sábado, 30 de junho de 2018

Força de defesa europeia: cópia da OTAN destinada ao fracasso?


Nesta semana, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês, Emmanuel Macron, discutiram a criação de uma força de defesa conjunta europeia, alcançando, segundo a ministra da Defesa francesa Florence Parly, um avanço no assunto. Especialista francês comentou à Sputnik os planos de defesa da União Europeia.

O cientista francês e professor da Universidade de Sorbonne, Christophe Réveillard, acredita que por enquanto não há razões para ver o projeto com otimismo.

Segundo ele, a concepção de defesa europeia não é original, copiando os documentos da OTAN. Ainda por cima, os poucos projetos que já foram realizados dificilmente podem ser denominados europeus, pois envolvem apenas três a quatro países.

"Aquilo a que chamam de projetos europeus são na verdade projetos realizados por três ou quatro países, pois apenas três ou quatro países da União Europeia possuem uma indústria de defesa com nível suficiente", opinou Réveillard.

O analista sublinha que a estratégia desenvolvida pela UE é muito duvidosa, sendo uma cópia da OTAN.

"A União Europeia é incapaz de elaborar uma estratégia. Se vocês analisarem a estratégia proposta por [chefe da diplomacia europeia] Federica Mogherini […] verão que ela é na verdade um copy-paste da OTAN. Se alguém cria uma força de defesa, é preciso antes de tudo elaborar uma estratégia. Uma estratégia que não temos", disse o especialista à Sputnik França.

As medidas que já foram tomadas no âmbito da iniciativa de uma defesa europeia comum não passam, para Réveillard, de um "logro". O analista lembra que "a única proposta valiosa" já feita, ou seja, uma força de ataque com 50 mil efetivos, rapidamente perdeu força e apoio e acabou sendo realizada pela OTAN.

Não são apenas os analistas que acham o projeto de uma defesa conjunta da UE pouco provável. Os próprios militares, segundo o professor francês, duvidam da necessidade de tal estrutura, pois a maioria das possíveis operações fora da Europa serão realizadas junto com as forças da Aliança.

"Quando você fala com militares franceses sobre uma força de defesa europeia, eles riem na cara, perguntando para quê criar uma defesa europeia, se nossa estrutura dentro da OTAN funciona e para quê fazer isso se resultará pior, junto com a UE e exércitos que não estão coordenados entre si a nível europeu?", conclui o autor.

Em setembro, o presidente da França, Emmanuel Macron, propôs um plano para criar uma força de defesa conjunta europeia que protegeria a Europa agindo em pontos críticos em todo o mundo. Segundo Macron, a força de defesa conjunta deveria complementar a OTAN em vez de substituir a Aliança. Originalmente, Berlim estava cética em relação à ideia, mas no início de junho a chanceler alemã, Angela Merkel, expressou seu apoio à iniciativa.

Sputnik | Foto:  AFP 2018 / Anne-Christine Poujoulat

UE | A Estónia celebra um criminoso nazi


Uma placa comemorativa dedicada ao Coronel Alfons Rebane foi inaugurada a 22 de Junho na Estónia.

Alfons Rebane foi um colaborador do IIIº Reich com o posto de Standartenführer nas SS. Ele cometeu diversos crimes de guerra na União Soviética.

O governo estónio dissociou-se desta manifestação, mas recusou-se a condená-la.

Após a Segunda Guerra Mundial, Alfons Rebane foi para o Reino Unido no quadro da operação stay-behind (Gládio). Ele participou, nomeadamente, na «Operação Selva», visando infiltrar antigos oficiais nazistas na Polónia e nos países Bálticos para aí prosseguir a luta anti-comunista. Ele chegou mesmo a dar cursos na escola do MI6 («Inteligência Britânica»-ndT).

A Estónia é membro da União Europeia; uma organização que é suposta lutar pela paz na Europa e contra o ressurgimento do racismo nazista.

Voltaire.net | Tradução  Alva

UE | A Alemanha e os consensos


Ana Alexandra Gonçalves* | opinião

Depois de se ter dedicado ao desenvolvimento de exercícios de superioridade e subsequente humilhação, a mesma Alemanha liderada por Angela Merkel pede agora consensos entre os vários Estados-membros da UE, designadamente sobre imigração e moeda única.

