Manlio Dinucci*
Diante de nossos olhos, os nacionalistas integralistas ucranianos restauram os símbolos do nazismo. Em 14 de Fevereiro de 2023, o Presidente Volodymyr Zelensky conferiu à 10ª Brigada Autónoma de Assalto de Montanha «o título honorífico Edelweiss». Edelweiss refere-se à 1ª Divisão de Montanha nazi que «libertou» (sic) Kiev, Stalino, as travessias do Dnieper, bem como Karkiv. A Ucrânia actual continua a celebrar o III° Reich como seu «libertador».
Não estamos no primeiro, mas no nono aniversário da guerra na Ucrânia, desencadeada em Fevereiro de 2014 com o Golpe de Estado sob direção dos EUA-OTAN. Falando de Varsóvia, o Presidente Biden promete « estar ao lado do Presidente Zelensky, aconteça o que acontecer ». Repete-o a Presidente de Conselho Meloni, a qual, invertendo a posição assumida em 2014, assegura a Zelensky que «a Itália estará consigo até ao fim». Declarações inquietantes, dada a real possibilidade de o conflito desembocar numa guerra nuclear, que constituiria o fim não só da Europa, mas do mundo inteiro. A Ucrânia é capaz de produzir armas nucleares e, certamente, em Kiev há quem persiga tal plano.
O que é confirmado pelo New
York Times : «A Ucrânia desistiu de um gigantesco arsenal nuclear 30 anos
atrás. Hoje estão arrependidos». Com a dissolução da URSS, em
«A Ucrânia — adverte o Presidente Putin — pretende criar as suas próprias armas nucleares, e não se trata de uma afirmação avulsa. A aquisição de armas nucleares será muito mais fácil para a Ucrânia do que para outros Estados, que estão a levar a cabo tais pesquisas, sobretudo se Kiev receber um suporte tecnológico estrangeiro. Não podemos excluir isto. Se a Ucrânia adquirir armas de destruição em massa, a situação no Mundo e na Europa mudará drasticamente».
Em que tipo de mãos estariam as armas nucleares ucranianas, é mostrado pelo facto de Zelenskyy ter acabado de conceder à 10ª Brigada de Assalto Ucraniana « o título de honra Edelweiss » : o mesmo nome e símbolo de uma das mais ferozes Divisões nazis. a 1ª Divisão Edelweiss. A qual, em 1943, massacrou em Cefalónia mais de 5. 000 soldados italianos que se haviam rendido.
Manlio Dinucci* | Voltairenet.org |Tradução Alva
* Geógrafo e geopolítico. Últimas publicações : Laboratorio di geografia, Zanichelli 2014 ; Diario di viaggio, Zanichelli 2017 ; L’arte della guerra / Annali della strategia Usa/Nato 1990-2016, Zambon 2016; Guerra nucleare. Il giorno prima. Da Hiroshima a oggi: chi e come ci porta alla catastrofe, Zambon 2017; Diario di guerra. Escalation verso la catastrofe (2016 - 2018), Asterios Editores 2018.
Imagem: O novo emblema da X Brigada de assalto autónoma de montanha ucraniana.
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