Mário
Motta, Lisboa
Não é costume no Página Global
dispensarmos tanta atenção ao futebol dos milhões e dos fanáticos que vibram
como numa religião estapafúrdia ou numa ideologia doentia, exacerbada, mas
desde há tempos a esta parte que observamos acontecer em crescendo desatinos
por entre os chamados presidentes dos clubes milionários, principalmente esses
agentes do desporto de tiques monárquicos (porque o dizem “rei”).
Os incendiários e inflamados predominam
nas grandes manchetes e presenças nas televisões. Por cada canal português
assistimos a horas infindas de conversa de xaxa e até de zangas, de arruaças
que contaminam, inclusive, os moderadores e/ou profissionais da comunicação
social. É de supor que a maioria dos portugueses estão fartos destas “conversas”,
o que não invalida que as audiências aumentem e se verifiquem mais vendas de
jornais. “Passo horas a ver os “debates desportivos” (futebol) porque estou
sempre à espera que eles andem à porrada”, declarou um adepto não fervoroso que
além de gostar de futebol também aprecia boxe. Quer dizer: a coisa vende e
mantem num certo suspense os que assistem em televisão às conversas de xaxa.
Até aqui tudo mais ou menos. O
que já passa das marcas é quando dirigentes dos clubes maiores, da primeira
liga e dos milhões de euros, se excedem e trazem para a praça pública coisas
comezinhas e problemas domésticos que deviam resolver entre si e os seus pares
adversários. Adversários desportivos. Não dá para fulanizar nem “pintar a manta”
com inverdades ou inexatidões.
“Quem não se sente não é filho de
boa gente”, é um adágio bem conhecido e evocado por supostos ou realmente
ofendidos. E é aí que está o busílis. Um diz assim e o outro diz assado… Está o
caldinho arranjado. E muitos até o fazem por uma questão de vedetismo. E
sentem-se bem a serem vedetas, nem lhes importa o objeto da sua popularidade. Se
assim é digam lá quem é que conhecia o nome Bruno de Carvalho há 5 anos ou
menos? E outros que aparecem e tudo fazem para constar nas manchetes e nas
televisões das conversas de xaxa. E os supostos jornalistas adoram tais tricas
e laricas. E picam que é para condimentar melhor o desentendimento e o défice
de educação.
É assim que está a acontecer,
ainda para mais com Twitter e Facebook. Para esses a conversa de xaxa
tornou-se num vício umbilical na comunicação social, melhor que ir ao circo, para
alguns, demasiados.
No caso aqui mencionado em texto
do Notícias ao Minuto a guerra entre o Sporting e o Braga até podia amainar… Não,
o presidente do Braga atiçou com mais umas achas na fogueira e vem agora o
presidente do Sporting atiçar ainda mais. E a coisa vai em crescendo,
publicamente, quando ambos podia resolver os seus diferendos reunindo e
conversando como pessoas de bem. Oh, pois é, mas isso não dava manchetes nem
promoções pessoais. Pois é. Pois é.
Leiam o que segue e se vos
apetecer podem chamar-me os nomes que vos der na real gana. Ignorarei, porque
esta é só a minha opinião acerca do futebol dos milhões que fora das quatro
linhas se transformou num chiqueiro onde existem uns quantos que insistem em chafurdar…
porque sim. Feitios. Tudo isso em nome do desporto. Desporto? Mas que desporto?
Até poderá haver quem tenha razão (no caso do Sporting e do Braga), um e/ou outro, mas assim não. Já ambos a perderam, por entre tanta xaxada e ausência de nível, sem qualidade para dirigirem um bordel, muito menos clubes desportivos influentes em que deviam de dar bons exemplos. (MM | PG)
Bruno de Carvalho acusa Sp. Braga
de "enganar o Sporting em cerca de 300 mil euros"
Presidente do Sporting pede,
ainda, "multa pesada ao Braga e competentes devido aos acontecimentos no
relvado, nas bancadas e na tribuna".
Poucas horas após o Sporting de
Braga voltar a exigir que o Sporting pagasse valores que teria em dívida para
com o clube, Bruno de Carvalho emitiu um comunicado onde arrasa o presidente
arsenalista.
O líder leonino garante que “a
FPF não obrigou o Sporting a pagar nada”, mas sim “aconselhou com base em duas
suposições que poderiam ou não criar problemas de interpretação”.
“O Braga queria um milhão de
euros. O Sporting pagou 707 mil. Por precaução, pagou mais 85 mil, que o Braga
vai ter de devolver. Por precaução, pagou mais 17 mil, que, após o pagamento à
LACO, o Braga deverá ter de devolver”, escreve Bruno de Carvalho.
“O Braga quis enganar o Sporting
em cerca de 300 mil euros, tendo agora, por mera precaução nossa, recebido
cerca de 100 mil euros que vai ter de devolver”, resume.
Além do mais, Bruno de Carvalho
exige que seja aplicada uma “multa pesada ao Braga e competentes devido aos
acontecimentos no relvado, nas bancadas e na tribuna”.
“Castigo pesado a Salvador pelo
comportamento completamente labrego na tribuna - grosseiro, mal criado - e às
suas ameaças a elementos da direção do Sporting e dos nossos Núcleos; Castigo
pesado ao treinador do Braga por insultos e agressão (ainda por cima cobarde,
pelas costas) a um atleta do Sporting; Interdição do Estádio da CM de Braga por
o Braga ter, propositadamente, apagado as luzes quando os adeptos do Sporting
CP iam sair”, pede.
Carlos Pereira Fernandes | Notícias
ao Minuto | Foto: Global Imagens
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