Inhambane regista situação
preocupante
Na província moçambicana de
Inhambane, as autoridades dizem que pelo menos 600 pessoas abandonaram o
tratamento da tuberculose em 2017, o que contribuiu para o aumento de mortes
por esta doença.
Moçambique regista, anualmente,
cerca de 159 mil novos casos de tuberculose, fazendo parte por isso dos 20
países do mundo com as mais altas taxas da doença.
Inhambane faz parte das
províncias mais afectadas pela tuberculose, uma situação agravada pelo abandono
do tratamento, o que fez com que pelo menos 200 doentes perdessem a vida em
2017.
Andrécio Cumbe, técnico ligado ao
programa de combate à tuberculose em Inhambane, considerou bastante preocupante
o abandono do tratamento porque, para além de elevar ainda mais o risco de morte
para o doente, isso contribui também para a contaminação de mais pessoas.
Refira-se que nos primeiros nove
meses do ano passado, o sector da saúde em Moçambique iniciaram o tratamento de
cerca de 70 mil casos de tuberculose, e destes 669 são resistentes a
medicamentos.
Dificuldades e cultura
No caso de Inhambane, não são
conhecidas as reais causas do abandono do tratamento, mas, eventualmente, as
mesmas tenham a ver com a longa distância que muitos doentes têm de percorrer
para chegar a uma unidade sanitária, para além de certos valores culturais
enraizados em algumas comunidades moçambicanas.
Entretanto, alguns estudos têm
sugerido a necesside de Moçambique melhorar o seu programa de combate à
tuberculose, para que produza bons resultados, uma vez que dos cerca de 159 mil
casos que o país regista anualmente, apenas entre 50 e 60 por cento são
diagnosticados.
A ministra moçambicana da Saúde,
Nazira Abdula, assume ser necessário adoptar uma boa estratégia de luta contra
esta doença, que, em muitos casos, aparece associada ao HIV-SIDA.
VOA
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