António Arnaut, advogado e
político agora com 82 anos, abriu as portas de casa à TSF e referiu a
existência de pressão dos privados na saúde, mas também de promiscuidade entre
público e privado, colocando em causa as PPP (Parcerias Público-Privadas).
O "pai" do Serviço
Nacional de Saúde (SNS) critica também a falta de reconhecimento político do
SNS para o bem-estar e para coesão social. "Os políticos não recorrem ao
Serviço Nacional de Saúde" e por isso "não veem com olhos de ver o
valor do SNS para o bem-estar e a coesão social. Não compreenderam o sentido
que tem na defesa da dignidade", num país que tem cerca de dois milhões de
pobres e outros dois milhões em risco de pobreza.
António Arnaut refere ainda que é
preciso garantir as carreiras profissionais no setor da Saúde.
Este sábado António Arnaut
apresenta, com João Semedo, uma nova lei de bases da saúde para defender a
democracia, a sublinhar a necessidade de melhorar a qualidade e resposta do
SNS. Arnaut considera que os tempos de espera para consultas e cirurgias são incompreensíveis.
Este livro, defendem os autores,
é o primeiro passo para colocar o país, e sobretudo os políticos, a discutir a
situação atual do Serviço Nacional de Saúde.
Miguel Midões | TSF | Foto: Fernando
Fontes/Global Imagens
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