sexta-feira, 14 de abril de 2023

Angola | UM TERRORISTA DE CABEÇÃO E SOTAINA – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Aquila non capit muscas (a águia não caça moscas).Eu sei umas coisas de Latim. O meu professor, Dr. Lucas, meteu-me na cabeça que eu devia fazer muitas traduções para ser um latinista. Vai daí traduzi vários textos das Bucólicas. O padre excomungado e terrorista Raul Tati, hoje deputado da UNITA (associação de malfeitores), ousou insultar-me porque recordei aos meus leitores que o seu comparsa Jorge Casimiro Congo teve um percurso idêntico. Roubou os fiéis da Igreja Católica nas capelas de Cabinda. E o dinheiro era usado para proveito próprio (do Congo e do Tati) e para financiar acções terroristas da FLEC.

O padre excomungado e deputado da associação de malfeitores UNITA caiu na asneira de me ameaçar. Sou jornalista há mais de 55 anos, logo, não tenho medo de bandidos. Se fosse de me amedrontar não tinha ficado na profissão 55 minutos. Quando comecei, os perigos eram imensos. Tínhamos a censura prévia, tínhamos a ameaça permanente da PIDE. Tínhamos a repressão patronal. Enfrentei tudo sem virar a cara à luta.

Também quero dizer ao ex-padre e terrorista Raul Tati que não sou mercenário como ele é e ao serviço de muitos donos. Comecei a minha carreira profissional em Angola. Cresci como profissional em Angola. Dei o meu melhor como profissional da Rádio e da Imprensa em Angola. Sou um jornalista angolano que nunca se rendeu, nunca vendeu a sua Pátria, nunca virou a cara à luta.

O ex-padre e terrorista escreve o meu nome com erro de ortografia (Queiróz). A alimária aprendeu latim mas não conhece bem a Língua Portuguesa. Quando se escreve Queiroz (com z) não há lugar ao acento agudo no “o”.  Para mostrar a sua superioridade sobre mim escreveu: Aquila non capit muscas ((a águia não caça moscas). Um  terrorista que roubava dinheiro aos cristãos de Cabinda para encomendar raptos e assassinatos aos bandidos da FLEC não é superior a ninguém. É apenas isso: Um terrorista e traidor. Um homicida. Um assassino tenebroso.

Eu respondo-lhe numa língua que ele deve saber: Nkuvu li lembangana u sombuka mpingu. Literalmente quer dizer “a tartaruga não pode saltar o tronco”. O sentido deste provérbio de Cabinda é este: Raul Tati eu sou muita areia para o teu camião. Não te metas em problemas. Tem cuidado comigo e com o cão.

No seu chorrilho de insultos e ameaças, o ex-padre e terrorista, actual deputado da associação de malfeitores UNITA, diz que a morte do ex-padre e terrorista Jorge Casimiro Congo fez com que o luto se abatesse sobre Cabinda. O Raul Tati não tem maneiras. Só estão de luto os que não foram roubados nas capelas de Cabinda, pela dupla criminosa dos padres expulsos. 

Os roubados estão aliviados. Os familiares daqueles que Congo e Tati mandaram matar estão vingados pela morte. Os cidadãos decentes da província de Cabinda estão agradecidos. E devem ter exclamado: Já não era sem tempo! Raul Tati tem vivido sempre à custa da reconciliação nacional. E à sua sombra ele e seus apaniguados da FLEC cometem crimes hediondos. O ex-padre e terrorista fica avisado: Eu não vou nessa conversa da reconciliação nacional com traidores e ladrões das esmolas dos crentes nas capelas de Cabinda. Não respeito um bandoleiro que vendeu a província de Cabinda a troco de um lugar de deputado nas listas da associação de malfeitores UNITA.

