terça-feira, 4 de junho de 2024

Aqui mora o amor. O que vemos pelo mundo é ódios, genocídios e todo o tipo de crueldades

Bom dia. A seguir vai poder ler o Expresso Curto que Pedro Cordeiro elaborou. Pela nossa parte fixámo-nos no amor que o Pedro trás. Lembrámo-nos de Sérgio Godinho, ali o têm em cima, para abertura, saravá grande Sérgio!

Aqui mora o amor mas o que vemos pelo mundo é ódios, genocídios e todo o tipo de crueldade. A classe política mundial de agora é muito mais desprezível e criminosa que as anteriores. Falamos dessa União Europeia e arredores que tem e mantém nos poderes tipos e tipas eleitas e não eleitas pelos povos. Entretanto os militares vão afiando as baionetas de agora - que são misseis e afins. A morte vai sair à ruas muito mais que agora na Ucrânia e na Rússia, vai espalhar-se pela Europa. Por toda ela. Uma fascista chamada Von der Leyen anda à coca e bem colada à extrema direita, prepara mais um assalto para continuar a ser a chefona do crime de arrastar os países da UE para a guerra. Nuclear certamente, por ordem dos EUA. Mas dizem que é Putin o malandro. Será também mas os EUA é que forjaram toda esta trama que nos tem instabilizado. O conluio tem sido dos criminosos seguidores da UE. Votem neles. Ficarão derretidos pelo nuclear. Isso mesmo. Acabou-se a paz neste burgo de povos europeus... e do mundo.

Abaixo as desgraças. Não falaremos mais nisso até que aconteça e passarmos a andar todos esturricados enquanto lá nos EUA eles andarão no bem bom a produzir bombas e desgraças para todos nós, europeus. O costume.

Vamos lá ao Curto do Expresso enquanto não surgem as queimas e as bombardas. Avante, novas gerações de heróis de pacotilha e de banda desenhada. Vem aí a vida dura, mais dura que ferraduras..

Bem, afinal isto atrás não tem nada a ver com amor. Pois. Prevalece o ódio instituído por esta nova geração de 'sábios' guerreiros. Sabem que mais? Vão à merda em vez de às bombas e destruição da Europa e da humanidade. Pois.

Não é tarde para arrepiarem caminho. Pois.

Muito obrigado Sérgio.

O Curto a seguir. Obrigado Pedro Cordeiro. Avante.

Redação PG | MM

“Às vezes perdura no amor; outras vezes, em vez disso, dói”*

Pedro Cordeiro, Editor da Secção Internacional | Expresso (curto)

Bom dia!

Antes de mais, um convite: amanhã, às 14h, “Junte-se à Conversa” com Eunice Lourenço e David Dinis, para falar sobre “Europeias: previsões e consequências”. Inscreva-se aqui. E na quinta-feira, 6 de junho, às 12h voltam as “Visitas à redação”. Inscreva-se através do mail producaoclubeexpresso@expresso.impresa.pt.

E, para tornar mais agradável a leitura desta newsletter, porque não pôr a tocar a playlist que a Blitz preparou com os 48 artistas que vão atuar, entre quinta e domingo, no festival Primavera Sound, no Porto?

Proponho hoje outras eleições, que se desenrolarão daqui a um mês no Reino Unido. As legislativas, que teriam de acontecer até janeiro de 2025, foram antecipadas há cerca de duas semanas pelo primeiro-ministro, que tem essa prerrogativa. Rishi Sunak fez tal anúncio à porta do n.º 10 de Downing Street, sob chuva pesada, o que serviu de reforço visual às más perspetivas do seu Partido Conservador para aquele ato eleitoral. As sondagens atribuem-lhe, de forma consistente, menos 20 pontos percentuais do que aos trabalhistas de Keir Starmer. Não em vão 78 dos 344 deputados tories preferem não se recandidatar.

É certo que os estudos de opinião não dizem tudo. A escolha da Câmara dos Comuns não é uma única eleição, antes 650, uma vez que se desenrolam em círculos uninominais (algumas explicações úteis aqui). Isso dificulta as previsões, mas a tendência de fim de ciclo é inegável, ao fim de 14 anos no poder e cinco (!) primeiros-ministros (David Cameron, Theresa May, Boris Johnson, Liz Truss e Sunak), dos quais os últimos dois nem sequer passaram pelas urnas. A anterior chefe de Governo só durou mês e meio e causou tal turbulência nos mercados que as contas certas se tornaram preocupação de todos, escreve o Pedro Carreira Garcia.

