# Publicado em português do Brasil
Pedro Brieger | Rebelión | opinião
A pandemia alterou quase todos os aspectos da vida diária, trabalho, relacionamento com o ambiente familiar, política, etc. No contexto de quarentenas estritas, numerosos processos eleitorais na América Latina entre 2020 e 2021 foram afetados; precauções deveriam ser tomadas para prevenir a disseminação de covid-19.
Paradoxalmente, as dificuldades causadas pela pandemia obrigaram o avanço na expansão dos aparelhos eletrônicos a serem mais conectados.
Foi assim que a grande maioria das pessoas vacinadas o fez com informações que chegavam diretamente ao celular, embora ainda existam milhões que não estão conectadas a nenhuma rede e sofreram ainda mais desligamentos.
Posto isto, pode-se começar a pensar que a chamada “pós-pandemia”, que atingirá taxas desiguais em todos os países, pode servir também para expandir os poucos mecanismos democráticos existentes. Hoje existem duas maneiras básicas de influenciar os rumos de um país. Por um lado, o voto tradicional a cada dois, quatro ou seis anos e, por outro, a pressão das ruas das mobilizações de massa.
Ninguém sabe que as pressões exercidas por grupos de poder por meio de reuniões secretas e da instalação de pautas pelos meios de comunicação relacionados podem influenciar muito mais do que um processo eleitoral.