Depois de se ter dedicado a esses referidos exercícios, Merkel muda o disco e pede que entre Estados-membros, alguns dos quais com uma orientação política fascista e xenófoba, cheguem a entendimentos, depois da própria Alemanha, orientada por Merkel e pelo seu inefável ministro das Finanças Shau ble, ter dado o maior contributo na História da UE para esfrangalhar a UE.

De resto, importa não separar essa postura alemã, que resultou num claro enfraquecimento do projecto europeu, da deriva extremista que está a tomar conta de alguns países europeus. A forma como se lidou com a questão grega foi o prenúncio da divisão. Vir agora pedir união cheira a lata desmesurada.

Ana Alexandra Gonçalves* | Triunfo da Razão | Foto AFP

Morreu José Manuel Tengarrinha, antifascista fundador do MDP/CDE


Fundador do MDP/CDE tinha 86 anos

José Manuel Tengarrinha, fundador do MDP/CDE, morreu esta sexta-feira aos 86 anos, confirmou à agência Lusa o dirigente do Livre Rui Tavares.

José Manuel Tengarrinha, que foi deputado na Assembleia Constituinte, era atualmente militante do partido Livre.

Historiador e professor, o fundador do Movimento Democrático Português/Comissão Democrática Eleitoral (MDP/CDE) foi preso pela PIDE e esteve na Cadeia do Aljube.

Primeiro-ministro destaca "um exemplo"

O primeiro-ministro, António Costa, considerou que José Manuel Tengarrinha se distinguiu em Portugal como um "lutador antifascista", tendo sido um "exemplo de cidadão civicamente ativo" e um "historiador ilustre".

"Manifesto à família de José Manuel Tengarrinha sentido pesar pelo seu falecimento. Lutador antifascista, deputado constituinte, militante político, foi um exemplo de cidadão civicamente ativo, a par de historiador ilustre que investigou e lecionou com paixão", refere o primeiro-ministro na mensagem que enviou à agência Lusa.

TSF com Lusa

Petróleo em Portugal | Equívocos e ocultações do Ministro do "Ambiente"


O Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, foi ao parlamento afirmar que "o Governo assume a hipótese de explorar petróleo ao largo do Algarve".

Eduardo Paes Mamede | Ladrões de Bicicletas

Esta é a primeira vez que o governo assume explicitamente a defesa da exploração de petróleo em Portugal. Até aqui, vários membros do executivo têm-se escudado na ideia de que o país tem de conhecer os seus recursos naturais, como forma de justificar o contrato com o consórcio ENI/GALP para exploração de petróleo ao largo de Aljezur. Na verdade, nunca foi um argumento convincente: o contrato inclui todas as fases do processo, desde a prospecção à exploração. Agora, o Ministro do Ambiente não só admite a possibilidade, como assume o desejo de que Portugal se torne um país produtor de petróleo. Porém, insiste em justificar a decisão alimentando equívocos e deixando por esclarecer questões-chave.

Primeiro, é falsa a ideia de que Portugal poderá tornar-se independente em termos energéticos com base nestes contratos. Caso encontre petróleo, o consórcio ENI/GALP não está obrigado a vendê-lo em Portugal a preços mais favoráveis. Vendê-lo-á nos mercados internacionais, a quem pagar mais. Os lucros ficarão para si e as contrapartidas para o Estado português serão mínimas. O Ministro do Ambiente continua a não falar desta questão. Pelo contrário, insiste em alimentar a fábula do enriquecimento fácil do país com base em contratos muito pouco favoráveis (e cujo processo de aprovação é questionável a vários níveis).

Segundo, a promessa de que a exploração não avançará sem um estudo prévio de impacte ambiental é pouco tranquilizadora. É sabido que o risco de desastre ambiental é mínimo, desde que sejam tomadas todas as precauções. Por isso, e porque ninguém se atreverá a parar o processo depois de terem sido gastas centenas de milhões de euros na fase de prospecção, nenhum estudo de impacte ambiental irá fazer parar este processo. Se houver petróleo haverá exploração. Mas os acidentes, por pouco prováveis que sejam, acontecem - como se tem visto em várias partes do mundo. E quando acontecem os efeitos são desastrosos. O contrato com a ENI/GALP não protege o país dessa eventualidade: em caso de acidente, será o Estado português e as populações afectadas a assumir o grosso dos custos ambientais, sociais e económicos. O Ministro do Ambiente continua a não falar desta questão. Neste caso, prefere mesmo fingir que não é nada com ele.

