É deputado no parlamento da
Alemanha e minimiza o holocausto chamando-lhe “cocó de pássaro”, coisa pouca
que assassinou pelo menos cerca 3 milhões de pessoas em campos de extermínio,
sendo a maioria judeus.
O que se pergunta é como é possível
que um monstro daquele calibre seja eleito para o parlamento alemão, assim como
outros de igual ideologia, que com garbo se manifestam cúmplices de assassinos
em alta escala da humanidade passados 70 anos, sem uma palavra de
arrependimento, de reprovação pelos crimes cometidos contra a humanidade. Quer
se queira quer não aquele Alexandre e os Alexandres seus parceiros constituem
um perigo latente para a humanidade. Cabe à própria Alemanha, ao povo alemão, maioritariamente
democrático e humanista, resolver o destino desses tais revelados apoiantes de crimes
contra a humanidade, ilegalizando as suas atividades, legislando nesse sentido.
Porque são esses energúmenos que se aproveitam da democracia para arregimentar
apoios por via do populismo. Intrujando povos.
Cada vez mais a ideologia nazi cresce na Europa e
no mundo. Temos agora o caso de Itália, em que indivíduos comprovadamente da direita radical, populistas, tomaram posse e são governo. Não
sendo caso único na Europa. Isso é indicio do que o futuro nos reserva porque
quando nos apercebermos já estão com poderes e força suficiente para não conseguirmos, por via da democracia, derrubá-los, como aconteceu com Hitler, Mussolini, Franco e Salazar, que aproveitando-se
do descontentamento dos povos instalaram ditaduras assassinas e transformaram a
Europa num campo de batalha, aniquilando a democracia, as liberdades e os
direitos inalienáveis dos cidadãos. Prendendo-os e assassinando-os se
discordassem do rumo ditatorial e desumano das suas políticas. (PG)
Leia a seguir, da Deutsche Welle:
Líder populista de direita
minimiza impacto do nazismo na história alemã
Para Alexander Gauland, da AfD,
ditadura de Adolf Hitler foi “um cocô de pássaro” em mais de mil anos de
história do país. Declaração causou indignação no meio político alemão.
O deputado e líder do AfD,
Alexander Gauland em evento da juventude do partido. Declarações foram alvo de
críticas de políticos de outras siglas.
O líder do partido populista de
direita AfD, Alexander Gauland, minimizou neste sábado (02/06) o passado nazista
da Alemanha apontando que Adolf Hitler e os nazistas não foram mais do que um
"cocô de pássaro" na história alemã.
"Hitler e os
nacional-socialistas não foram mais do que um cocô de pássaro em mil anos
de uma história alemã de sucesso", afirmou o político, que também lidera a
bancada do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) no Bundestag (Parlamento
alemão).
"Reconhecemos a nossa
responsabilidade por esses 12 anos”, disse ele, em referência à duração da
ditadura nazista. "Mas nós temos uma história gloriosa, e ela, meus
amigos, é bem mais longa que esses malditos 12 anos”, acrescentou.
As declarações foram feitas
durante um encontro da juventude do partido em Seebach, no leste da Alemanha.
A fala de Gauland causou
repercussão imediata no meio político alemão, tradicionalmente sensível em
relação ao passado nazista do país.
Annegret Kramp-Karrenbauer, a
secretária-geral da União Democrata Cristã (CDU), o partido da chanceler
Angela Merkel, condenou as declarações em entrevista ao jornal Die Welt.
"Cinquenta milhões de mortos na Segunda Guerra Mundial, o Holocausto, a
Guerra Total. Chamar isso "cocô de pássaro” é uma bofetada na cara das
vítimas e uma relativização do que foi feito em nome da Alemanha”, disse.
"É simplesmente chocante que isso possa ser dito por um líder um partido
supostamente cívico.”
Já o deputado do Partido Liberal
Democrático (FDP, na sigla em alemão) Marco Bushmann disse à cadeia de jornais
do grupo Funke que "qualquer político que deliberadamente tenta minimizar
a ditadura nazista e o Holocausto dá uma indicação de quão sinistra é sua visão
para a Alemanha”.
Polêmicas
Esta não foi a primeira vez que
Gauland, um antigo político de 77 anos da CDU que passou para a AfD, faz
comentários controversos que causaram indignação no meio político. Em setembro,
durante a campanha eleitoral, ele disse que os alemães deveriam
ter orgulho dos soldados que lutaram nas duas guerras mundiais.
"Se os franceses, e com
razão, têm orgulho de seus imperadores, e os britânicos, do (almirante) Nelson
e Churchill, então nós temos o direito de ter orgulho do desempenho de nossos
soldados nas duas guerras mundiais", disse.
Em 2016, ele também provocou
indignação ao atacar o zagueiro da seleção alemã Jérôme Boateng, que é de
origem africana. Ele declarou que "as pessoas o acham um bom jogador de
futebol, mas não querem um Boateng como vizinho".
Outros políticos do partido
também ganham destaque regularmente por causa de declarações na mesma linha. Em
janeiro de 2017, Björn Höcke, deputado da AfD no parlamento estadual da
Turíngia, chamou o memorial do Holocausto em Berlim de "monumento da vergonha.
Em março, o então presidente
da AFD no estado da Saxônia-Anhalt, André Poggenburg, se referiu a
imigrantes turcos como "pastores de camelos" e "vendedores de
cominho". Ele renunciou ao cargo pouco depois.
Criado em 2013 inicialmente como
um partido eurocético, a AfD se metamorfoseou em uma sigla de direita
populista após a crise dos refugiados de 2015, passando a adotar uma retórica
antimigratória. No ano passado, o partido conseguiu entrar pela primeira vez no
Bundestag ao levar 12,6% dos votos nas eleições federais. Hoje é a principal
força de oposição ao governo Merkel e conta com 94 deputados.
JPS/ots | Deutsche Welle | Imagem DW com fotomontagem PG
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