(Segundo
os “termómetros teatrais” do Martinho Júnior)
1º
EPISÓDIO (“PASSIVO E APASSIVANTE”)
Martinho Júnior, Luanda
O
Primeiro-Ministro português é a primeira vítima, (segundo sua própria, “exclusiva” e
redutora interpretação), do “aperto” proporcionado pelo fato
formatado (?) duma Constituição que ao-fim-e-ao-cabo, para satisfazer a “maioridade” cínica
e hipócrita da União Europeia, da NATO, dos interesses dos Estados Unidos nos
Açores e dos da enfezada burguesia portuguesa meio-falida, meio mascarada em
brios de fé e império (mas piedosamente portadora de “brandos costumes”)
impõe-lhe, a cavalo nas crises e na post-austeridade, a vestimenta dum
surrealista “colete-de-forças” com a separação dos poderes formais!
O
primeiro desses poderes “separados” e para o Primeiro-Ministro
português impossíveis de vencer (estarão de costas voltadas uns contra os
outros?), é o do Presidente da República, o segundo, o da Assembleia da
República, o terceiro, é o do aparelho da douta Justiça e, finalmente, o
quarto, o da breguilha do Governo!…
…
Desgraçadamente todavia e a crer na pública vitimização do seu ego, o
Primeiro-Ministro português não pode descoser, em nome das liberdades
limitadíssimas que tem no quadro dessa malfadada Constituição, as heterogéneas
mangas do poder informal que é o quinto poder, (os média das grandes
referências tácitas) de tão manipulado que esse poder está sob a capa da
liberdade (que o diga o Bilderberg de cada ano)...
Os
resultados acabados de todas as partes visíveis e invisíveis dessas costuras
tecidas na sombra pela grande alfaiataria produtora dessa “Constituição
anticristo” (a crer na própria interpretação do Primeiro-Ministro) e
o trabalho abnegado dos seus servis alfaiates neoliberais, (particularmente na
afã de coser para Angola) visam a todo o custo aprontar outro “colete-de-forças” a
um pretenso“corpo inerte”, sem qualquer preconceito nas linhas que estão a
utilizar nas costuras “extra território”, nem nos químicos que impregnam o
tecido que foi previamente escolhido para essa premeditada asfixia de última
hora, aproveitando a tentação da nebulosa terapia neoliberal…
2º
EPISÓDIO (“ACTIVO E ACTIVANTE”)
Ao
mesmo tempo que a vítima-intérprete faz pronunciamentos de tão execráveis quão
impotentes limitações que a ele são impostas pelo fato constitucional
supostamente do seu país, (que para o coitadinho não passa dum inusitado “colete-de-forças”),
os longos braços e ouvidos dos Serviços de Inteligência portugueses, que pelos
vistos constituem outro poder fora de controlo tal & qual a“imprensa livre”,
o sexto poder com “sexto sentido”, procura anestesiar e injectar com
selecionados“químicos”, os tecidos do “colete-de-forças” preparado
para o dilecto corpo “extra território” que a todo o custo se
pretende “inerte” e completamente à disposição para o que der e
convier, pelo muito lucro que decerto vai dar quando ficar definitivamente
morto!
A
injecção “química” (pasme-se pois estamos em Angola no início de mais
um ano escolar), está já a ser “suavemente” aplicada não só no tecido
do “colete-de-forças” que se está a impingir, mas também nas nervuras
mais sensíveis da própria Educação angolana pretensamente m vias de
falecimento, quiçá procurando pôr desde logo dormente o seu cérebro!
Os
produtos “químicos” injectados são, (entre outros ainda por
inventariar): a Porto Editora (que em Angola é tida como “Plural”) e a sua
concorrente que só podia ser também portuguesa, a“Texto”, que assim se colocam
no estigma dum “incontornável” neocolonialismo… em brandos costumes.
Está
já a ser possível vestir a Angola esse injectado “colete-de-forças”:
1.
Estão colocados no devassado mercado angolano, livros de geografia sem
aprovação do propositadamente eclipsado conselho cientifico angolano e sem
sombra dum concurso público, por minimamente sério que ele seja;
2.
Estão ainda colocados nesse mercado tornado ultra liberalizado, livros de todas
as disciplinas da primária e secundária abusivamente recomendados às escolas,
sem escusadas contemplações e com venda assegurada a bel-prazer até nas “grandes
superfícies”, com o agenciamento de entidades de nível e ao nível, que vão
engrossando os negócios e os lucros em Portugal e em Angola, de forma a
melhor alinhavar as costuras e texturas com que estão a vestir o
antecipadamente pressuposto“cadáver” preso no já corrente “colete-de-forças” que
se lhe está a vestir!...
É
mesmo um pré-aviso para um cadáver meio anunciado!
NOTA
TEATRAL SEM BASTIDORES
O
estado angolano, em nome do povo angolano, deve rever seriamente e por via de
patriotas e não de mercenários, antes de qualquer abordagem bilateral, o
contencioso “geográfico” Angola-Portugal no que à Educação diz
respeito, pois do lado do Trópico de Câncer, o “sexto sentido” do sul
tem muito trabalho a fazer sobre as “radiografias” das costuras e dos “químicos” dos
tecidos do “colete-de-forças” que querem ab partir de Portugal
impingir: pode-se desde logo começar por verificar quem está a ficar rico em
Portugal e em Angola, à custa da Educação, pois a consciência dos justos diz
que não pode ser algo que possa ser feito em prejuízo da juventude, do povo e
do estado angolano!
Dessa
inicial “geografia” pode depois o “sexto sentido” angolano
avaliar o que se passa com todos os livros da primária e da secundária editados
em cerca de 90% do mercado escolar angolano a partir de Portugal pela “Plural” e
pela “Texto”, para depois tentar avaliar o porquê dessa situação
asfixiante, pois o Primeiro-Ministro português, de tão limitado que está… a
esses brandos costumes vai mesmo dizer nada!...
Ilustrações:
O
limitadíssimo e sacrificado Primeiro-Ministro português e os livros de
geografia do “colete-de-forças” conforme as linhas com que cose o
alfaiate do neocolonialismo português… em brandos costumes!
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