domingo, 7 de janeiro de 2018

QUANTA MORTE E DESTRUIÇÃO NOS AGUARDAM EM 2018?

Paul Craig Roberts*

O Novo Ano está repleto de ameaças económicas, políticas e guerreiras.

Entre as ameaças económicas estão os mercados de acções, de títulos e do imobiliário que durante anos foram artificialmente inchados através da criação de moeda pelo banco central e por informações falsas de pleno emprego. É uma questão aberta saber se os participantes nestes mercados estão conscientes de que a realidade subjacente não admite os valores [actuais] destes activos. Os bancos centrais suportam os mercados de acções não só com liquidez abundante mas também com compras directas de acções. O banco central japonês é agora um dos maiores possuidores de acções japonesas. Bancos centrais, os quais supostamente proporcionam estabilidade económica, criaram uma fraude maciça.

Por todo o mundo ocidental a política degenerou em fraude. Nenhum governo serve o interesse público (Ver:www.paulcraigroberts.org/2017/12/29/eric-zuesse-explains-americas-worst-enemy/ ). Excepto em alguns antigos satélites soviéticos na Europa Oriental, os governos europeus têm desprezado a vontade do povo ao admitir grande número de refugiados das guerras de Washington e ainda outros que pretendem ser refugiados. Os governos europeus mais uma vez põem em perigo seus cidadãos com o seu apoio com o seu apoio à crescente agressão de Washington em relação à Rússia. O fracasso universal de políticas democráticas está a levar directamente à guerra.

O Saker explica que americanos com inteligência, honra, coragem e integridade desapareceram do establishment de segurança nacional dos EUA. Em seu lugar estão estúpidos arrogantes com alto excesso de confiança e eles acreditam: (1) Que podemos comprar qualquer um; (2) Que aqueles que não pudermos comprar, podemos intimidar; (3) Que aqueles que não podemos intimidar, podemos matar; (4) Que nada nos pode acontecer, vivemos em impunidade total não importa o que façamos. http://www.unz.com/tsaker/2018-war-or-no-war/

Scott Bennett informa que soldados dos EUA estão a receber a propaganda de que a Rússia é um inimigo com o qual estamos destinados a guerrear. www.facebook.com/capsule.ninetynine.7/videos/1992321041038611/

O império anglo-sionista está a tentar derrubar o acordo iraniano e a recomeçar a tentativa de deitar abaixo o governo da Síria. O Hezbollah do Líbano também está sob as vistas do império. Washington está a armar a Ucrânia a fim de capacitá-la a um ataque contra as províncias em ruptura da Novorussia. As ameaças contra a Coreia do Norte escalam. Mesmo a pequena Venezuela é ameaçada com intervenção militar simplesmente porque o país quer controlar o seu próprio destino e não ser controlado por Washington e pelos bancos de Nova York.

Na opinião de alguns, a diplomacia muito cautelosa da Rússia aumentou a probabilidade de que Washington cometa um erro e dê ao mundo uma terça guerra mundial. Ao não aceitar os pedidos das províncias em ruptura de língua russa na Ucrânia de serem reincorporadas à Rússia, o governo russo abriu o caminho para Washington proporcionar os meios militares para o seu fantoche ucraniano tentar reconquistar as províncias. O êxito disto prejudicaria o prestígio russo e encorajaria Washington nas suas acções agressivas. Mais cedo ou mais tarde a Rússia terá de se defender e lutar.

A prematura declaração de vitória da Rússia na Síria e a sua retirada tornaram possível a permanência de forças dos EUA naquele país e a tentativa de recomeçar os esforços para derrubar o governo Assad. A Rússia teria de defender a sua vitória, ou ao deixar de fazer isso encoraja acções mais agressivas de Washington.

Já se evaporaram as esperanças de que o presidente Trump restauraria as relações normalizadas entre as potências nucleares que Reagan e Gorbachev tornaram possível. A questão para este Novo Ano é quando a agressão de Washington contra a Rússia desencadeará uma guerra quente.

Este sítio web estará a examinar estas questões à medida que se desdobrarem em 2018. Da perspectiva de hoje, é improvável que o Novo Ano venha a ser feliz. Em parte alguma no ocidente há um sinal de liderança rumo à paz e ao bem-estar da humanidade.


Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ 

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