A campanha oficial para as
legislativas de 06 de outubro arranca hoje, apesar de estar na rua há semanas,
com os líderes a espalhar-se de norte a sul do país.
No dia em que há eleições
regionais na Madeira, o presidente do PSD e o secretário-geral do PS
optaram por fazer campanha a norte.
Se não chover, Rui Rio fará um
passeio de bicicleta no Porto para assinalar o dia europeu sem carros, e
António Costa tem previsto um passeio nas ruas de Espinho, distrito de Aveiro.
É preciso descer no mapa até à
Guarda para encontrar a caravana do CDS e de Assunção Cristas, que
vai visitar a feira farta, na cidade mais alta do país, e depois desce até ao
distrito de Santarém para um passeio na margem do Tejo, em Valada, perto de
Salvaterra de Magos.
Os restantes líderes, do Bloco de
Esquerda e do PCP, estarão a sul. Catarina Martins vai almoçar com
personalidades ligadas à cultura, em Queluz. Jerónimo de Sousa participa num
encontro com artistas e trabalhadores da cultura, no Museu do Aljube, na
capital, almoça com militantes e apoiantes em Barcarena, Oeiras,
e tem uma festa-comício em Loures, distrito de Lisboa.
O partido
Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que elege um deputado em 2015, não tem
previstas ações no primeiro dia oficial de campanha, período que se
prolonga por duas semanas, até 04 de outubro, sendo o dia 05 o dia de
reflexão.
Em dia de eleições na Madeira, os
maiores partidos têm previstas declarações, à noite, nas suas sedes
partidárias, em Lisboa, sobre os resultados das regionais naquela região
autónoma.
As caravanas dos partidos fazem
milhares de quilómetros, de norte a sul país, e investem milhares de euros nas
campanhas eleitorais - este ano os orçamentos dos 21 partidos e coligações
atingem 8,1 milhões, ainda assim abaixo dos gastos de 2015.
Segundo um estudo, da autoria de
Marco Lisi, investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS), com base
em inquéritos pós-eleitorais, um mês antes das eleições de outubro de
2015, a
grande maioria dos eleitores inquiridos (70%) já tinha decidido o seu sentido
de voto, 10% decidiu durante o mês antes, enquanto menos de 20% restantes
afirmaram que só o fizeram na semana anterior à votação, durante a campanha
eleitoral.
Os portugueses vão às urnas em 06
de outubro para escolher os 230 deputados à Assembleia da República,
numas eleições que determinarão depois a escolha do futuro Governo.
Esta é a 16.ª vez que os
portugueses serão chamados a votar em legislativas em democracia, incluindo as
eleições para a Constituinte, em 1975, um ano após a "Revolução dos
cravos", em 25 de Abril de 1974.
Às eleições de outubro concorrem
partidos e coligações em número recorde - 21 - embora apenas 15 se apresentem a
todos os círculos eleitorais.
No total, são eleitos 230
deputados numas eleições que, ao longo dos anos, têm vindo a registar um
aumento da taxa de abstenção, uma tendência à escala europeia.
Depois de terem concorrido em
coligação em 2015, PSD e CDS apresentam-se em separado às
eleições. O PS também concorre sozinho, o mesmo acontecendo ao Bloco de
Esquerda. O PCP apresenta-se, mais uma vez, na CDU, com o PEV e
independentes. O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que entrou no
parlamento em 2015, volta a candidatar-se com listas próprias.
Nestas eleições, há quatro
partidos novos - Aliança, Reagir Incluir Reciclar (RIR), Chega,
Iniciativa Liberal.
Em 2015, a taxa de abstenção
atingiu o recorde de 44,4%, comparando com os 8,3% nas eleições para a
Assembleia Constituinte, em 1985, ou os 16,4% das primeiras legislativas, em
1976.
Notícias ao Minuto | Lusa
Leia em Notícias ao Minuto:
Sem comentários:
Enviar um comentário