sexta-feira, 31 de março de 2017

CARAS DA VIOLÊNCIA NOS LOIOS/CHELAS, UM DOS GUETOS DE LISBOA - JORNALISTAS... LEVAM


RTP avança com queixa-crime contra culpados de agressões a jornalistas

A Direção de Informação da RTP condenou hoje "com veemência" as agressões a dois jornalistas do canal público, adiantando que já avançou com uma queixa-crime na expetativa que os culpados sejam identificados e punidos.

Em comunicado, a Direção de Informação da RTP considera que "a agressão a um jornalista é um ato inaceitável e cobarde", acrescentando que "não pode deixar de condenar com veemência as agressões, atentatórias da liberdade de informação, que mais não visam do que condicionar o exercício do jornalismo".

Um repórter de imagem da RTP foi hoje agredido no exterior de uma escola em Marvila, em Lisboa, alegadamente por familiares de uma criança envolvida num suposto caso de violação entre alunos, disse anteriormente à Lusa fonte policial.

Segundo o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis), a equipa da RTP, composta por uma jornalista e um repórter de imagem, foi agredida na quinta-feira no exterior da Escola Básica dos Lóios, na freguesia de Marvila, onde se deslocou para realizar uma reportagem na sequência de suspeitas relacionadas com "a eventual violação de um menor por outro menor", alunos daquele estabelecimento de ensino.

Pouco tempo depois de chegar ao local, a equipa da RTP terá sido abordada por familiares do aluno suspeito da violação, tendo "agredido o repórter de imagem" que teve de receber tratamento no Hospital de São José, relatou o Cometlis.

Neste contexto, a Direção de Informação da RTP adianta que já solicitou ao departamento jurídico que acionasse uma queixa-crime, porque "é de um crime que se trata, esperando que os culpados sejam identificados e punidos".

Já na quinta-feira, o Sindicato de Jornalistas (SJ) condenou veementemente a agressão sofrida hoje por dois jornalistas da RTP.

Lusa, em Notícias ao Minuto

O AGRESSOR DO REPÓRTER DE IMAGEM DA RTP

Um dos agressores, à direita, indicado pela seta, a caminhar em direção à câmera
O agressor, no movimento a seguir, já com o braço levantado pronto para a agressão
 O vídeo RTP, em Jornal Económico

Agressões a trabalhadores da RTP repetem-se demasiadas vezes

A Comissão de Trabalhadores da RTP denunciou hoje "que se repetem as agressões a trabalhadores" da empresa pública de televisão, após dois jornalistas terem sido agredidos na quinta-feira durante uma reportagem junto a uma escola, em Lisboa.

Um repórter de imagem foi agredido no exterior da Escola Básica dos Lóios, na freguesia de Marvila, no decorrer de uma reportagem relacionada com "a eventual violação de um menor por outro menor", alunos daquele estabelecimento de ensino, supostamente atacado por familiares de uma criança envolvida na alegada violação.

"Hoje [quinta-feira] não foi infelizmente um dia anormal: quer verbalmente, quer fisicamente repetem-se demasiadas vezes as agressões a trabalhadores da RTP. O jornalista repórter Ricardo Mota foi violentamente agredido, tendo recebido assistência hospitalar", refere um comunicado da CT, enviado às redações na noite de quinta-feira.

A equipa de reportagem era composta pelos jornalistas Lavínia Leal e Ricardo Mota.

"A CT vai exigir junto do Conselho de Administração (CA) que a RTP se constitua assistente no processo-crime, que decerto se seguirá e que proceda depois ao respetivo processo cível. Esperamos que sejam apuradas responsabilidades até às últimas consequências. Até ao fim. Se o CA não o fizer, fá-lo-emos nós, os trabalhadores", indica o comunicado.

Os representantes dos trabalhadores da RTP afirmam que, "seja por questões políticas ou pela demagogia com que os assuntos da RTP são tratados, hoje, sair à rua num carro com a marca RTP é um risco" que conhecem, mas, dizem, "não têm" de aceitar.

"Em Portugal, claques desportivas, juventudes partidárias, presidente de clubes, autarcas, idiotas e criminosos escolhem sistematicamente os trabalhadores desta empresa para descarregar as suas frustrações, e para nós, já chega. Estamos fartos", sublinha a CT, alertando para que este crime "não fique impune".

Anteriormente, já o Sindicato de Jornalistas (SJ) tinha condenado "veementemente" este episódio de violência.

"Esta situação é absolutamente inadmissível num Estado onde o direito à informação é constitucionalmente garantido. É absolutamente reprovável que dois cidadãos sejam agredidos no exercício da sua profissão, mais ainda quando a sua missão profissional é informar imparcialmente um determinado acontecimento", disse o SJ, em comunicado enviado à agência Lusa.

Um repórter de imagem da RTP foi hoje agredido no exterior de uma escola em Marvila, em Lisboa, alegadamente por familiares de uma criança envolvida num suposto caso de violação entre alunos, disse à Lusa fonte policial.

Segundo o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis), a equipa da RTP, composta por uma jornalista e um repórter de imagem, tinha-se deslocado para junto da Escola Básica dos Lóios, na freguesia de Marvila, para realizar uma reportagem na sequência de suspeitas relacionadas com "a eventual violação de um menor por outro menor", alunos daquele estabelecimento de ensino.

Pouco tempo depois de chegar ao local, a equipa da RTP terá sido agredida por familiares do aluno suspeito da violação.

Outra fonte policial adiantou na noite de quinta-feira que, até àquele momento, não havia nenhum detido nem suspeitos, acrescentando que o homem anteriormente detido foi libertado, pois não tinha nada a ver com a ocorrência.

Esta fonte relatou ainda que a polícia está a investigar a "eventual violação" ocorrida entre os alunos menores.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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