Um Curto grandote por Germano Oliveira, do Expresso. Vários parágrafos acerca da app, de Costa, do governo e de outros. Muito foi dito no Expresso e aqui no PG. Andamos todos distraídos acerca de realidades importantes do mau desempenho do governo, mas é o que tem e daquilo que pode desfrutar. Sirva-se.
O StayAway Covid, ou a diarreica app “Dá Corda aos Sapatos e Põe-te a Andar”, em português popularucho, tem dado o que falar, escrever e tornou-se útil literatura de sanita. No PG já demos para esse peditório. Basta repetir que é uma decisão fascista/salazarista de que António Costa afirma não gostar, aliás, quase todos os democratas dizem o mesmo, que não gostam. Entre esses existem os que afirmam que… “pois, mas tem de ser”. Não tem nada. Até porque a dita app ainda não deu provas da sua propalada utilidade. Até agora o que sabemos é que é uma grande bosta quanto à utilidade de nos ajudar a desviarmo-nos do vírus. Então porquê esta teimosia de Costa, do governo e de uns quantos que não gostam de usarem autoritarismo, mas neste caso usam? Neste caso e noutros… Mas são grandes democratas. São?
A app já passou a lana caprina para o PG. Está tudo dito. Apesar disso o Curto volta a abordar o tema, mas não espere nada de novo – a não ser uma ou outra opinião de colunáveis. Vão nessa, para matar a curiosidade. Só por isso, porque a app está morta. Os que aderiram por influencia da polémica gerada vão constatar exatamente tal facto e acabar por se desfazerem da defunta.
Há assuntos muito mais importantes a abordar e parece que andamos todos distraídos. Distração útil, que dá jeito ao governo autoritário-socialista-democrático. Se surgiu como balão de ensaio já estourou. Bam
Por nós ficamos por aqui. Siga o Curto. Tem interesse para além da diarreica app.
Bom dia. Sejam felizes.
FS | PG
22.814 problemas com a StayAway Covid e depois o pior texto de 2020
Germano Oliveira | Expresso
Bom dia,
António Costa não
gosta da lei que o próprio propôs mas não tem problemas em insistir que
paguemos multas se não instalarmos a app que ele quer, o Presidente da
República não disse exatamente o que pensa sobre isso mas “não
tem quaisquer problemas” em mandar a lei para o Constitucional;
António Costa não tem problemas em comparar a decisão de manter
os bares encerrados à de obrigar os portugueses a instalarem uma aplicação,
Rui Rio não tem problemas em dizer que concorda
com a obrigatoriedade de usarmos máscaras na rua mas tem dúvidas sobre a
obrigação de instalarmos a StayAway Covid - ainda assim não quer
“derrotar a proposta à partida”;
o PS não tem problemas em admitir que “não
tomou ainda uma posição sobre esta matéria” porque é preciso ouvir os
peritos, a Associação D3 - Defesa dos Direitos Digitais não tem problemas em avançar
com uma providência cautelar para travar a obrigatoriedade de se instalar a
StayAway Covid - porque “as apps obrigatórias não pertencem a uma
Europa democrática”;
portanto: uma app que devia ser de instalação voluntária pode tornar-se uma
punição autoritária, quem não a usar (versão iOS aqui e Android ali)
convém ter até
€500 para pagar ao senhor polícia que lhe fiscalizar o telemóvel - e a
socialista Isabel Moreira, que ao contrário do seu partido não tem problemas em
assumir já uma posição, escreveu no Expresso que “qualquer
pessoa livre prefere ser arrastada pela rua a ceder a sua privacidade a um
polícia. Afrontar este apego à liberdade foi um erro político crasso”,
Graça Franco não tem problemas em determinar que “as
leis que nos envergonham não são para cumprir” porque “a Democracia tem
regras e não as podemos suspender”, Daniel Oliveira não tem problemas em
apontar uma
certa estupidez, “o facto de a imposição [da app] ser impraticável na sua
aplicação e fiscalização não a torna menos grave. Torna-a apenas mais estúpida.