Finalmente, o Ministro do Ambiente continua a não conseguir explicar como é que o apoio, agora finalmente assumido, à exploração de petróleo em Portugal é compatível com os compromissos assumidos pelo Estado português no Acordo de Paris. Existe hoje o reconhecimento internacional de que o combate às alterações climáticas se faz não apenas pela redução do consumo de hidrocarbonetos, mas também pela redução da sua produção. É verdade que os tempos mudaram: Obama saiu da presidência dos EUA e deixou no seu lugar alguém que fez letra morta daquele Acordo (e de outros). Isto reduz drasticamente a probabilidade de vermos diminuir a produção de hidrocarbonetos à escala mundial nas próximas décadas. O que o Ministro do Ambiente parece estar a dizer-nos é que não cabe a Portugal preocupar-se com isso. É verdadeiramente caricato que seja o responsável pela pasta do Ambiente a assumi-lo.

*Eduardo Paes Mamede, compositor (ver em Wikipédia)

Mundial2018 | Rumo aos 'quartos': Que Sóchi volte a fazer sorrir CR7 e Portugal


Portugal é uma das quatro seleções hoje envolvidas no arranque dos 'oitavos' do Mundial de futebol, sendo que todas as outras três são antigos campeões, desejosos de na Rússia ocupar o 'trono' já deixado vago pela Alemanha.

Os oitavos de final, que se prolongam até terça-feira, começam com a Argentina - de Lionel Messi - contra a França, da parte da tarde (15:00), para depois ter, ao início da noite (19:00), o jogo entre os 'patrioskas' - do outro 'extraterrestre', Cristiano Ronaldo - e o Uruguai.

Portugal regressa a Sochi, cidade onde iniciou este Mundial com o épico empate 3-3 com Espanha e o 'hat-trick' de Cristiano Ronaldo, agora para defrontar uma seleção que fez o pleno na fase de grupos, incluindo um concludente 3-0 sobre a anfitriã Rússia.

A única dúvida a limitar as escolhas de Fernando Santos, será William Carvalho, o '6' da seleção, titular na fase de grupos e que teve de alterar os treinos por causa de mialgia de esforço. Sexta-feira, só fez corrida, mas o selecionador ainda não descartou aquele que é um dos seus jogadores de maior confiança.

Certo é que, quaisquer que sejam as opções finais do 'mister', Cristiano Ronaldo será o homem mais avançado no terreno, à procura de ser determinante no resultado e atingir mais alguns recordes pessoais - como o de golos lusos em Mundiais, já que está a dois de Eusébio.

A nível pessoal, 'CR7' luta com o inglês Harry Kane e o belga Romelu Lukaku pela distinção de melhor marcador do torneio, precisando de marcar para empatar de novo com o britânico, que já tem cinco golos.

Outra 'corrida' que certamente passa pelas prestações individuais é a da 'Bola de Ouro' para o melhor jogador do ano, com o madeirense e Messi mais uma vez em grande rivalidade, com percursos impressionantes na Liga dos Campeões (Cristiano Ronaldo) e Liga espanhola (Messi).

A Argentina deu uma pálida imagem na prova, até agora, e só continua em campo graças a um golo 'milagroso' de Rojo contra a Nigéria, a quatro minutos do fim. Mas tem Messi, capaz de a qualquer momento fazer a diferença e 'carregar' uma seleção que consensualmente é apontada como das mais fracas das últimas décadas.

O adversário em Kazan é a França, vice-campeã da Europa, vencedora do seu grupo sem deslumbrar, com triunfos sobre Austrália e Peru e estratégico 'nulo' com a Dinamarca.

Os dois vencedores de hoje jogarão de novo a 06 de julho, em Nijni Novgorod, palco do primeiro jogo dos quartos de final.

