França impede entrada de cirurgião que ia discursar em conferência sobre atrocidades em Gaza
Ghassan Abu Sitta acusa país de tentar silenciar testemunhas
Ghassan Abu Sitta, um cirurgião
de nacionalidade britânica e palestiniana, foi impedido de entrar em França,
este sábado, pela polícia da fronteira daquele país. O médico esteve na Faixa
de Gaza durante um mês e meio, onde testemunhou diversas atrocidades cometidas
pelo exército israelita, e ia discursar esta tarde numa conferência organizada
no Senado francês, avança o jornal Le Monde.
Segundo o mesmo meio, a polícia francesa explicou que não permitiu a entrada
de Ghassan Abu Sitta porque o médico tinha sido proibido pelas autoridades
alemãs de entrar em qualquer país do espaço Schengen durante um ano.
"A polícia tomou a sua
decisão, não há mais nada que eu possa fazer. É como em Berlim, a
criminalização das vítimas. O grupo que está por detrás do genocídio tenta
silenciar as testemunhas", disse o cirurgião.
A organizadora da conferência, a senadora da Europa Ecologista-Les Verts,
Raymonde Poncet Monge, manifestou a sua "total desaprovação
política". A senadora lembra que o grupo ecologista contactou o gabinete
do ministro do Interior, Gérald Darmanin, para resolver a situação em Roissy-Charles-de-Gaulle,
mas em vão.
"Como é que a Alemanha pode decretar proibições territoriais em todo o espaço Schengen? É inacreditável! Esta é uma nova etapa na repressão de tudo o que tem a ver com a Palestina", afirmou Raymonde Poncet Monge.
* Título PG
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