A
campanha para as eleições presidenciais do próximo domingo (17.07) em São Tomé
e Príncipe termina esta sexta-feira. "Só estamos à espera do dia D",
afirma o presidente da Comissão Eleitoral Nacional.
Para
o último de campanha (15.07), os três principais candidatos, o atual Presidente Manuel
Pinto da Costa e os antigos primeiros-ministros Maria
das Neves - apoiada pelo Movimento de Libertação de São Tomé e
Príncipe-Partido Social Democrata (MLSTP-PSD, o maior partido da oposição) - eEvaristo
de Carvalho - que tem o apoio da Ação Democrática Independente (ADI,
no poder) - estão a preparar mega comícios e festivais nalguns pontos da
capital.
Por
escassez de meios, os restantes dois candidatos, o economista Hélder
Barros e o biólogo Manuel
do Rosário, deverão adotar a estratégia de contacto direto com eleitores em
certas localidades.
E
já está tudo a postos para a ida
às urnas no próximo dia 17 de julho, garante o presidente da Comissão
Eleitoral Nacional (CEN), Alberto Pereira. "Os materiais chegaram
atempadamente e os meios humanos e financeiros também foram disponibilizados
pelo Governo" a tempo, disse à DW África.
Os
materiais para que os são-tomenses na diáspora possam votar, nomeadamente em
Portugal, Angola, Gabão e Guiné Equatorial, também já foram enviados. "Só
estamos à espera do dia D", diz Alberto Pereira.
Para
prevenir os cortes de energia que se têm registado no período que coincide com
o fecho das assembleias de voto, a CEN vai "aprovisionar as mesas de voto
com lanternas e velas".
Campanha
tranquila
Com
exceção de reivindicações em certas comunidades por falta de água e de
estradas, tentativas de boicote e linguagem excessiva por parte de apoiantes de
algumas candidaturas, a campanha eleitoral tem sido considerada relativamente
tranquila.
As
mensagens dos candidatos têm-se voltado para a necessidade de se garantir a
estabilidade política, fomentar o diálogo e buscar consensos para promover o
desenvolvimento do país.
A
lei não prevê a participação direta da sociedade civil na monitorização das
eleições, mas esse acompanhamento será feito, assegura o presidente da
Associação Transparência Eleitoral, Hernâni Santiago.
"Vamos
observar e acompanhar o processo eleitoral e apresentaremos um relatório depois
disso", afirmou o responsável, após o encontro com a Missão de Observação
da União Africana (UA), chefiada pelo antigo Presidente moçambicano, Armando
Guebuza, que também falou com os candidatos e as autoridades.
No
sábado (16.07), a CEN reúne-se com as equipas de observadores internacionais da
UA, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e de alguns países com
quem São Tomé e Príncipe tem relações bilaterais para esclarecimentos sobre o
processo eleitoral de domingo.
Juvenal
Rodrigues (São Tomé) – Deutsche Welle
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