Notícias ao Minuto com Lusa | Foto Reuters

Fernando Rosas alerta para perigo do conhecimento sem cultura


O historiador Fernando Rosas alerta para a "desculturalização do conhecimento", promovida pelas novas tecnologias, e considera que "a substituição do Homem pela máquina só se resolve no quadro de uma sociedade socialista".

Fernando Rosas, autor, entre outras obras, de 'Portugal Século XX: Pensamento e Ação Política' (2004), faz estas declarações a encerrar o novo volume, a si dedicado, da série 'Fio da Memória', de autoria de José Jorge Letria, editada pela Guerra e Paz.

Esta série publica entrevistas a personalidades da cultura, contando com títulos dedicados à escritora Lídia Jorge, ao maestro Álvaro Cassuto, ao cineasta António-Pedro Vasconcelos, ao catedrático de filosofia Manuel Maria Carrilho, ou o ensaísta Eduardo Lourenço.

No último capítulo do novo volume, intitulado 'Nas Minhas Velhas Convicções de Militante Socialista', o historiador comenta que quando alguém quer saber quem foi Vladimir Lenine (1870-1924), político que liderou os sucessivos Governos russos desde o derrube da monarquia, em 1917, até 1924, resolve o problema de "telemóvel em punho".

Rosas afirma que "há uma 'desculturalização' do conhecimento" e, noutro capítulo da obra, numa resposta a Letria, argumenta que "nada substitui o livro e o papel", referindo que, no atual contexto, "há é uma desistência da leitura, da reflexão crítica e da controvérsia".

O historiador Fernando Rosas, de 72 anos, é apontado pelo escritor José Jorge Letria como um exemplo de como o combate político se tornou "numa intensa e apaixonada carreira académica" na historiografia.

Licenciado em Direito, pela Universidade de Lisboa, Rosas "constitui um exemplo de como o combate político, que implicou detenções nas prisões da ditadura, mas também a experiência da clandestinidade, acabou por se converter numa intensa e apaixonada carreira académica que lhe permite falar da História como uma paixão e do pensamento político como uma porta aberta para o que há de vir e que ninguém sabe ao certo o que será e como irá ser".

Nesta conversa, colocada em letra de forma, Fernando Rosas dá conta de como o seu avô materno, Filipe Mendes, um republicano, o influenciou, tendo-se tornado militante do Partido Comunista Português (PCP) aos 15 anos e, mais tarde, depois da Revolução de Abril, militante do MRPP e diretor do seu órgão oficial, o jornal Luta Popular, "num tempo turbulento e violento", escreve Letria.

Sobre si, afirma Fernando Rosas: "Nasci com a política à mesa". E recorda os brindes de Natal, em que o avô finalizava com "Viva a República, viva a liberdade", ou como a casa da sua tia Cândida Ventura, funcionava como apoio aos militantes clandestinos do PCP.

No texto sobre as suas "velhas convicções de militante socialista", o autor regressa às teorias de Karl Marx, filósofo sobre qual nota assistir-se "uma pujança editorial" de trabalhos sobre o pensador.

Considerando "muito importante", no contexto social atual, "a substituição do Homem pela máquina", Rosa afirma que esta questão "só se resolve no quadro duma sociedade socialista, ou seja, só se resolve "no quadro da coletivização dos meios de produção", e quando se puder "planear os meios de produção para que o inevitável e necessário progresso da máquina traga ao Homem mais tempo de lazer e de bem-estar e não o desemprego e a miséria".

Uma questão, argumenta, que "tem tudo a ver com o capitalismo e com a superação do capitalismo".

"A coletivização tem de ter poder sobre os meios de produção, para que possa programar em seu proveito o progresso da técnica", defende.

