Diz-se
social-democrata, é presidente do Eurogrupo, diz bacoradas ofensivas aos países europeus do sul por via de “indiretas” e outras artimanhas. É holandês, ministro das
Finanças em queda, chama-se Dijsselbloem e na UE são já imensos a exigir a sua
demissão do Eurogrupo. Ele, agarrado ao cargo, vai despejando água na fervura.
Aqui em baixo está mais um balde desse precioso líquido. Inutilmente, porque
Dijsselbloem sempre revelou ser racista, xenófobo e (agora sabe-se) sexista.
Como pode um fulano destes estar no cargo de presidente do Eurogrupo?
Que
sondaram Centeno, ministro das finanças de Portugal, para substituir
Dijsselbloem na presidência do Eurogrupo. Essa sondagem traz água-no-bico, é de
desconfiar. Centeno não aceitou, os do governo português dizem que há “mais
marés que marinheiros”. Ainda bem.
A
seguir, o balde que põe água-na-fervura do que disse Dijsselbloem sobre “putas
e vinho verde” – aporteguesando as suas declarações. Repare-se que ele não pede
desculpa. Diz que as suas palavras foram mal interpretadas. Que é o mesmo que
chamar trouxas a todos os povos do sul. Pode dizer-se ao racista e etc. que “de
más interpretações estamos fartos”. Ele disse o que pensa e isso nós sabemo-lo.
Já vem de trás aquele tipo de declarações. Talvez nunca tão claras mas a
quererem dizer o mesmo. O que diz é o que pensa. E o que pensa retira-lhe a
idoneidade para continuar no desempenho daquele cargo. Por isso o caminho é
demitir-se. Está ali um ínfimo Hitler escondido que pode crescer, se deixarem e lhe derem liberdade para se revelar completamente. Muito perigoso para a Europa, para todos nós. Dijsselbloem, portador de uma mente encardida que agora tenta branquear. Mas isso não é solução democrática nem dentro do espírito e objetivos da UE.
Também
é estranho que ainda não se tenha ativado a sua demissão compulsiva. Talvez não
seja legalmente admitida. Mas isso é estranho, assim como é estranho em Portugal
não ser possível demitir o governador do Banco de Portugal, este Costa ou
qualquer outro que proteja banqueiros comprovadamente vigaristas…
E
agora leia o que diz esse tal sujeito: Dijsselbloem a querer “limpar-se”. A ver se escapa. (MM
/ PG)
Dijsselbloem
não quis ofender países do Sul e não equaciona demissão
O
presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, reiterou hoje que nunca foi sua
intenção ofender os países do Sul da Europa, insistiu que as suas declarações
foram mal interpretadas, e disse estar totalmente empenhado em prosseguir as
suas funções.
Numa
altura em que se encontra sob um coro de críticas do Parlamento Europeu, na
sequência da entrevista ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung, mas também
por não se ter disponibilizado a participar esta semana num debate no hemiciclo
de Estrasburgo sobre o programa de assistência à Grécia, Dijsselbloem dirigiu
hoje uma carta a dois eurodeputados espanhóis que o haviam interpelado em 27 de
março passado, após ter dito que não se pode pedir ajuda depois de se gastar
todo o dinheiro em álcool e mulheres.
"Na
entrevista ao Frankfurter Allgemeine Zeitung, sublinhei a importância da
solidariedade e reciprocidade no seio da União Europeia. Argumentei que a
moldura acordada é crucial para a confiança na zona euro, tanto no mundo
exterior como entre Estados-membros. Para que haja solidariedade entre os
Estados-membros, algo que prezo muito, é crucial que todos mostrem
comprometimento e responsabilidade", escreve Dijsselbloem na carta datada
de hoje e divulgada em Bruxelas.
Citando
em alemão todo o excerto da entrevista que provocou a indignação de vários
Estados-membros, e que levou o Governo português a pedir a sua demissão, o
presidente do fórum de ministros das Finanças da zona euro aponta que, nos dias
seguintes à publicação da entrevista, as suas "palavras foram ligadas à
situação em países do Sul da Europa durante os anos da crise", o que
considera abusivo.
Dijsselbloem
escreve que "é muito infeliz que esta associação tenha sido feita, porque
não foi isso que disse" e "certamente não era o que tencionava
dizer", até porque "a crise teve impacto nas sociedades de toda a
zona euro, com grandes custos sociais, e a solidariedade foi plenamente
justificada".
"Lamentavelmente,
algumas pessoas ficaram ofendidas com a forma como me expressei. A escolha das
palavras é, obviamente, pessoal, tal como a forma como as mesmas são citadas.
Serei ainda mais cuidadoso no futuro, pois nunca é minha intenção insultar
pessoas", afirma.
Jeroen
Dijsselbloem termina a sua carta afirmando que continua "totalmente
comprometido" em prosseguir o trabalho com os membros do Parlamento
Europeu e com "todos os cidadãos europeus" para reforçar as economias
e a união monetária, reiterando assim que não tenciona demitir-se.
O
presidente do Eurogrupo enfrenta, no entanto, agora críticas redobradas, por
ter declinado, mais uma vez, o convite do Parlamento Europeu para participar
num debate na assembleia, que se encontra reunida em sessão plenária em
Estrasburgo desde segunda-feira.
Na
sessão de abertura, na segunda-feira à tarde, o presidente do Parlamento,
Antonio Tajani, que já criticara duramente as declarações do presidente do
Eurogrupo na entrevista ao jornal alemão, anunciou que vai enviar uma carta
formal de protesto a Dijsselbloem.
"O
presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, declinou mais uma vez o nosso
convite para participar num debate em plenário sobre a Grécia", lamentou
Tajani.
Apontando
que, apesar de não haver uma "obrigação jurídica" para que o
presidente do Eurogrupo tome a palavra em plenário, Tajani afirmou que
"quando se pedem tantos sacrifícios aos cidadãos europeus, deve aceitar-se
o convite para falar perante os seus representantes".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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