Martinho
Júnior, um companheiro que jorra prosa com a clarividência exposta também aqui
no Página Global. Um angolano de todos os costados. Um patriota que deu a sua
parte do couro e o cabelo na luta pela libertação de Angola.
Martinho Júnior, um apreendedor de
registos de muitas das fases da luta de libertação dos povos de África, dos povos de todo o mundo e
da luta contra o capitalismo, contra o neocolonialismo e as atuais estratégias em
curso do neoliberalismo. A maioria documentada e também incluídas no Página
Global e no Página Um (agora inerte) – já lá vão cerca de 10 anos que estamos ligados a MJ. Temos essa honra e orgulho.
De
Martinho Júnior mais um livro: “Séculos de Solidão” (dos anteriores teremos de um
dia fazer o que devemos no PG, apresentá-los)
Tome
nota e não perca mais este trabalho literário e histórico da dupla Martinho Júnior/Leopoldo
Baio.
MM
/ PG
MAIS
UM LIVRO EM QUE MARTINHO JÚNIOR É CO-AUTOR (1ª EDIÇÃO EM PREPARAÇÃO, A CARGO DO
CAMARADA LEOPOLDO BAIO)
SÉCULOS
DE SOLIDÃO
Da
longa noite colonial à democracia multipartidária
Cronologia
histórica baseada numa pesquisa analítica
Martinho
Júnior/Leopoldo Baio
APRESENTAÇÃO
O
“Actual” publicou, desde o ano 2002, uma série de artigos em que, fruto de
investigações, abordavam temas que mantém – se historicamente actuais e
manter-se-ão em aberto, pois de acordo com a nossa óptica, para muitos pouco
ortodoxa, mas “actualizada” e verificável, de abordarmos a conjuntura Global,
parece-nos justo realçar que, os vínculos multifacetados da aristocracia
financeira Mundial, em direcção à conjuntura da África Austral e Central, estão
longe de esgotarem o espaço crítico de opinião que merecem, pelo rasto que eles
têm deixado na vida, na morte e na sorte de milhões de seres de toda a vasta
Região da África Sub Sahariana e em nós próprios.
O
Estado Angolano, particularmente após o enfraquecimento dos seus instrumentos
de poder, a partir de 1985, começando pela desarticulação dos seus serviços de
segurança, não pôde escapar à regra e tem sido alvo das mais variadas
manipulações e ingerências, agravadas durante praticamente toda a década de 90
do século XX, pela lógica da guerra em que não teve outra alternativa senão
envolver-se, de que muito dificilmente tem encontrado saída, à custa de
cedências de que ainda se nos afigura prematuro completamente avaliar.
Saliente-se
que uma das mais comoventes e impressionantes memórias das Nações e dos Povos,
são aquelas que se referem à consolidação de sua identidade e soberania, quase
sempre interligadas com feitos que marcaram indelevelmente a sua História, por
vezes também, a História da própria Humanidade.
De
facto, a história Contemporânea deste País, é pródiga de momentos
extraordinariamente marcantes, também para se levar por diante o sentido de
liberdade que beneficia a própria História da Humanidade, não só se levarmos em
conta os antecedentes remotos da História de África, como também o significado
dos últimos anos, do que o Ocidente convencionou chamar de “Guerra Fria”, no
que isso pesou para o fim de regimes retrógrados, racistas e sanguinários brancos,
conforme aquele que se havia instalado na África do Sul.
Para
muitos daqueles que não viveram, pelas mais variadas razões, o conturbado
processo Angolano, “é esse o preço da Democracia”, um preço que não nos parece
nem justo, nem corresponder inteiramente à verdade: de facto, é esse o preço
imposto em parte por “lobbies” muito especiais, que se ligam à exploração das
riquezas do Continente, no caso de Angola do petróleo e dos diamantes.
Esta
obra que chega às suas mãos e que dividida em 13 Capítulos procuramos tornar
extremamente prática e de fácil leitura, em que factos históricos são
apresentados acoplados de pequenas análises dos autores e que acreditamos
necessitar de uma mente aberta para que não se caia na ladainha das teorias de
conspiração, mas sim, deve ser estudada com boa vontade, tratando-se da busca
da nossa contribuição ao entendimento das história recente de Angola.
Os
Autores
Imagens:
1 - Martinho Júnior, na Embaixada de Cuba em Luanda, assinando o livro de honra das condolências pelo falecimento do companheiro Fidel Castro.
2 - Actual nº 398, de 05-06-2004.
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