Quem
ganha com o negócio dos incêndios não sabemos ao certo. O que sabemos é da
resistência dos políticos quando estão no governo para que não seja a Força Aérea
Portuguesa a possuir equipamentos adequados para o combate aos fogos. Em vez
desses equipamentos compram submarinos, carros de combate, helis desadequados
ao combate a fogos, etc. A vontade dos militares da Força Aérea para combater
os fogos já foi mais que expressa, só precisam do equipamento próprio.
Voltamos
ao principio: Quem ganha com o negócio dos incêndios não sabemos ao certo. Mas
sabemos da resistência dos governantes do chamado arco da governação
(PS,PSD,CDS) para que os muitos milhões no combate aos fogos “voe” para cofres
dos privados… Nem precisamos de pôr muito mais na escrita. Basta recorrer ao
diz-que-diz popular para encontrarmos quem ganha com o negócio dos incêndios:
os partidos do arco da governação que durante quatro décadas têm sido governos.
Popularmente é o que cabe como explicação para a resistência a que a Força Aérea
não cumpra a missão de combater os fogos imensos que devoram a
floresta portuguesa yodos os anos.
A
ser assim, como é crença popular, é evidente que não serão só os partidos do
arco da governação a ganharem com o negócio dos incêndios, muitos outros,
privados, recheiam os cofres.
E
agora prová-lo? Faz sentido a crença popular? Pois faz. Mas como será possível provar
e acabar de vez com o negócio de uns quantos e a desgraça de imensos que vêem os seus bens e as suas vidas consumidas pelos fogos?
É
verdade que as polícias prendem e acusam uns quantos incendiários. Presume-se
que sejam incendiários contratados. Exceptuando um ou outro tarado que precisa
de tratamento psiquiátrico. Pois esses até, uns quantos, são julgados e ficam a
cumprir penas entre grades. Muito bem. E o resto? E o resto?
E
no resto a “coisa” morre. Os plebeus vão para a cadeia e… o resto? Nada mais se
descobre, nada mais se sabe. A impunidade, para além do Manel, do Zé, do Jão,
parece que é absoluta. Mas não sabemos exatamente se nessa dos incêndios é
mesmo impunidade por saberem que há ali colarinhos brancos (cães grandes) ou se
nem investigam mais além… Por exemplo, no caso do delfim de Cavaco, Dias
Loureiro - por outros supostos crimes - houve quem ordenasse que parassem a investigação e arquivassem o
processo ao ex-ministro, ex-qualquer coisa dos bancos, e etc. Quem foi que
mandou arquivar o andamento do processo do “cão grande” com colarinhos brancos?
Não sabemos. Da PGR nunca nos disseram, a nós, plebeus trouxas que lhes pagam
as mordomias e tudo o resto – excepto o que é produto de raiz da corrupção. Afinal
a “fuga” da ordem de mandarem parar com o processo veio do setor da justiça… Da
quê? Da justiça? Pois, chamem-lhe lá isso…
Uma
última pergunta: Quem ganha com o negócio dos incêndios?
E,
nem de propósito, uma prosa do JN diz que a proposta da Força Aérea no combate
aos fogos foi “engavetada”. Foi? Mais uma vez? Isso já acontece há quantas vezes? A ser
verdade eis que daí pode surgir luz! Qual Sherlock Holmes arraçado de Agatha
Kristie haverá o que se atrevem a apontar que quem também ganha com os incêndios é
quem engaveta as propostas… As tais. Raciocínio lógico. Mas talvez simples demais. A coisa deve ser muito mais complexa. Se for. Hem?
Crime,
disse ele.
Que nos andam a tourear... Disso tenhamos a certeza absoluta.
Mário
Motta / PG
Proposta
de Força Aérea nos fogos "engavetada"
Incêndios
Grupo de trabalho concluiu que Força Aérea seria a "opção mais
viável" para combate a fogos, mas MAI não comprou helicópteros previstos
na proposta.
A
Força Aérea (FA) é a "opção mais viável" e com "menores
custos" para concentrar os meios aéreos de combate aos incêndios e de
socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e do INEM, atualmente
operados por privados.
A
conclusão é de um estudo encomendado em 2013 a um grupo de trabalho constituído
por elementos dos ministérios da Defesa, da Administração Interna e da Saúde e
das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. O objetivo era estudar a
possibilidade de concentrar todos meios na FA, pondo fim ao recurso à operação
por empresas privadas e ao aluguer e empréstimo de aeronaves no pico dos fogos.
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