Notícias ao Minuto com Lusa

Rock in Rio: Todos cantámos para Zé Pedro, dos Xutos - The Killers também lá estiveram


O Rock in Rio em Lisboa até amanhã, domingo. Todos os dias têm sido grandes, assim como todas as noites. Ontem, sexta-feira, foi um dia muito especial para muitos portugueses que acompanharam e são fãs dos Xutos & Pontapés e de Zé Pedro, daquela banda. Zé Pedro faleceu há pouco tempo e a homenagem, mais uma, não se fez esperar no palco maior do RiR. Todos cantámos em sua homenagem, até os políticos presentes - Marcelo, Costa, Ferro Rodrigues, Fernando Medina e outros. Cantámos para Zé Pedro "a nossa casinha, com muitas saudades" e do céu caiu chuva, talvez lágrimas comovidas e de agradecimento, de amizade, do Zé Pedro por todos nós. (PG)

Marcelo 'não foi o único' a cantar 'as saudades' que já temos de Zé Pedro

Numa homenagem a Zé Pedro dos Xutos & Pontapés, várias foram as personalidades que juntaram a sua voz a Tim, o vocalista da banda, no palco mundo do Rock in Rio. Hoje, 'nesta casinha' coube um país inteiro a cantar para Zé Pedro.

Naquele que foi o momento mais aguardado do terceiro dia da edição de 2018 de Rock in Rio, Marcelo Rebelo de Sousa subiu ao palco e, numa homenagem de emocionar as pedras da calçada, juntou a voz à de Tim, o vocalista dos Xutos & Pontapés, para cantar 'A Casinha' em homenagem a Zé Pedro. 

Mas o Presidente da República não foi o único. Várias outras personalidades de diferentes quadrantes, da economia ao desporto, passando pela política nacional, subiram ao palco, tais como António Costa, Fernando Medina, Eduardo Ferro Rodrigues, Catarina Martins, Júlia Pinheiro, Raquel Tavares, Sá Pinto, Pauleta, Maria Rueff e Roberta Medina. 

A minha alegre casinha', a icónica música da banda portuguesa, era a última do alinhamento deste concerto. Assim que se ouviram os primeiros acordes, Marcelo dirigiu-se ao palco mundo, assim como todas as outras personalidades. E em uníssono cantaram a uma só voz para Zé Pedro.

A emoção terá, certamente, falado mais alto nos corações de muitas gerações de fãs de Xutos & Pontapés. Esta sexta-feira, no Parque da Bela Vista, a chuva não levou a melhor; sentiram-se e cantaram-se 'as saudades que já temos' de Zé Pedro. Hoje, 'nesta casinha' coube um país inteiro a cantar para Zé Pedro. 

Questionado pelos jornalistas sobre se se sentia uma 'estrela', por causa do entusiasmo demonstrado pelo público presente, o chefe de Estado respondeu que "aquele entusiasmo todo" era para fazer "uma homenagem merecida a Zé Pedro".

Entre as várias interpelações às quais sempre respondeu, nem que fosse com um sorriso ou um aceno, Marcelo ouviu os "parabéns pelo que disse ao senhor americano".

Veja, na galeria, o vídeo de homenagem a Zé Pedro. E não perca igualmente a oportunidade de ver o entusiasmo de Marcelo Rebelo de Sousa e de António Costa durante o concerto: em Notícias ao Minuto.

Filipa Matias Pereira com Natacha Costa e Lusa | Notícias ao Minuto | Foto da SIC


Rock in Rio: Os maiores sucessos dos The Killers no terceiro dia

Os norte-americanos The Killers puseram na sexta-feira milhares de pessoas no Rock in Rio Lisboa a cantar alguns dos maiores sucessos de uma carreira com cerca de 16 anos, num momento em que a chuva deu tréguas.

Cinco anos depois do último concerto em Portugal, a banda de Las Vegas, que entrou em palco pelas 21:15, apostou num alinhamento carregado de êxitos antigos, apesar de ter editado um álbum novo no ano passado.

"Conhecem esta? Provem-no", desafiou o expressivo vocalista Brandon Flowers, levando os presentes a entoar 'Runaway' a plenos pulmões.

O mesmo aconteceu com músicas como 'Somebody told me', 'Spaceman', 'Smile like you mean it', 'Read my mind' e 'When we were young' que arrancaram manifestações mais efusivas do público.

A dada altura, Brandon Flowers disse ao baterista Rooney Vannucci que "as pessoas estiveram à chuva e ainda estão aqui", como que lembrando que aquele público merecia que dessem tudo em palco.

