domingo, 1 de outubro de 2017

TERRORISTA RAJOY | GENERALÍSSIMO DE CASTELA ATERRORIZA A CATALUNHA



É fecundo o noticiário que versa o referendo na Catalunha e a repressão terrorista dos mastins policiais às ordens do Generalíssimo Rajoy e do rei do país que não é nação mas sim um estado de nações – até Paulo Portas o reconheceu ontem ao referir-se à Espanha (que quer ser uma nação sem o ser de facto). Depreende-se que em democracia uma dessas nações ou mais pretendam a independência e libertação das amarras que os prendem aos ocupantes castelhanos. Por isso a necessidade e importância  do referendo.

Mais de três centenas de feridos recorreram aos hospitais, devido aos maus-tratos policiais. Agredir sem olhar a quem só porque a nação Catalunha decidiu referendar se devem continuar ocupados por Castela ou não.

O Jornal de Notícias foi o selecionado pelo PG para trazer aqui parte do testemunho terrorista-castelhano que está a acontecer hoje na Catalunha. Não só em texto mas também em algumas imagens que ferem sensibilidades por se ver idosos muito agredidos pelos mastins policiais castelhanos. Cobardes, terroristas, também eles. E são esses que se prestam para infligir violência sobre cidadãos catalães pacíficos que somente querem votar sobre o seu destino, sobre o destino da sua nação, liberta (ou não) do jugo castelhano a que chamam erradamente um todo espanhol democrático. Está visto que não. Espanha e repressão aos povos que subjuga para se dizer "unida" significam isso mesmo: ocupação de nações e povos. Assim mesmo até que referendos desejados aconteçam e ditem que os povos querem ser "espanhóis" governados por Castela, por Madrid, submetidos a uma pseudo-autonomia que afinal não existe em pleno, como hoje é demonstrado pela vontade do terrorista Rajoy, ao serviço de Castela.

Perante imagens que recordam a violência franquista, perante o testemunho daquelas vítimas do ditame Rajoy e seus apaniguados anti-democráticos, terroristas, o que na realidade faz a chamada União Europeia? Cala, também ela cúmplice do terrorismo que Rajoy fomenta e põe em prática na nação catalã. (MM | PG)

337 feridos: Referendo na Catalunha marcado pela violência

O governo regional catalão atualizou, este domingo, para 337 o número de feridos na sequência de distúrbios relacionados com a realização do referendo pela independência na Catalunha.

"Há 337 pessoas feridas ou com contusões. Pedimos aos feridos que façam uma denúncia junto dos Mossos d'Esquadra (polícia regional)", declarou em conferência de imprensa o porta-voz da Generalitat, Jordi Turull.

A Justiça espanhola considerou ilegal o referendo pela independência convocado para hoje pelo governo regional catalão e deu ordem para que a polícia regional fechasse os locais de votação.

Face à inação da polícia regional em alguns locais, foram chamadas a Guardia Civil e a Polícia Nacional espanhola. Foram estes corpos de polícia de âmbito nacional que então protagonizaram os maiores momentos de tensão para tentar impedir o referendo.

A Guardia Civil e a Polícia Nacional espanhola realizaram cargas policiais e entraram à força em várias assembleias de voto que tinham sido ocupadas por pais, alunos e residentes, numa tentativa de garantir que os locais permaneceriam abertos.

Foram retiradas pessoas que ocupavam locais de votação, entre os quais o pavilhão desportivo da escola em Girona, onde deveria votar o líder da Generalitat, Carles Puigdemont. O presidente catalão acabaria por votar noutro local.

Além destas situações, houve ainda confrontos noutros locais, nomeadamente na sala de exposições de Sant Carles de la Ràpita (Terragona) e na Escola Rius i Taule (Barcelona), segundo relatos de repórteres das agências noticiosas internacionais.

O Sistema de Emergências Médicas (SEM) do governo catalão tinha dado conta de 38 feridos, na sequência da ação da Polícia Nacional e da Guardia Civil para impedir o referendo, a maioria por tonturas, ansiedade ou contusões. No entanto, em conferência de imprensa, o porta-voz da Generalitat, Jordi Turull, falou em 337 feridos na sequência das ações policiais.

"A atuação da Polícia e da Guardia Civil não obedece aos critérios de proporcionalidade, responde apenas ao: Vamos a eles!", disse. "Responsabilizamos o presidente do Governo, Mariano Rajoy, e o ministro do Interior [Administração Interna], Juan Ignacio Zoido, pelo que está a acontecer na Catalunha", salientou.

11 polícias feridos

Pelo menos 11 agentes das forças policiais foram feridos em operações para impedir a votação. "De momento, no total, nove agentes da polícia e dois da Guardia Civil foram feridos ao executarem ordens", escreveu o Ministério no Twitter, precisando que os agentes foram atingidos com pedras.

Governo catalão assegurou referendo "com garantias"

O porta-voz da presidência e do Governo da Catalunha, Jordi Turull, apelou ao voto no referendo e à "defesa de forma cívica e pacífica do direito fundamental ao voto", garantindo que 73% das mesas eleitorais (4561 mesas) estão a funcionar. Turull sublinhou que, apesar dos incidentes, "vale sempre a pena defender a democracia" e rejeitou "render-se face à violência do Estado".

Turull assegurou ainda que o referendo se realizará "com garantias", podendo os eleitores votar em qualquer local habilitado, mesmo sem envelopes e com boletins impressos em casa.

A votação vai permitir que 5,3 milhões de catalães votem em qualquer colégio eleitoral, facilitando a votação àqueles cujos locais de voto tenham sido encerrados, por ordem do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.

O Tribunal Constitucional espanhol suspendeu, no início de setembro, como medida cautelar, todas as leis regionais aprovadas pelo parlamento e pelo Governo da Catalunha que davam cobertura legal ao referendo de autodeterminação convocado para este domingo.

Procuradoria espanhola vai agir contra os Mossos d'Esquadra

A Procuradoria-Geral de Espanha vai agir contra os Mossos d'Esquadra por entender que a polícia regional da Catalunha agiu como uma "polícia política", por não ter acatado a ordem de fechar várias assembleias de voto no referendo catalão.

Fontes da Procuradoria-Geral do Estado espanhol citadas pelo jornal "El País" manifestaram o seu "mal-estar" quanto à atuação dos agentes da polícia autonómica por "terem atraiçoado a confiança que os juízes e os procuradores depositaram neles até ao último momento".

Generalitat vai apresentar queixa contra Governo espanhol na UE

O conselheiro do governo catalão para os Assuntos Exteriores anunciou que vai apresentar uma queixa contra o executivo espanhol na União Europeia, por violação dos direitos humanos. Em conferência de imprensa, Raul Romeva afirmou que a Generalitat vai invocar o artigo n.º 7 do Tratado da União Europeia (UE), que permite ao Conselho da Europa tomar medidas contra um Estado-membro se for declarada uma "violação grave" do artigo 2.º do mesmo diploma.

Segundo o Tratado, a UE "funda-se nos valores do respeito pela dignidade humana, da liberdade, da democracia, da igualdade, do Estado de direito e do respeito pelos direitos do Homem, incluindo os direitos das pessoas pertencentes a minorias", com valores comuns aos Estados-membros, numa sociedade caracterizada pelo pluralismo, a não discriminação, a tolerância, a justiça, a solidariedade e a igualdade entre homens e mulheres".


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