Líder da Renamo disse à VOA
O presidente da Renamo, Afonso
Dhlakama, denunciou nesta terça-feira, 26, a reactivação dos esquadrões da
morte, com surgimento de novos casos de raptos e assassinatos e corpos
encontrados ao abandono em várias zonas das províncias de Manica e Sofala, onde
ele se encontra escondido há dois anos.
Dhlakama, em declarações via
telefone à VOA a partir da Gorongosa, disse que novos corpos humanos foram
encontrados ao abandono em três distritos do interior da província moçambicana
de Manica e Sofala, não distante do seu esconderijo.
Alguns dos corpos tinham sido
descarregados por viaturas militares, mas não confirma se se tratam de membros
da Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, que declarou uma trégua
unilateral há um ano para parar os assassinatos, ataques a viaturas civis e
militares e edifícios públicos.
“O Governo reactivou os
esquadrões da morte, com raptos e assassinatos, a mesma perseguição política
que foi desencadeada em 2016, e isso não abona a paz” precisou Dhlakama,
afiançando que continuará a negociar com o Governo para um terceiro acordo de
paz.
Recorde-se que vários corpos
foram encontrados abandonados em várias regiões do país durante o conflito
político-militar em 2016, com a Renamo e o Governo a se acusarem mutuamente dos
raptos e assassinatos.
VOA
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