O
presidente da maior confederação patronal portuguesa quer que o salário mínimo
«não chegue aos 550 euros» em 2017.
A
posição foi assumida por António Saraiva numa entrevista ao Diário de
Notícias e à TSF, publicada hoje. Depois de pedir o congelamento da
legislação laboral em troca de um acordo para um aumento do salário mínimo, o
patrão dos patrões vem agora baixar a fasquia.
O
presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) não quis avançar com
números, mas considera que os 557 euros propostos pelo Governo não agradam ao
patronato. «O nosso valor não é esse valor. Vamos revelá-lo em sede de
concertação», afirmou, para depois revelar que ficará abaixo dos 550 euros.
Saraiva
diz que «todos nós reconhecemos que o salário mínimo é baixo», mas fechou a
porta a um acordo que envolva um aumento de apenas 22 euros mensais, isto
apesar de várias empresas portuguesas registarem lucros sucessivos à custa de
baixos salários.
O
Governo deve avançar com um aumento do salário mínimo nacional para os 557
euros em 2017, um aumento de cerca de 4% face aos 535 euros fixados para este
ano. O BE incluiu na posição conjunta que assinou com o PS um aumento para os
600 euros até ao fim da legislatura, objectivo assumido também pelo
Governo. O PCP e a CGTP-IN mantêm a proposta de aumento para os 600 euros em
2017, tal como tinham feito em relação a este ano.
AbrilAbril
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