismo desses combatentes é inquestionável, mas a primeira barreira surge,
nesta terceira fronteira, de quem ou pretende fazer esquecer a história, ou de
quem a quer contar de acordo com seus próprios interesses ou conveniências.
Entre
estes que perfilham este tipo de opções, estão desde tecnocratas de última
geração, inteiramente vocacionados às políticas de “mercado”, até a alguns
membros do próprio MPLA que sempre tiveram aversão às “linhas da frente” e
agora são os primeiros a beneficiar das conjunturas de ausência de tiros e
impregnadas com a lógica do capitalismo com políticas de “portas abertas”.
Muitas
narrações aliás das batalhas que foram travadas em Angola, estão
propositadamente a esquecer do seguinte, na esteira do abandono a que foram
votados os efectivos da Segurança do Estado: foram muitas vezes oficiais que
pertenciam a essa Instituição que, pela via de reconhecimento, ou pela via da
contra inteligência, obtinham os dados indispensáveis para a actuação das FAPLA
e por isso mesmo é justo em muitos casos questionar se algumas narrações estão
de acordo ou não com o que se passou realmente.
Foi
esse o exercício que eu fiz em relação ao que escrevi sobre a batalha do Cuito
Cuanavale, cuja parte inicial, a frustração de Mavinga, que resultou em pesadas
perdas humanas para Angola, suscita questões sobre as quais ainda não há respostas.
Estas
questões são tanto mais sensíveis quanto algumas correntes consideram os
efectivos da Segurança do Estado como “funcionários”, quando de facto eles
estavam, por imperativos da luta, entre os muitos que não fugiram às primeiras
linhas.
Os
equilíbrios que perfazem uma paz com justiça social, uma paz socialista que não
ponha em causa a democracia, antes pelo contrário a aprofunde no sentido da
cidadania e da participação, fazem parte da resistência daqueles que não caem
na tentação do capitalismo de tendência elitista que alguns poderosos tentam
introduzir em Angola após as refregas.
Aqueles
que perfilham o sentido da vida do movimento de libertação não podem nunca
esquecer que “o mais importante é resolver os problemas do povo”, efectivamente
de todo o Povo Angolano, independentemente de origem, raça, crença, ou de
filiação política – esse é o único caminho possível que dá continuidade aos
esforços dum MPLA que antes se constituiu em vanguarda e sobre o qual recaem as
responsabilidades de vencer todas as fronteiras!
A
terceira fronteira é um dos principais desafios presentes e futuros para o
MPLA, restando ele demonstrar se está ou não à altura humana de enfrentar esse
desafio.
Para
lá caminha, dirão alguns, mas perante riscos e desequilíbrios, perante um foço
de desigualdades que cresce imparável, os realistas confirmam: “ver para crer
como São Tomé!”
Fotos
selecionadas pelo camarada Rui Filipe Ramos.
A cidade do Cuito enfrentou ataques há 22 anos, corpos foram enterrados em quintais, jardins e
pátios. O 28 de Junho de 1994 tem um significado especial para os angolanos e
em particular para o povo do Bié, que sofreu terríveis dificuldades. A guerra
do Cuito é considerada uma das mais sangrentas e destruidoras do conflito
pós-eleitoral de 1992, quando a UNITA de Jonas Savimbi recusou os resultados
eleitorais e se lançou na guerra. O Cuito esteve cercado durante 1 ano e 6
meses, de 6 de Janeiro de 1993 a 28 de Junho de 1994. A resistência foi
heróica. Durante um ano e meio, a fome, a nudez, as doenças e a morte
fustigaram os habitantes do Cuito que foram forçados a comer raízes de
bananeira e casca de árvores. A destruição de vidas humanas deixou marcas mas
hoje o Cuito se reconstrói com o seu povo heróico e vencedor. Abaixo a unita.a
cidade do Cuito enfrentou há 22 anos e foram enterrados em quintais, jardins e
pátios. O 28 de Junho de 1994 tem um significado especial para os angolanos e
em particular para o povo do Bié, que sofreu terríveis dificuldades. A guerra
do Cuito é considerada uma das mais sangrentas e destruidoras do conflito
pós-eleitoral de 1992, quando a UNITA de Jonas Savimbi recusou os resultados
eleitorais e se lançou na guerra. O Cuito esteve cercado durante 1 ano e 6
meses, de 6 de Janeiro de 1993 a 28 de Junho de 1994. A resistência foi
heróica. Durante um ano e meio, a fome, a nudez, as doenças e a morte
fustigaram os habitantes do Cuito que foram forçados a comer raízes de
bananeira e casca de árvores. A destruição de vidas humanas deixou marcas mas
hoje o Cuito se reconstrói com o seu povo heróico e vencedor. Abaixo a unita.
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