quinta-feira, 1 de março de 2018

PORTUGAL | O nervosismo que os indefetíveis detetam em Marcelo


Os habituais protagonistas do “his master’s voice” - sendo aqui Marcelo o “patrão” em causa - vão dando sucessivos testemunhos do nervosismo que reina em Belém com o caos do PSD e a previsível incapacidade de Rui Rio para constituir-se numa alternativa suficientemente credível para que, em seu torno, os jornais e televisões metralhem as consciências dos eleitores e os inibam de dar a maioria absoluta ao Partido Socialista.

As direitas têm todos os meios de manipulação da realidade, mas falta-lhes a substância com que o possam fazer. Daí que Marcelo trema perante a possibilidade de se tornar completamente irrelevante perante um governo com maioria absoluta no Parlamento, que torne os seus vetos meros percalços sem consequências. Não nos admiremos se se multiplicarem os almoços entre ele e Rio para que tente vincar o seu papel de guru na cabeça de um teimoso, que sempre deu provas da sua autossuficiência.

Façamos votos para que, se conseguiu dobrar as circunstâncias à conta das preleções dominicais nas televisões durante vários anos e dos abraços e selfies  tiradas com os tontos, que a tão lamentável espetáculo se deram, Marcelo sinta no momento mais determinante da sua passagem pela política ativa, que os seus desejos embaterão desastrosamente contra outras mais fortes vontades.

Jorge Rocha | Ventos Semeados | Foto: José Sena Goulão / Lusa

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