Raul Tati é um inimigo de Angola. Manifesta o seu ódio à Pátria Angolana através dos assassinos da FLEC e dos criminosos de guerra da UNITA. Não me venham falar em reconciliação nacional quando os ex-padres Congo e Tati puseram a FLEC a disparar contra a democracia no momento em que o Fórum Cabindês para o Diálogo assinou a paz. Insultaram e ameaçaram Bento Bembe. Vilipendiaram todos os que trocaram o terrorismo pela paz. Os ex-padres e terroristas Raul Tati e Jorge Congo ficaram com medo de perder o dinheiro que sacavam nas capelas de Cabinda e deram instruções aos terroristas para se radicalizarem. O deputado da associação de malfeitores UNITA acha que os angolanos estão de luto pelo criminoso Jorge Congo.

Raul Tati e Jorge Congo foram expulsos, excomungados, despedidos, eu sei lá, da Igreja Católica. Perderam a capa de santinhos e foram obrigados a revelar-se terroristas. Perderam o dinheiro das capelas. Só ficaram mesmo com a FLEC. Eu não lanço fel sobre ninguém. Mas Tati e Congo estão implicados no ataque terrorista da FLEC contra a caravana desportiva do Togo, no CAN 2010. Dispararam contra o carro da equipa de reportagem do Jornal de Angola. Por pouco não mataram os meus camaradas. Terroristas e ponto final.

O deputado da associação de malfeitores UNITA está enganado. Eu nunca fui colunista do Jornal de Angola nem de nenhum jornal do mundo. Repórter sim. E nessa qualidade participei numa série de reportagens com os membros da direcção e do governo da FLEC que abandonaram as armas. Esses angolanos denunciaram os dois ex-padres e terroristas como mandantes do hediondo crime contra a caravana desportiva do Togo e uma equipa repórteres do Jornal de Angola. Jorge Congo morreu mas não deixou de ser terrorista. Raul Tati está vivo. O seu lugar é na prisão por ter sido o mandante dos homicídios de desportistas em 2010. Os crimes de terrorismo não prescrevem! O ex-padre terrorista devia estar preso.

Os políticos no poder têm todo o direito de pactuar com terroristas da estirpe de Raul Tati. Mas eu não. Como jornalista denunciei o hediondo crime contra a caravana desportiva do Togo e a equipa de reportagem do Jornal de Angola. Como cidadão jamais aceitarei que em nome da reconciliação nacional um ex-padre e terrorista se faça passar como pessoa de bem. Jamais. Muito menos um bispo que apoia os terroristas da FLEC. 

As palavras do Raul Tati contra mim serviram para alguma coisa. O Jorge Congo, depois de perder o tacho na Igreja Católica, depois de perder o dinheiro dos fiéis nas capelas de Cabinda passou a “bispo da Igreja Católica de Cristo Resgatanor das Américas em Cabinda”. O artista viciou-se em roubar o dinheiro dos fiéis e arranjou logo outro disfarce e como bispo. Agora acabou. O ar em Cabinda ficou mais limpo e os cidadãos livraram-se de quem lhes extorquia dinheiro para proveito pessoal e financiar o terrorismo da FLEC. Aleluia!

O deputado da associação de malfeitores UNITA diz que sou covarde. Tu sabes, Tati que não sou. Em Cabinda o povo fala assim: Mambu ma luvunu: ma tubizi nganga! És mentiroso como o feiticeiro. E agora quer acumulas o terrorismo da FLEC com o banditismo da UNITA alem de mentiroso és verdadeiramente um perigo público. Enquanto existirem bandoleiros assim, Angola nunca terá paz. Jamais haverá reconciliação nacional. Ninguém se vai reconciliar com bandidos profissionais e ex-padres terroristas.  

Bandoleiros como Congo e Tati não amam a liberdade. Odeiam Angola. Um bandido morto continua a ser bandido. Um ex-padre terrorista feito deputado continua a ser terrorista. Eu não estou obrigado a concordar com a reconciliação com criminosos de guerra e terroristas que continuam a pensar e agir assim. Tati, nesta história a águia sou eu e tu não passas de um mosquito miruí sedento de sangue.

* Jornalista

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