Ana
Alexandra Gonçalves* | opinião
Mário
Centeno é o novo Presidente do Eurogrupo - órgão que reúne os ministros das
Finanças dos Estados-membros da Zona Euro e cujo papel é cada vez mais
relevante na governação da economia, uma espécie de filho do Conselho Europeu e
primo do Ecofin. Como já se referiu a importância do Eurogrupo tem-se tornado
cada vez mais relevante, sobretudo depois das humilhações que visaram a Grécia.
Dito
por outras palavras, a presidência deste órgão é de particular importância e o
facto do ministro das Finanças português ter sido escolhido para a sua
presidência não é caso de somenos importância, como alguns em Portugal insistem
em afirmar, Marques Mendes que o diga.
Recorde-se
que na primeira intervenção de Centeno no Parlamento, Passos Coelho, cheio de
azia por não ocupar o lugar de primeiro-ministro, fartou-se de rir jocosamente.
O gozo pretendia minorar a importância de Centeno e esconder a tal azia. Seja
como for, ficaram as imagens do ex-primeiro-ministro que nunca sorria, rir-se
de Mário Centeno. Rir até as lágrimas lhe invadirem o rosto.
Agora
que Centeno é Presidente do Eurogrupo, com apoios de países como a Alemanha e
de França, impõe-se novamente as questões: E agora? Já não há vontade de rir?
Como é que se sente agora, depois de anos a bajular a Alemanha? E como é que
está a tal azia? Cresceu exponencialmente? E como é engolir tanto sapo? Não
provocará também essa quantidade incomensurável de sapos uma azia difícil de
suportar?
Outra
questão e esta verdadeiramente importante prende-se com a posição de Portugal e
até que ponto a eleição de Centeno não vincula o país ainda mais ao diktat
alemão, perdão, europeu.
*Ana
Alexandra Gonçalves | opinião em Triunfo da Razão
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