Benjamin Natanyahu rebate: "Não receberemos lição de
moral de quem bombardeia civis indiscriminadamente"
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan acusou Israel de ser
um “estado terrorista” e chamou o primeiro-ministro israelense Benjamin
Netanyahu de “terrorista”, em um discurso neste domingo (1). Ele condenou a
reação das Forças de Defesa de Israel à chamada “Marcha do Retorno”, onde
milhares de palestinos protestaram na fronteira entre Israel e Gaza.
Pelo menos 17 manifestantes que tentaram escalar a cerca de
segurança na fronteira ou atiraram bombas contra soldados foram mortos nos
confrontos de sexta-feira, com mais de mil feridos. Dez dos mortos foram
identificados como membros do grupo terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Na sexta-feira, a Turquia criticou Israel por usar “força
desproporcional” contra o marcha liderada pelo Hamas. “Condenamos
veementemente o uso de força desproporcional de Israel contra os palestinos
durante os protestos pacíficos de hoje em Gaza”, disse o Ministério das
Relações Exteriores em Ancara, em comunicado. No sábado, o presidente
turco Erdogan criticou Israel pelo “ataque desumano”.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rebateu Erdogan em
uma postagem no Twitter neste domingo, chamando a acusação de Erdogan de uma
piada do Dia da Mentira. “O exército mais moral do mundo não receberá
lição de moral de alguém que durante anos bombardeou civis
indiscriminadamente”, escreveu.
Também provocou o líder turco, numa referência ao Dia da
Mentira: “Aparentemente é assim que eles marcam 1 de abril em Ancara”.
Erdogan revidou o tweet, chamando o primeiro-ministro
israelense de “ocupante” e “terrorista”. “Ei Netanyahu! Você é o invasor.
É como um ocupante que você está nessas terras. Ao mesmo tempo, você é um
terrorista”, disse o presidente em um discurso televisionado desde Adana, sul
da Turquia.
Durante seu discurso, Erdogan também classificou Israel como
um “estado terrorista”: “Não preciso dizer ao mundo o quão cruel é o exército
israelense. Podemos ver o que esse estado terrorista está fazendo quando
olhamos para a situação em Gaza e Jerusalém”.
“Israel realizou um massacre em Gaza e Netanyahu é um
terrorista”, disparou Erdogan, conforme a imprensa turca. A retórica de
combater o terrorismo vem sendo usada pela Turquia para justificar ações
militares na Síria. Há anos líderes turcos falam sobre a
possibilidade de invadir Israel para “libertar
Jerusalém” das mãos de Israel, afirmando que se trata de um lugar sagrado
para todos os muçulmanos do mundo.
Desde que o presidente Donald Trump anunciou o
reconhecimento de Jerusalém como capital, autoridades turcas vêm atacando
constantemente Israel em discursos. No ano passado o presidente Erdogan já
havia chamado Israel de “estado terrorista” que mata crianças.
Na ocasião Netanyahu respondeu: “Não estou acostumado a
receber palestras sobre moralidade de um líder que ataca civis curdos em sua
terra natal, que prende jornalistas, que ajuda o Irã a aplicar sanções
internacionais e ajuda os terroristas, inclusive em Gaza, a matarem pessoas
inocentes”.
Marcha do Retorno
Apesar de ser classificada como “pacífica” as manifestação
da Marcha do Retorno foram violetas, com o uso de coquetéis molotov, pneus queimados
e ameaças de invasão do território israelense. O exército israelense abriu
fogo contra quem tentava ultrapassar a fronteira. Alguns homens ligados aos
Hamas foram filmados tentando colocar artefatos explosivos na cerca que divide
a Faixa de Gaza do sul de Israel.
Apesar das advertências das autoridades israelenses que os
franco-atiradores usariam força letal para impedir infiltrações na fronteira na
sexta-feira, dezenas de milhares de manifestantes deram início a seis semanas
de protestos, exigindo seu direito de ‘voltar para suas terras’ e gritando
palavras de ordem contra o reconhecimento do presidente Donald Trump a
Jerusalém como capital de Israel.
Os organizadores dos protestos anunciaram que as
manifestações em massa continuarão até 15 de maio, um dia depois do aniversário
de 70 anos da Independência de Israel, quando também está prevista a abertura
da embaixada dos EUA em Jerusalém.
Jarbas Aragão | Gospel Prime | com informações de Daily Mail
Sem comentários:
Enviar um comentário