Pelo
que se lê e vê à distância Angola está vezes demais na ribalta das injustiças
sociais e isso desmente com todas as letras e imagens as alegadas intenções do
regime que se diz “do povo, para o povo”. A desilusão dos que acreditaram em
tempos nas intenções de práticas de justiça social, distribuição da riqueza
produzida e extraída, é patente e transporta-nos para a indignação, para a
revolta, para as justas críticas ao regime angolano comandado e supervionado,
dominado, por José Eduardo dos Santos.
Evidentemente
que quem sai a tirar vantagens políticas dessas situações e críticas são os
opositores declarados e não declarados. Sendo que alguns nem sequer merecem
crédito porque se vierem um dia a ser poder aplicarão práticas semelhantes ou
ainda piores que o atual regime de Eduardo dos Santos. Numa simples frase: o
esbulho, a corrupção, os roubos das riquezas de Angola que inequivocamente pertencem
aos angolanos continuarão a ocorrer por outros poderes e outras elites
partidárias. Esse risco é enorme e demonstra que talvez por isso é que os
angolanos em eleições, sejam elas em alguma percentagem manipuladas ou não (há indicadores que revelam que são), continuam a manter o regime de Eduardo dos Santos no
poder – que é como quem diz: ainda não existem em Angola partidos políticos da oposição que
inspirem confiança plena aos eleitores. Talvez um dia isso ocorra. Oxalá.
O
ideal, pelo visto (na perspetiva de quem acompanha Angola do exterior), seria o
MPLA renovar-se, expurgar-se da clique imposta pelos mesmos de sempre, da elite
mais ou menos afeta aos delapidadores das riquezas angolanas que pertencem ao
povo. Tal processo é possível mas imporia a necessidade de militantes o mais
possível impolutos sanearem os que se desviaram do espírito coletivo e
comunitário, nacionalista, patriótico, e soberano. Seguindo políticas
permanentemente direcionadas para a justiça social e para a equilibrada e justa
distribuição da riqueza.
Uma
coisa é certa: o regime em curso e imposto por Eduardo dos Santos não é justo,
nem é de esquerda – como alguns da oposição vão apontado pelo simples facto de
serem de direita e terem alianças mais ou menos secretas com grandes grupos
económicos que querem esbulhar ainda mais o que pertence legitimamente aos
angolanos e a mais ninguém.
Se
perguntarem a razão deste apontamento sobre Angola, aqui e agora, terão como
esclarecimento que se deve ao facto de o PG estar a atravessar um período de
publicações incertas. Em alguns dias há novas postagens e noutros não. Tal
facto não nos tem permitido acompanhar os acontecimentos em Angola como era
hábito. Quase não tem havido espaço no PG para os que são opositores ao regime
nem para os que são a favor. Nem também para os que são o regime, são
suporte do regime, como é o caso do Jornal de Angola – que tantas vezes faz
lembrar o jornal Diário da Manhã e o Época do regime do colonial-fascista de Oliveira
Salazar. Mesmo assim o JÁ tem tido aqui lugar… Bastantes vezes temos dali
compilado e publicado notícias e opiniões absolutamente válidas para uma
sociedade que se queria coletivamente muito mais justa. Em que o domínio fosse
realmente do povo e não de elites mafiosas, criminosas e assassinas.
Por
via do raro édito de notícias e opiniões sobre Angola, como era ponto de honra
no PG – afinal sobre os países lusófonos – trazemos à liça algumas ligações que
convidamos os interessados a lerem depois de um clic. Dos títulos consta o
positivo e o negativo sobre Angola, pese embora que para a maioria dos
angolanos o negativo se sobrepõe e nem sequer é notícia. Até quando? (MM / PG)
Jornal
de Angola
CNE
sanciona comissários por violarem regulamentos - Um
processo disciplinar deverá ser instaurado aos seis comissários da Comissão
Nacional Eleitoral (CNE) acusados de usar indevidamente documentos timbrados da
instituição e violar os regulamentos internos, foi ontem anunciado, em Luanda.
Direitos
humanos conhecem avanços - A presidente da Comissão Africana dos Direitos
do Homem e dos Povos, Pansy Tlakula, disse sexta-feira, em Luanda que Angola
regista avanços no domínio dos direitos humanos,...
BPC
promete serviços mais humanizados - O presidente para a Comissão Executiva
do Banco de Poupança e Crédito (BPC), Zinho Baptista Manuel, prometeu ontem
melhorar os serviços da instituição,...
Rede
Angola
“Pedimos que o governo nos tire daqui. Estamos a sofrer” - Retirados das suas casas na
Chicala, com a promessa de melhores condições de vida, os populares permanecem,
há três anos, em condições deploráveis no bairro Ilha Dourada.
Em 18 ruas do Zango II, as torneiras são apenas para enfeitar - As casas das
quadras R e Q não têm canalização. Há cinco anos que os moradores lutam
diariamente para conseguir água.
Angop
O
País
Sem comentários:
Enviar um comentário