Cria ruído sobre as medidas essenciais, banaliza a lei e viola princípios
democráticos sem sequer conseguir mais eficácia por isso”;
neste
texto no site do Expresso, que é um dos mais lidos de ontem, o líder da UGT
não tem problemas em dizer que não vai instalar a app e desafia o Governo a
obrigá-lo, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal não
tem problemas em questionar como é que isto vai ser fiscalizado nas empresas
mas sublinha que os patrões não são polícias para mexer nos telemóveis dos
funcionários, ainda nesse texto as escolas não têm problemas em levantar
questões práticas porque o dinheiro não é igual para todos (“nem sempre os
alunos têm um contrato de acesso à internet ilimitado, o que leva a crer que,
sendo a aplicação boa, poderá não ser retirado todo o seu potencial”);
a Comissão de Proteção de Dados não tem problemas em dizer o óbvio - que neste
caso é que esta lei do Governo suscita “graves
questões relativas à privacidade” - e o Expresso não teve problemas em
fazer um artigo com o ponto da situação dos posicionamentos políticos, está
intitulado “StayAway:
oposição (e até socialistas) contra uso obrigatório da app, só Rui Rio tem
dúvidas”;
ao fim da noite de ontem o socialista Sérgio Sousa Pinto não teve problemas em
ir ao Facebook explicar que “aplicações
digitais e polícia é um casamento tenebroso, mil vezes pior que o Covid” e
no meio de tantas personalidades e entidades que não têm problemas em dizer
opiniões - e quão importante é a liberdade de pensar, é esse o lema do Expresso
e pode ser também uma regra para as nossas vidas - há um problema que prejudica
a liberdade de a StayAway Covid ser bem-sucedida: “desde
que a app está disponível foram gerados [até 8 de outubro] apenas 430 códigos
pelos médicos e desses só 113 foram inseridos pelos diagnosticados” - e
nesse mesmo período Portugal registou 23.244 novos casos, a subtração diz-nos
então que 23.244 menos 430 dá 22.814 problemas para a funcionalidade e eficácia
desta app que nos querem obrigar a usar e cujo criador
diz estar “desconfortável” pelo facto de o Governo querer torná-la
obrigatória;
conclusão: entre terça-feira e o dia seguinte houve 73.509 downloads da
StayAway Covid, não havia polémica até aí; entre quarta-feira e ontem, com a
polémica em curso, 177.470
pessoas instalaram a StayAway Covid - mas este aumento não é um
sucesso, é um retrocesso e tem custos e consequências para algo sagrado, diz
a socialista Isabel Moreira. “Talvez António Costa queira provocar um
debate, talvez queira mexer com as consciências num momento em que a pandemia
assusta em número de infetados. Talvez. Acontece que o poder de iniciativa
legislativa não serve para dramatizar ou para alertar ou para provocar debates.
Quando se apresenta uma proposta de lei é bom que se queira a sua aprovação.
(...) Pode ter sido uma mera dramatização. Mas não se dramatiza com a
liberdade”.
(mas instale a app se puder. e lute pela liberdade mesmo que lhe digam que não
pode. e leia a declaração
de princípios do PS, o partido do primeiro-ministro que nos quer obrigar a
instalar coisas nos nossos telefones: “Ao contrário das correntes políticas de
direita que individualizam a segurança como um valor em si mesma, o PS
perspectiva-a, sem qualquer hesitação, a partir da liberdade”.)