O arranque de campanha do primeiro-ministro foi aziago. Além da molha que apanhou (mas não podia ter feito a conferência de imprensa dentro de portas?!), foi pouco feliz ao perguntar a eleitores galeses, fazendo conversa num pub, se estavam entusiasmados com o Europeu de futebol que começa no próximo dia 14… e para o qual o País de Gales não se qualificou. No dia seguinte, na Irlanda do Norte, posando com os estaleiros do Titanic em pano de fundo, prestou-se à piada fácil do jornalista que lhe perguntou se também ele se sentia a pilotar um navio que se afundasse. E depois ainda houve esta fotografia divertida…

O pior, porém, chegou ontem. Depois de semanas a assegurar que não concorreria às legislativas, Nigel Farage fez (mais) uma reviravolta e decidiu não só candidatar-se ao círculo de Clacton (que já deu a vitória a um partido eurocético em anteriores eleições) como assumir a chefia do Partido Reformista, sucessor do Partido do Brexit, que por sua vez ocupou o espaço político do Partido da Independência (UKIP), pelo qual foi eurodeputado. É uma péssima notícia para o primeiro-ministro, já que a direita populista de Farage se arrisca a dividir o voto conservador e facilitar a conquista de lugares pelos trabalhistas.

Claro que num mês pode acontecer muita coisa. Hoje à noite a ITV exibe o primeiro debate entre Sunak e Starmer (há outro na BBC a 26 de junho). O chefe da oposição também tem tido problemas, incluindo acusações de estar a sanear os apoiantes de Jeremy Corbyn, seu antecessor e figura de proa da ala esquerdista do Labour. Membros dessa ala foram desencorajados ou mesmo impedidos de concorrer às legislativas. O próprio Corbyn, barrado na sequência de afirmações antissemitas, decidiu candidatar-se como independente ao círculo que representa desde 1983, o que lhe valeu imediata expulsão do partido.

Tanto Sunak (para não desmoralizar as hostes) como Starmer (para que as suas não baixem a guarda) querem evitar a sensação de “favas contadas”. Ainda assim, a antevisão do desfecho das eleições foi consensual no podcast que recentemente gravámos (as camaradas Francisca Ferreira Marques, correspondente do Expresso em Londres; Ana França, que já o foi e integra hoje a redação); e yours truly. Pode ouvi-lo aqui, na certeza de que continuaremos a trazer-lhe toda a cobertura da campanha e do que acontecer depois das eleições. Que esperar de um Governo de Starmer? Que reconfiguração da direita britânica? We’ll see…

*O título de hoje é tomado de empréstimo a Adele, música britânica cujo famoso “Someone like you” tem um refrão que espelha a relação do eleitorado do seu país com o Governo conservador. Sirva também a menção para agradecer à artista o gesto didático pela aceitação e a liberdade que teve durante recente atuação em Las Vegas

Outras notícias

ATIVOS Na última semana de campanha e já após o último debate, na rádio, os candidatos continuam em luta. O PS convocou “senadores” na ausência de Pedro Nuno Santos; o candidato da AD fugiu a críticas ao novo plano migratório português dizendo que não é membro do Governo; a extrema-direita ameaça esse mesmo plano; e recebeu a reprovação dos liberais; os comunistas foram à Feira do Livro; e o Bloco considera que recuamos na política migratória. A equipa de política não descansa!

OCULTOS Vamos deixar de saber quais são as urgências, sobretudo obstétricas e pediátricas, fechadas por incapacidade de resposta. A Vera Lúcia Arreigoso explica esta decisão do Governo. As escalas seguem para a Linha SNS24 sem divulgação pública e com planeamento apenas mensal, ao invés da publicitação online trimestral que existia até agora. A sustentabilidade da saúde é tema do podcast Expresso da Manhã, onde Paulo Baldaia ouve o especialista Pedro Simões Coelho. Está disponível aqui.

PRODUTIVOS O ritmo de instalação de painéis fotovoltaicos em Portugal nos primeiros quatro meses do ano acelerou face a 2023, conta o Miguel Prado. Desde abril, o país tem mais potência solar do que em centrais alimentadas a gás natural. Alcançou uma capacidade fotovoltaica de 4451 megawatts (MW), o que confere às centrais solares o estatuto de terceira maior fonte de produção de eletricidade em termos de potência instalada, atrás das hídricas e das eólicas e à frente do gás natural (4423 MW).

PIONEIRA O México terá uma mulher à frente dos seus destinos, pela primeira vez, em outubro próximo. Claudia Sheinbaum venceu de forma taxativa as presidenciais do passado domingo, ao passo que nas legislativas o seu partido esquerdista obteve uma maioria de dois terços. O Daniel Lozano, um dos nossos repórteres na América Latina, estava lá e traça o perfil da futura chefe de Estado, mulher da linha do Presidente cessante, Andrés Manuel López Obrador, mas de estilo bem distinto.

RESCINDIDO Sérgio Conceição já não é treinador do Futebol Clube do Porto. Com onze títulos e após 2252 dias no cargo, o técnico e antigo jogador bateu recordes de troféus e jogos ganhos, como se narra neste trabalho da Tribuna. Também esteve envolvido em conflitos internos e externos. Acaba por sair com o presidente que mais tempo governou os Dragões, Jorge Nuno Pinto da Costa, substituído pelo candidato opositor André Villas-Boas por decisão dos seus sócios.

