@Verdade,
editorial
Nunca
antes o povo moçambicano esteve tão desprotegido como nos dias que ocorrem. A
cada dia que passa a situação tende a deteriorar-se, ou seja, o que já era
complicado, agora piorou. Presentemente, os moçambicanos vivem numa insegurança
mórbida sem precedentes, e na constante incerteza de voltar a respirar no dia
seguinte. Tudo porque a Polícia moçambicana, assim como as forças
governamentais, tem estado a semear terror, dor e luto no seio das famílias.
No
lugar de garantir a segurança dos moçambicanos, a Polícia é o principal
promotor da criminalidade e execuções sumárias de cidadãos indefesos e
inocentes. Um pouco por todo país são reportados casos de indivíduos
barbaramente assassinados pela Polícia moçambicana. Os casos mais recentes
deram-se nas cidades da Beira, Nampula e Nacala-Porto, onde alguns dos nossos
compatriotas foram alvejados mortalmente.
Outra
situação bastante indignante é o que se sucedeu na província central de Sofala,
envolvendo as Forças de Defesa e Segurança que se encontram naquela região
supostamente para garantirem a soberania do país. Por exemplo, seis pessoas,
cinco moçambicanos e um natural do Bangladesh,foram mortas à tiro e os seus
corpos posteriormente carbonizados na localidade de Nangué, no distrito de
Cheringoma. Os indivíduos que escaparam a esse acto macabro contam que os
autores foram as forças governamentais.
Este
facto demonstra claramente que o principal promotor de todos os ataques armados
a cidadãos moçambicanos que frequentemente são registados no centro do país e
imputados aos homens da Renamo são, na verdade, perpetrados por aqueles que
supostamente deveriam garantir a segurança e integridade física dos
moçambicanos.
Infelizmente,
o Governo, por intermédio das Forças de Defesa e Segurança, continua a matar
sem dó e nem piedade os filhos desta pátria. Assassinam e reprimem o povo e
fingem que lutam para o bem-estar dos moçambicanos, quando, na verdade,
subjugam-nos. Por ganância e em nome de uma falsa soberania promovem a guerra e
exterminam centenas de moçambicanos.
Portanto,
a impressão que fica é de que as Forças de Defesa e Segurança têm mandato para
exterminar os moçambicanos que todos os dias trabalham arduamente para pagar os
impostos.
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