As autoridades venezuelanas
revelaram ter capturado um grupo de mercenários contratados pela oposição
venezuelana para cometer assassinatos selectivos, no âmbito da chamada
«Operação Constituição».
Néstor Reverol, ministro dos
Negócios Estrangeiros da Venezuela, disse na quinta-feira que os indivíduos
entraram no país a partir da Colômbia, tendo como objectivo promover o caos e o
terror entre a população civil.
Numa conferência de imprensa dada
em Caracas, Reverol explicou que as investigações levadas a cabo pelas autoridades
conduziram à detenção de Miguel Ambrosio Palacio Salcedo, de 44 anos,
suboficial desertor da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). Tinha como
missão proporcionar a logística e o recrutamento necessário para realizar o
assassinato selectivo de políticos e militares venezuelanos, segundo informam
a Prensa Latina e a AVN.
Foi também detido o
primeiro-tenente na reserva Alberto José Salazar Cabaña, de 43 anos, oficial
desertor do Exército Bolivariano desde 2016, que entrou no país a partir da
Colômbia acompanhado por mais dois oficiais desertores da FANB, ambos
identificados e procurados pelas autoridades.
Néstor Reverol deu ainda conta
das detenções dos coronéis na reserva Oswaldo García Palomo, de 54 anos, e de
José Acevedo Montañés, de 57, bem como de um indivíduo identificado como
Antonio José Iabichela Barrios, de 45 anos – todos envolvidos no plano
conspirativo.
García Palomo era procurado pela
Justiça venezuelana pela participação no crime de atentado frustrado contra o presidente da República, Nicolás
Maduro, cometido em 4 de Agosto último.
Os terroristas, que seguiam numa
viatura de cor verde, foram capturados num ponto de controlo da auto-estrada
José Antonio Páez, precisou o ministro, explicando que, no processo, foram
apreeendidas duas espingardas de assalto AK 103, dois telefones por satélite e
500 braceletes com as iniciais da «Operación Constitución» (OC).
Néstor Reverol sublinhou que o
plano conspirativo visava «aumentar a pressão a nível nacional, no âmbito das
acções golpistas que têm por fito acabar com o mandato de Nicolás Maduro,
apoiadas pela administração dos Estados Unidos e a direita venezuelana».
«Com as investigações realizadas,
não restam dúvidas da participação directa no atentado frustrado contra o
presidente Maduro dos serviços secretos colombianos, da CIA e de Julio Borges, foragido à Justiça», frisou.
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