Isto porque, na parte final do concerto da banda que os antecedeu no Palco Mundo, os Xutos & Pontapés, choveu copiosamente na 'cidade do rock', no Parque da Bela Vista.

Como em qualquer concerto de um cabeça de cartaz num festival, houve 'encore'. A banda saiu de palco momentaneamente, o público pediu que voltasse, mas não muito porque as luzes não se apagaram.

A questão 'Are we human?' [Somos humanos?, em português] deu o mote para a reentrada em palco e para um final de concerto com dois dos temas mais marcantes da banda: 'Human' e 'Mr. Brightside'.

Esta última começou com uma versão mais lenta, como uma espécie de ensaio, para a versão original, bem mais ritmada.

No final, o agradecimento de Brandon Flowers, que durante várias músicas tocou num teclado que estava colocado atrás de uma espécie de 'néon' do símbolo do masculino.

Já com o vocalista fora de palco, foi a vez do baterista se chegar à frente e agradecer ao público, que decidiu presentear com um "bouquet de madeira", constituído por três baquetas.

Apesar de serem os cabeça de cartaz de hoje, os The Killer não foram os últimos a atuar no Palco Mundo.

Pelas 23:20 entrou em cena a dupla britânica de música eletrónica The Chemical Brothers, também velha conhecida do público português. Pelas 00:45 de hoje, mantinham-se em frente ao Palco Mundo milhares de pessoas.

Aliás, na sexta-feira, o dia no Palco Mundo foi preenchido por bandas que já passaram várias vezes por Portugal e pelos Xutos.

Ao final do dia passaram por lá os britânicos James, velhos conhecidos do público português, que fizeram questão de tocar sucessos antigos como "Sometimes", "Born of frustration" e "Laid".

Embora prejudicados por alguns problemas de som, deixaram o público rendido, com Tim Booth a descer várias vezes do palco para a plateia.

Na sexta-feira atuaram no Rock in Rio Lisboa, noutros palcos, artistas e bandas como Manel Cruz, Capitão Fausto, Nástio Mosquito. O dia ficou também marcado pelo evento revivalista "Revenge of the 90's", que ao início da noite ocupou o Music Valley com música da década de 1990, numa festa que durou até cerca das 02:00 de hoje.

Até às 00:45 de hoje, a organização não tinha divulgado o número de pessoas que estiveram no Parque da Bela Vista. Nos dois primeiros dias desta edição, no sábado e no domingo passados, registaram-se 71 mil e 85 mil espectadores, respetivamente.

Notícias ao Minuto com Lusa

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Mundial2018 | É hoje o Portugal x Uruguai... Depois é uma questão de fazer contas


No Mundial2018, na Rússia, Portugal defronta hoje o Uruguai. O encontro está marcado para as 19 horas em Lisboa, as diferenças horárias serão ditadas geograficamente pelos fusos horários. É uma questão de fazerem contas… como diria António Guterres.

A propósito da seleção portuguesa e da disputa de hoje com o Uruguai falou Fernando Santos, o selecionador português. É o que trazemos ao PG num artigo publicado no Observador da autoria de Bruno Roseiro.

Acreditamos que Portugal vai vencer o Uruguai. Depois é uma questão de fazer contas, como diria o outro. (PG)

Fernando Santos perdeu um café e riu-se de Trump sobre Ronaldo: “Agora ou se ganha ou não se ganha e eu quero ganhar”

Fernando Santos vê um Portugal mais consistente, elogia qualidade do Uruguai mas acredita na passagem aos quartos, numa conferência que lhe custou um café mas ainda valeu uma forte gargalhada.

E à quinta pergunta, um café por pagar. Depois de ter falado Adrien, Fernando Santos analisara também o encontro deste sábado com o Uruguai, num dos duelos mais aguardados dos oitavos de final e num dia que vai arrancar com um França-Argentina. Até aí, tinha deixado uma visão mais geral, falara de William Carvalho e comentara a série de 17 jogos sem perder em fases finais de grandes provas, contando com Campeonato da Europa, Taça das Confederações e Mundial. Depois, a questão da praxe: Portugal está dependente do que conseguirá fazer Cristiano Ronaldo em mais este jogo, desta vez a eliminar?