OUTRAS NOTÍCIAS
. Breve boletim covid: O
segundo dia consecutivo acima dos 2.000 casos, há quase 1.000 internados em
enfermaria: o surto em Portugal, em gráficos e mapas e Von
der Leyen em quarentena. Depois do encontro, Costa continua na Cimeira e
ainda dois recordes negativos - França
atinge recorde com mais de 30.000 novos casos em 24 horas e Itália
regista novo recorde de casos diários com 8.804 infeções
. Trump e Biden deram entrevistas simultâneas durante esta madrugada em vez de
debaterem como estava previsto (porque Trump rejeitou um debate virtual depois
de ter tido covid) - poder ver aqui um
resumo mas veja isto também: EUA
2020. Pela Estrada Fora #8: A irritação de Pelosi e o apelo de Trump às
mulheres. Sem esquecer um ponto: China, China, China (Pela Estrada
Fora é uma série de excelentes artigos que o Expresso publica todos os dias, é
uma leitura matinal que deve colocar nas suas prioridades) e ainda Kamala
Harris cancela viagem após dois testes positivos à covid-19 na comitiva de campanha e Eleições
nos EUA. Mais de 17 milhões de votos antecipados indiciam provável recorde de
participação
. Coimas podem chegar aos €375 mil e o negócio até pode ser anulado: ERC
abre contraordenação a Mário Ferreira e à Prisa por causa da TVI
. “Porque nos estão a empurrar?”, perguntou a ministra da Saúde em entrevista à
TVI a propósito das críticas que o atual bastonário dos médicos e cincos
ex-bastonários lhe fizeram - o Presidente da República diz agora que “percebe a
atitude do senhor bastonário”: O
‘empurrão’ de Marcelo: “Já há contactos entre o SNS e os privados”
. Vem aí um conflito: Vodafone
ameaça não concorrer à licença de 5G em Portugal por considerar que as regras
são ilegais e 5G:
NOS considera regras para o concurso “ilegais, inaceitáveis e desastrosas”
. Certamente um dos melhores artigos que vai ler esta semana: Mandetta:
as revelações do ex-ministro de Bolsonaro sobre os bastidores de 90 dias contra
a covid (e como o mundo pode aprender com isso)
. “Os negócios que movimentam mais dinheiro no mundo são sexo, armas, droga e
futebol”: Bruno
de Carvalho deixa cair queixa contra Rui Pinto: “Temos de lhe tirar o chapéu”
. Terça-feira pelas 15h: Lesados
emigrantes do BES em protesto no dia 20 por causa de silêncio do Governo quanto
à sua situação
. “Não podemos manter artificialmente uma dimensão que não tem adesão ao
mercado em que estamos hoje a operar”: Pedro
Nuno Santos: Grupo TAP dispensa 1.600 trabalhadores até ao fim do ano
. Podcast: Posto
Emissor #33: BLITZ convida Manuel João Vieira. Dos fados “proibidos” à extinção
da espécie humana
. Está tudo tão difícil na Europa: Cimeira
europeia: Da pressão sobre Londres à necessidade de maior coordenação contra a
pandemia
. Nesta notícia há informações relevantes para um milhão de famílias e depois
para mais cinco milhões: Regulador
propõe manter tarifas de eletricidade inalteradas em 2021
. Uma sugestão: instale isto ou isto,
não é obrigatório mas é bom
FRASES
“As nossas contas covid não são tão más como as de outros países, mas isso foi
feito à conta dos outros doentes. Quando vemos o excesso de mortalidade total e
não apenas o excel covid da DGS que dá a papinha diária aos jornalistas, vemos
um colapso total da saúde
“É um Orçamento com mais coração que cabeça. Com segurança social sem segurança
financeira. Com mais despesa necessária e mais despesa desnecessária. Com
austeridade, sem expansionismo. Não é um orçamento de esquerda, é um Orçamento
do Bloco de Esquerda. É um Orçamento de assistência do Estado à sociedade e de
assistência da UE ao Estado. Dá para um ano, não dá para mais. É um carro com
amortecedores laborais sem motor empresarial. Para a economia pegar de empurrão
numa subida. É, entre tantos riscos, um orçamento otimista numa economia
pessimizada.” Pedro Santos Guerreiro, no
Expresso
O QUE EU ANDO A LER
