Salários
na administração da Caixa sem limites
O
PCP apresentou uma proposta que limitava os salários dos gestores públicos a
90% do salário do Presidente da República. PS e PSD inviabilizaram a iniciativa.
«PSD
e PS votaram contra, permitindo assim um farto aumento de salários e
privilégios», foi como Jerónimo de Sousa caracterizou a posição dos dois
partidos face à proposta comunista. O secretário-geral comunista intervinha no
debate preparatório do próximo Conselho Europeu que acabou marcado pela
discussão sobre os salários dos gestores públicos. A proposta foi chumbada
na reunião da Comissão de Orçamento e Finanças.
O
estatuto do gestor público, aprovado por PSD e CDS, prevê que os gestores
e administradores possam auferir a média dos salários que
receberam nos últimos três anos.
O
Governo do PS aprovou um Decreto-Lei que isentou os
administradores de entidades financeiras de capital público, ou seja, da Caixa
Geral de Depósitos (CGD), dos limites estabelecidos, o que suscitou uma
apreciação parlamentar do Decreto. PSD e CDS-PP queriam que as regras
continuassem tal como estavam, o que, no caso do actual presidente da
CGD, lhe permitiria um salário idêntico ao que aufere actualmente.
PCP
e BE opuseram-se à iniciativa e os comunistas apresentaram uma
proposta que, a ter sido aprovada, introduziria para todos os
gestores um limite fixo – 90% do salário do Presidente da
República, o equivalente ao salário do primeiro-ministro.
A
proposta de alteração foi no entanto chumbada esta manhã com os
votos a favor do PCP, do BE e do CDS-PP, e com os votos contra do PS e do PSD.
AbrilAbril
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