“Já tenho de pagar mais um café”, atirou para o assessor da Federação, Onofre Costa. “Nós tínhamos falado antes e ele tinha dito que me fariam essa pergunta, eu disse que desta vez não. Lá vou ter de pagar mais um café”, explicou entre sorrisos antes de repetir a resposta que tem dado sempre: “Percebo a pergunta, respeito mas todas as equipas estão sempre dependentes dos melhores jogadores e connosco é assim porque temos aquele que considero ser o melhor do mundo. Também se pode perguntar a mesma coisa ao treinador do Uruguai, que tem Suárez ou Cavani. Os melhores são sempre influentes”.

Mais à frente, com o tema a ser abordado de outra forma (“Tratando-se de um jogo a eliminar, o Cristiano vai estar mais empolgado?”, a resposta acabou por prolongar a mesma linha de raciocínio. “Se o Cristiano jogar sozinho, Portugal vai perder. Temos de ser tão fortes como a fortíssima equipa do Uruguai porque mesmo quando ele marca três golos num jogo tem de haver uma equipa como suporte. Se olharmos para os jogadores que têm jogado no nosso adversário, temos dois do Atl. Madrid, um do Inter, um da Juventus, na frente um do PSG e outro do Barcelona, ou seja, três que foram campeões nos seus países… São duas grandes equipas, mas também é verdade que, quando se anulam, as diferenças são feitas pelas individualidades, mas apenas porque existe esse suporte da equipa”, destacou, já depois de ter olhado para o Uruguai também como um todo.

“A maior virtude do Uruguai é a própria equipa do Uruguai.Tem uma equipa comandada pelo mesmo treinador há 12 anos, que é muito experiente, uma equipa fortíssima, com jogadores que conhecemos e reconhecemos. É certo que em 2018 não sofreu nenhum golo mas é muito forte nos vários setores. É complicado encontrar fraquezas porque é muito homogénea nos cinco momentos do jogo e procurámos estudar bem o adversário porque dentro dessa fortaleza há sempre alguma coisa que tentaremos explorar. Preparámos bem o jogo, o adversário e aquilo que temos de fazer”, frisou Fernando Santos, o engenheiro para quem é igual a formação em termos académicos: “Influência no futebol? Acabei o curso com 22 anos, aos 15 ou 16 já jogava futebol…”.

Deixando ainda a dúvida em relação à utilização de William Carvalho (“Teremos de ver mais umas horas, nisto umas horas são importantes”), e passando por cima de uma pergunta (que também teve logo uma espécie de aviso prévio para não levar a questão muito a sério) sobre o comentário de Trump para o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre se achava possível Cristiano Ronaldo candidatar-se ao seu cargo — “Só vi o nosso Presidente quando cá esteve connosco, depois disso não tive oportunidade de falar com ele… Desculpe, sobre isso não vou falar”, atirou depois de ter soltado uma gargalhada em uníssono com o resto da sala —, o selecionador nacional relativizou ainda o atual registo de jogos sem perder da Seleção mas mostrou confiança em avançar na prova apesar do poderio dos sul-americanos.

“Acreditamos que podemos passar, assim como eles também acham que chegou a hora deles. Pela história, nós fomos campeões da Europa, eles já foram duas vezes campeões do mundo… São números que valem o que valem, o que interessa é o que se vai passar no jogo, tenha quanto tempo tiver. É preciso lutar e trabalhar muito, colocando em campo as nossas capacidades e qualidades. Mas estamos com grande confiança, tendo sempre, obviamente, grande respeito pelo adversário. Portugal quer muito, os jogadores querem muito chegar aos quartos e é em campo que tentaremos fazer a diferença num jogo diferente da fase de grupos porque, amanhã, não vale pontos — agora ou se ganha ou não se ganha e eu quero ganhar”, referiu.