Eu tinha um plano para este texto, queria escrever algo muito confessional mas
também disfuncional sobre o ato de escrever, desisti parcialmente disso porque
recebi entretanto um email alucinante, é tão mau que se torna bom e serve
melhor o meu propósito de explicar a doença da escrita - e se o que vai ler
parecer inicialmente um problema irrelevante para a sua vida na verdade vai ser
uma comédia derivante de termos o Estado na nossa vida, sim, o Estado com E
capitular perante quem eu capitulei depois de ele (devia escrever Ele?) me ter
enviado por correio eletrónico o melhor pior texto que li este ano, vamos então
a isto: o meu plano inicial era portanto desenvolver pensamentos elaborados e
certamente delirantes sobre a dificuldade e até o sofrimento de escrever,
preparei citações do Gonçalo M. Tavares e
do Roland Barthes porque
temos de nos socorrer dos consagrados quando nos sentimos desesperados, fui
parar a ambos depois de andar a pensar e a discutir e até a fazer terapia sobre
a amargura de escrever, não sou caso único e conheço mais como eu, andam por aí
muitos convalescentes da escrita, então decidi num esforço terapêutico que
devia prosar sobre a angústia de escrever, tenho um distúrbio obsessivo: quando
nós os patológicos começamos um texto escolhemos minuciosamente palavras que
criem um determinado sentido rítmico quando antecedidas e sucedidas de outras
escolhidas com a mesma minúcia, é uma dança intelectual; construímos
demoradamente frases que retocamos infinitamente até acharmos que são capazes
de incendiar os sentidos de quem nos lê, é uma piromania emocional; repetimos
sequencialmente uma mesma palavra que adquire sentidos diferentes consoante as
palavras que a acompanham, foi o que ainda há pouco fiz ao escrever três vezes
“sentido”, é uma repetição que tenta transformar o texto num refrão, trata-se
de uma tentativa pop de deixar algo insistentemente marcado no pensamento do
leitor; porventura até ousamos violar a pontuação porque queremos um estilo que
cause inquietação; temos fundamentalmente a ilusão de atingir uma escrita
singular que proporcione uma visão diferente sobre as coisas de sempre da vida,
e quando falhamos nisto tudo, e nós os patológicos achamos que falhamos sempre,
é uma aflição que tem manifestações e proporções físicas, há algo no corpo que
se contrai aperta sufoca, que acentua a desconfiança na nossa autoconfiança, é
um pânico provocado por uma obsessão de perfeição que na verdade é uma doença,
tenho um neologismo para isso, inventei agora, é o escritismo, “os ismos são
sufixos formadores de nomes abstratos”, é o que está no dicionário, os ismos são também
sufixos de problemas concretos, este está em mim e noutros, eu tinha alertado
que isto ia ser momentaneamente delirante e agora vai ser instantaneamente
diletante, Roland Barthes: “O estilo [do escritor] tem sempre qualquer coisa de
bruto: é uma forma sem destino, é o produto de um impulso, não de uma intenção,
é como uma dimensão vertical e solitária do pensamento. As suas referências
estão ao nível de uma biologia ou de um passado, e não de uma História: o
estilo é a ‘coisa’ do escritor, o seu esplendor e a sua prisão, é a sua
solidão”, e agora complemento com as “Breves
Notas sobre o Medo” do Gonçalo M. Tavares, há lá uma frase que só não tatuo
no meu corpo porque é demasiado longa para a minha altura mas não para o
tamanho deste texto, “tratas as palavras que dizes como se fossem passageiros
de primeira classe e tu um empregado servil e, face às palavras dos outros,
comportas-te como se elas fossem o empregado servil e tu o passageiro que viaja
em primeira classe”, e como o Estado me pôs na terceira classe ou noutra pior
num email que enviou enquanto eu andava a ler o Barthes e o Gonçalo constatei
que tudo o que acabo de escrever é extremamente aborrecido, peço perdão, vamos
passar para algo mais mundano:
eu quero doar o meu carro, é obrigatório comunicar ao Estado a mudança de
