Podemos
dizer que a fatura será apresentada aos portugueses “dentro de momentos”. Esses
momentos estão nos segredos dos “vendedores”, o Estado – que é gerido pelos
governos. Os portugueses só vão ficar a saber sobre a “venda” quando forem
chamados a pagar mais do que aquilo que já pagaram. Entretanto os banqueiros
assobiam para o lado e continuam nos seus negócios. A impunidade é quase que
exclusivamente sua. Julgamentos não há, arrestos aos seus bens também não há. Ricardo
Salgado está impregnado numa lavagem de imagem inconcebível, outros banqueiros
e gestores fazem par e grupo com ele. Os portugueses já pagaram muito com língua
de palmo e tudo indica que vão continuar a pagar. Hoje é a “venda” do “banco
bom”? Bom, só se for para os que lucram com a “compra”, a Lone Star - que vai vender o banco às peças e lucrar desmedidamente. Bom, para Salgado e
afins, que em vez de estarem a ver o sol aos quadradinhos andam no laru por
onde querem e lhes dá na real gana. Dinheiro não lhes falta, que é vantagem dos
que roubam e vigarizam impunemente. Muito do que não se sabe pode configurar mais um barrete. Novo barrete, Novo Banco. António Costa fala aos portugueses pelas 19 horas de hoje. Não se tema pelo que vai dizer mas sim pelo que não dirá e que teremos a sina de descobrir depois via factos consumados. Um trabalho a que se devem dedicar os do jornalismo investigativo, que é coisa rara em Portugal. (PG)
Estado
pode ter de voltar a dar dinheiro para recapitalizar o Novo Banco
A
venda do 'banco bom' do antigo BES ao Lone Star poderá não ser o capítulo final
na história atribulada do processo Novo Banco com o Estado.
Nas
horas que antecedem a explicação da venda do Novo Banco aos norte-americanos do
Lone Star por Mário Centeno e Carlos Costa, a informação sobre o negócio vão
sendo reveladas a conta-gotas.
Depois
de ter sido revelada a alegada garantia que o Estado terá de prestar indiretamente
devido aos empréstimos de risco, a SIC garante agora que o negócio também
poderá obrigar o Estado a investir dinheiro no futuro, para garantir que os
rácios de capital ficam equilibrados.
Segundo
a SIC, o acordo obriga ambos os sócios, Estado português e Lone Star, a
investirem até 3,8 mil milhões de euros se os níveis de capital do Novo Banco
descerem para valores instáveis.
Tendo
em conta que o Estado português deverá manter uma percentagem do Novo Banco
após a venda ao Lone Star, o investimento seria equivalente à posição detida.
Os
contornos do negócio deverão ser conhecidos em detalhe nas conferências de
imprensa de Mário Centeno e Carlos Costa, durante a tarde desta sexta-feira.
Bruno
Mourão, em Notícias ao Minuto
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