Um fiscal afecto à Reserva do
Niassa foi gravemente ferido com projéctil de uma arma de fogo, na
segunda-feira (08), durante uma perseguição a um grupo de caçadores furtivos
que abateram um elefante. Foi o 135ª abatido desde Janeiro de 2017. O @Verdade sabe que um
destacamento da Unidade de Intervenção Rápida(UIR) foi destacado para reforçar
a luta contra os furtivos.
O facto foi confirmado ao
@Verdade, telefonicamente, pelo porta-voz do Comando Provincial da Polícia da
República de Moçambique (PRM), no Niassa, Alves Mate. Este não soube
especificar o tipo de arma usada pelos supostos caçadores furtivos.
Contudo, a Administração Nacional
das Áreas de Conservação (ANAC) queixa-se do facto de os predadores elefantes,
principalmente, na Reserva do Niassa, usarem, com frequência, armas automáticas
nas suas operações de caça, enquanto os fiscais recorrem a fisgas e outros
instrumentos rudimentares.
O guarda fiscal baleado estava
afecto ao bloco 4 daquela área protegida, onde se encontrava na companhia de
três colegas.
O @Verdade soube de uma outra
fonte que os presumíveis caçadores furtivos não só abateram um elefante, como
também apoderaram-se das respectivas pontas de marfins.
Alves Mate disse-nos que os
malfeitores continuam a monte e não precisou a identidade da vítima, que
segundo ele contraiu ferimentos graves numa das pernas. “Está internada no Hospital
Provincial de Lichinga”.
O nosso interlocutor disse que as
autoridades policiais estão a trabalhar no sentido de deter os meliantes para
que sejam responsabilizados pelos seus actos.
Entretanto o @Verdade sabe que
desde a semana passada um destacamento da UIR está no distrito de Mecula para
reforçar a luta contra os caçadores furtivos.
Refira-se que entre Janeiro e Dezembro de 2017 pelo menos 134 elefantes foram
abatidos por caçadores furtivos na Reserva do Niassa, elevando para 356
paquidermes mortos no ano passado em Moçambique.
@Verdade
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