propriedade, já o fiz: há covid e recomendam que se faça tudo online, mesmo que
não houvesse pandemia recomendam o mesmo, não nos querem lá nas repartições
deles e eventualmente nós também não, o site promete que até é mais barato
fazer tudo digitalmente apesar de este processo de uns 15 cliques acabar numa
página com referências multibanco para se pagar €50, fiquei com a impressão de
que o preço por clique está muito caro, e dias depois veio esta resposta de
volta, um email que vou afixar na parede lá em casa, é uma decoração
surrealista:
“O pedido de registo automóvel número XXXXXXX/2020 foi actualizado para o
estado Recusado. Motivo: Recusado, nos termos do artº 49º, alínea b), do
Decreto n.º 55/75, de 12 de fevereiro, por o pedido de registo não ter sido
requerido de acordo com o artigo 4.º, da Portaria n.º 99/2008, de 31 de
janeiro, impedindo a feitura do registo – as pessoas singulares não podem
requerer atos de registo online quando haja documentos para arquivar, os quais
seriam necessários para a feitura do mesmo. Informo que o mesmo é passível de
recurso, nos termos dos artºs 140º e seguintes do C.R.P., ex-vi o artº 29º do
Decreto-Lei nº 54/75, de 12 de Fevereiro. Por motivo e na sequência da recusa
supra, solicita-se a Vª. Exª. , de modo a permitir a devolução emolumentar
ANTES dos 30 dias estipulados no artigo 140º do CRP, o envio de DECLARAÇÃO
é um email peculiar, eu sei, primeiro fiquei indignado depois entretido e agora
sinto que admiro o autor, é um daqueles textos que crescem em nós, diz-se muito
isso sobretudo os ingleses, it grows on you, é preciso um talento apurado para
se escrever daquela maneira, é poesia burocrática, palmas, mas deixou-me
hesitante, não sei se tenho de contratar um advogado ou um professor de
Português porventura preciso de ambos, não entendi se vão ficar com os €50, se
é preciso pagar mais, se me vão prender ou se estão só a gozar, é isso, devem
juntar-se ao fim da tarde a ver quem venceu o concurso da resposta mais
impercetível para o cidadão, eu sofro de escritismo mas o Estado padece de
gozismo, mas há mais, o Estado enviou-me a seguir uma carta nos termos dos
artigos 189.º e 190.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT)
mas também nos termos do n.º7 do art.190.º do CPPT porque tenho de pagar €12,14
nos termos do artigo 201.º do CPPT, e depois há os termos dos artigos 169.º e
199.º do CPPT que não sei de onde vieram, sinto que devo uma fortuna mas são
€12,14 que paguei duas semanas antes de receber estes termos, não interessa, o
Estado avisa que posso ficar com os bens penhorados sem eu saber exatamente
porquê, sinto-me o Joseph
K., tenho de reler o Kafka, mas sempre posso
transformar isto numa lição literária enquanto o Estado não me penhora este
computador em que eu escrevo: a escrita é uma escolha, “é evidente que hoje eu
posso escolher para mim esta ou aquela escrita e nesse gesto afirmar a minha
liberdade, pretender uma frescura ou uma tradição”, a escrita “é uma função: é a
relação entre a criação e a sociedade”, está tudo no “Grau
Zero da Escrita” do Barthes, vai ler isso, Estado, e agora lê-me a mim, há
dias recomendaram-me um medicamento para a minha doença da escrita, disseram-me
para publicar um texto que eu ache só normal, do qual não goste muito, “isso
vai libertar-te”, pois aí está esse texto é este aqui, mas olha, Estado, faz o
mesmo, escreve um texto que aches só normal quando comunicares com o teu
cidadão, faz isso mesmo que não gostes muito, vai libertar-te, e nos termos do
artigo 1 do Código de Procedimento do Meu Escritor Favorito, o São Rubem Fonseca,
aprende com ele quando voltares a escrever aos teus cidadãos:
“- Por que você se tornou escritor?
- A única resposta inteligente para essa pergunta é aquela do Montalbán,
tornei-me escritor para ficar alto e bonito”.
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