Frases

“Vinte e dois anos a produzir sorrisos Na sinfonia das complexidades da vida dos hospitais, onde a tristeza e o sofrimento muitas vezes compõem as notas dominantes, existe uma melodia de cura que paira no ar. É o som do riso que dança pelos corredores de cada hospital onde a Operação Nariz Vermelho está”
Luiza Teixeira de Freitas, da Operação Nariz Vermelho, a celebrar nas páginas do “Público” os 22 anos desta meritória iniciativa

“Talvez pudéssemos considerar a hipótese de que há mais formas de pugnar pela sobrevivência da democracia além de ralhar. Ser o adulto na sala não implica estar constantemente a mandar as crianças para o quarto.”
Manuel Cardoso, colunista do Expresso, num bom libelo contra criancices em política

Podcasts a não perder

DJ Vibe é nome que não pode deixar de soar a quem cresceu e saiu à noite em Lisboa nos anos 90. Ao fim de décadas de percurso, esta referência estreia-se nos álbuns de originais e é convidado da Blitz no Posto Emissor.

Rita Barosa foi a 28ª a transitar do BES para o Governo da República. Convidada por Miguel Relvas, a antiga diretora era muito próxima de Ricardo Salgado, como conta o quinto episódio da investigação jornalística A Agenda de Ricardo Salgado.

Com o torneio a arrancar daqui a dez dias, a Tribuna propõe Retratos do Euro, sobre 11 jogadores portugueses e o selecionador, com episódios emitidos em português e inglês. A tradução é feita com clonagem da voz por inteligência artificial.

O que ando a ler, ouvir e ver

Na ficção, leituras recentes incluíram “Hotel Savoy”, bela elegia do pós-Guerra na Europa Central pela pena do austríaco Joseph Roth, editada pela Dom Quixote sobre a qual escreveu há pouco Pedro Mexia; “Vemo-nos em Agosto”, obra póstuma de Gabriel García Márquez (mesma editora), cuja publicação foi controversa e que, considera Paulo Nóbrega Serra (e tendo a concordar) não brilha como outras do mestre colombiano; a próxima é “Novelas nada exemplares”, publicada no ano em que nasci pelo brasileiro Dalton Trevisan. Quando há 12 anos ganhou o Prémio Camões, nada sabia sobre ele. Desde então li tanto elogio que um dia tinha de ser, e vai ser agora. Comprei-o por tuta e meia na Relógio d’Água, em incursão pela Feira do Livro da capital, que dura até dia 16.

No ensaio, além do muito bom “O ano zero da nova Europa”, de Bernardo Pires de Lima (Tinta-da-China), sobre o qual escrevi aqui e que é pertinente em tempos de decisão sobre voto nas europeias, atirei-me a “Quando Portugal ardeu”, de Miguel Carvalho (Oficina do Livro), que estava pendente há muito e que mão amiga me fez chegar, obra sobre histórias e segredos da violência política no pós-25 de Abril. E porque ainda o espírito da Revolução dos Cravos não me abandonou, recomendo “Mário Soares e o 25 de Abril: o essencial” (Edições 70), de David Castaño, como que versão compacta de livro mais vasto seu sobre a figura cimeira da nossa democracia.

Passemos à música, em que a última atuação ao vivo foi Taylor Swift (puxado pela prole, mas sem qualquer sacrifício, que grande espetáculo!), estando na calha Roberto Carlos, Patti Smith, Ney Matogrosso e Nick Cave. Pelo meio, porque não só de vetustos se faz o alinhamento, ainda fui ouvir as apresentações de dois belos álbuns portugueses: “As Berlengas”, de Benjamim; e “Vergonha na Cara”, de Joana Espadinha. Falta o próximo de Lena d’Água, que sai ainda este ano. Esta grande cantora protagonizou um dos maiores comebacks de sempre, e eu adoro comebacks.

Na erudita, tendes aqui a programação da temporada 2024-25 da Gulbenkian. Já houve tempo para renovar assinaturas, os bilhetes avulsos vendem-se a partir de meio do mês. Há muito do repertório clássico, mas também o delicioso ciclo de músicas do mundo, de que destacaria as vindas de Angélique Kidjo e do concerto “Les Égarés”, que junta o maliano Ballaké Sissoko aos franceses Émile Parisien, Vincent Segal e Vincent Peirani, numa fusão maravilhosa de sons africanos e jazzísticos.

Termino, telegraficamente, com exposições: quero ir ver Pedro Cabrita Reis à Mitra; Siza à Gulbenkian; e Yakoi Kusama a Serralves. E remato, telegraficamente também, com teatro: na agenda estão “Se acreditares muito”, na Trindade; “À primeira vista”, no Maria Matos, com Margarida Vilanova; e “Fica comigo esta noite”, no Tivoli, com Miguel Fallabella e Marisa Orth.

O Curto fica por aqui, a redação do Expresso anda pelo país e pelo mundo para lhe contar tudo o que importa. Até breve e até sempre!

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