“O que mudou depois de ter chegado? Termos ganho! Portugal sempre teve grandes seleções e jogadores, já tinha ido a uma final do Europeu, esteve em duas meias-finais do Mundial, não logrou vencer mas o futebol tem isso. O que foi importante foi ganhar. Há sempre alguma coisa que muda, mas é reflexo dos jogadores e do que conseguiram fazer em campo. Aqui, penso que Portugal tem crescido, tenho essa confiança que sim. Os jogadores encontram-se durante o ano dois ou três dias e acrescentando mais jogos e treinos é normal que a equipa vá ficando melhor em termos coletivos. Isto depois de termos calhado no grupo talvez mais difícil, que foi muito apertado e que um dos principais favoritos também sentiu isso mesmo”, concluiu, numa conferência onde pediu ainda para todos os portugueses cantarem o hino de mãos dadas para criar uma corrente para os quartos.

Bruno Roseiro | Observador - Enviado especial do Observador à Rússia (em Sochi) | Foto Paulo Novais/Lusa

UE | Acordo para as migrações? "Não é um acordo, é uma declaração de coisas vagas"


António Costa diz que Vitorino será importante para gestão humana do problema das Migrações.

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta sexta-feira que a nomeação de António Vitorino para diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM) será "seguramente importante para uma gestão humana" desta matéria.

"Para já, termos podido contar com ele para este lugar é muito importante para o país e será seguramente importante para uma gestão humana de acordo com o direito internacional e muito ativa em matéria de migrações. Eu, por mim, estou muito satisfeito que desta vez possamos ter contado com o António Vitorino para estas funções", disse o primeiro-ministro à chegada ao aeroporto de Lisboa, questionado sobre se esperava para futuro poder contar com António Vitorino para cargos nacionais.

À chegada à Lisboa, depois de ter participado em Bruxelas numa cimeira de chefes de Estado da União Europeia, da qual resultou um acordo relativo a migrações, alcançado ao fim de uma longa maratona negocial, António Costa considerou "um enorme orgulho e responsabilidade" para Portugal ter o socialista e antigo comissário europeu a liderar a OIM, dando ao país "uma posição relevante e central nesta grande questão global" e na qual é preciso "conseguir trabalhar em diversas dimensões".

Garantir a paz e o desenvolvimento nos países de origem dos migrantes, gestão de fronteiras, integração dos migrantes e refugiados são algumas das dimensões enumeradas pelo primeiro-ministro, nas quais a OIM "tem uma função essencial".

Sobre o acordo desta madrugada, alcançado às cinco da manhã depois de dez horas de negociações, António Costa insistiu nas críticas que já tinha deixado à saída da cimeira.

E defendeu que a proposta do alto comissário das Nações Unidas para a criação de plataformas regionais de desembarque de migrantes, que o conselho europeu ainda não aprovou, tendo apenas conferido mandato à comissão para "explorar esta ideia", mas que "podia ter sido agarrada com mais intensidade e, desde já, desenhada com garantias de que são dadas todas as garantias para proteção dos direitos que são devidos aos refugiados, para que não haja qualquer tipo de dúvidas de qual é a função destas plataformas".

António Costa reafirmou também que o problema da Europa relativamente às migrações é a "profunda divisão que hoje existe" e a qual "não vale a pena estar a tentar esconder ou a tentar disfarçar".

"Aquela declaração é uma declaração essencialmente vazia e mesmo assim foram dez horas para às cinco da manhã se conseguir aquilo. E desta vez o que estivemos a discutir não foram questões técnicas, o que estivemos a discutir foi a essência do projeto europeu como um projeto partilhado pelo conjunto dos Estados membros e hoje há Estados membros que não querem partilhar o conjunto", criticou o primeiro-ministro.

Ainda sobre a nomeação de António Vitorino para diretor-geral da OIM, António Costa entende que esta se deve a "um currículo absolutamente excecional" e que se trata de uma eleição "bastante difícil" num contexto de cada vez maior número de portugueses em cargos internacionais destacados.

António Vitorino, 61 anos, ex-ministro português (1995-1997) e ex-comissário europeu (1999-2004), foi hoje eleito diretor-geral da OIM, cargo ocupado pelos Estados Unidos desde a criação da organização, em 1951, com uma única exceção, em 1960.

Vitorino, que concorria ao cargo juntamente com o norte-americano Ken Isaacs e a costa-riquenha Laura Thompson, a atual vice-diretora-geral da organização, foi eleito à quarta volta por aclamação.

TSF | Lusa | Foto EPA

Férias sim mas... aqui nos encontraremos todos os dias


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