Bom dia. A seguir vai poder ler o Expresso Curto que Pedro Cordeiro elaborou. Pela nossa parte fixámo-nos no amor que o Pedro trás. Lembrámo-nos de Sérgio Godinho, ali o têm em cima, para abertura, saravá grande Sérgio!
Aqui mora o amor mas o que vemos pelo mundo é ódios, genocídios e todo o tipo de crueldade. A classe política mundial de agora é muito mais desprezível e criminosa que as anteriores. Falamos dessa União Europeia e arredores que tem e mantém nos poderes tipos e tipas eleitas e não eleitas pelos povos. Entretanto os militares vão afiando as baionetas de agora - que são misseis e afins. A morte vai sair à ruas muito mais que agora na Ucrânia e na Rússia, vai espalhar-se pela Europa. Por toda ela. Uma fascista chamada Von der Leyen anda à coca e bem colada à extrema direita, prepara mais um assalto para continuar a ser a chefona do crime de arrastar os países da UE para a guerra. Nuclear certamente, por ordem dos EUA. Mas dizem que é Putin o malandro. Será também mas os EUA é que forjaram toda esta trama que nos tem instabilizado. O conluio tem sido dos criminosos seguidores da UE. Votem neles. Ficarão derretidos pelo nuclear. Isso mesmo. Acabou-se a paz neste burgo de povos europeus... e do mundo.
Abaixo as desgraças. Não falaremos mais nisso até que aconteça e passarmos a andar todos esturricados enquanto lá nos EUA eles andarão no bem bom a produzir bombas e desgraças para todos nós, europeus. O costume.
Vamos lá ao Curto do Expresso enquanto não surgem as queimas e as bombardas. Avante, novas gerações de heróis de pacotilha e de banda desenhada. Vem aí a vida dura, mais dura que ferraduras..
Bem, afinal isto atrás não tem nada a ver com amor. Pois. Prevalece o ódio instituído por esta nova geração de 'sábios' guerreiros. Sabem que mais? Vão à merda em vez de às bombas e destruição da Europa e da humanidade. Pois.
Não é tarde para arrepiarem caminho. Pois.
Muito obrigado Sérgio.
O Curto a seguir. Obrigado Pedro Cordeiro. Avante.
Redação PG | MM
“Às vezes perdura no amor; outras vezes, em vez disso, dói”*
Pedro Cordeiro, Editor da Secção Internacional | Expresso (curto)
Bom dia!
Antes de mais, um convite: amanhã, às 14h, “Junte-se à Conversa” com Eunice Lourenço e David Dinis, para falar sobre “Europeias: previsões e consequências”. Inscreva-se aqui. E na quinta-feira, 6 de junho, às 12h voltam as “Visitas à redação”. Inscreva-se através do mail producaoclubeexpresso@expresso.impresa.pt.E, para tornar mais agradável a
leitura desta newsletter, porque não pôr a tocar a playlist que a Blitz preparou com
os 48 artistas que vão atuar, entre quinta e domingo, no festival Primavera
Sound, no Porto?
Proponho hoje outras eleições, que se desenrolarão daqui a um mês no Reino
Unido. As legislativas, que teriam de acontecer até janeiro de 2025, foram
antecipadas há cerca de duas semanas pelo primeiro-ministro, que tem essa
prerrogativa. Rishi Sunak fez tal anúncio à porta do n.º 10 de Downing Street, sob chuva pesada, o que serviu de reforço visual às más
perspetivas do seu Partido Conservador para aquele ato eleitoral. As sondagens
atribuem-lhe, de forma consistente, menos 20 pontos percentuais do que aos
trabalhistas de Keir Starmer. Não em vão 78 dos 344 deputados tories preferem
não se recandidatar.
É certo que os estudos de opinião não dizem tudo. A escolha da Câmara dos
Comuns não é uma única eleição, antes 650, uma vez que se desenrolam em
círculos uninominais (algumas explicações úteis aqui). Isso dificulta as previsões, mas a tendência de fim
de ciclo é inegável, ao fim de 14 anos no poder e cinco (!) primeiros-ministros
(David Cameron, Theresa May, Boris Johnson, Liz Truss e Sunak), dos quais os
últimos dois nem sequer passaram pelas urnas. A anterior chefe de Governo só
durou mês e meio e causou tal turbulência nos mercados que as contas certas se
tornaram preocupação de todos, escreve o Pedro Carreira Garcia.
O arranque de campanha do primeiro-ministro foi aziago. Além da molha que
apanhou (mas não podia ter feito a conferência de imprensa dentro de portas?!),
foi pouco feliz ao perguntar a eleitores galeses, fazendo conversa num pub, se
estavam entusiasmados com o Europeu de futebol que começa no próximo dia 14… e
para o qual o País de Gales não se qualificou. No dia seguinte, na Irlanda do
Norte, posando com os estaleiros do Titanic em pano de fundo, prestou-se à
piada fácil do jornalista que lhe perguntou se também ele se sentia a pilotar
um navio que se afundasse. E depois ainda houve esta fotografia divertida…
O pior, porém, chegou ontem. Depois de semanas a assegurar que não concorreria
às legislativas, Nigel Farage fez (mais) uma reviravolta e decidiu não só
candidatar-se ao círculo de Clacton (que já deu a vitória a um partido
eurocético em anteriores eleições) como assumir a chefia do Partido Reformista,
sucessor do Partido do Brexit, que por sua vez ocupou o espaço político do
Partido da Independência (UKIP), pelo qual foi eurodeputado. É uma péssima notícia para o primeiro-ministro, já que a direita
populista de Farage se arrisca a dividir o voto conservador e facilitar a
conquista de lugares pelos trabalhistas.
Claro que num mês pode acontecer muita coisa. Hoje à noite a ITV exibe o
primeiro debate entre Sunak e Starmer (há outro na BBC a 26 de junho). O chefe
da oposição também tem tido problemas, incluindo acusações de estar a sanear os
apoiantes de Jeremy Corbyn, seu antecessor e figura de proa da ala esquerdista
do Labour. Membros dessa ala foram desencorajados ou mesmo impedidos de
concorrer às legislativas. O próprio Corbyn, barrado na sequência de afirmações
antissemitas, decidiu candidatar-se como independente ao círculo que representa
desde 1983, o que lhe valeu imediata expulsão do partido.
Tanto Sunak (para não desmoralizar as hostes) como Starmer (para que as suas
não baixem a guarda) querem evitar a sensação de “favas contadas”. Ainda assim,
a antevisão do desfecho das eleições foi consensual no podcast que
recentemente gravámos (as camaradas Francisca Ferreira Marques, correspondente
do Expresso em Londres; Ana França, que já o foi e integra hoje a redação);
e yours truly. Pode ouvi-lo aqui, na certeza de que continuaremos a trazer-lhe toda a
cobertura da campanha e do que acontecer depois das eleições. Que esperar de um
Governo de Starmer? Que reconfiguração da direita britânica? We’ll see…
*O título de hoje é tomado de empréstimo a Adele, música britânica cujo
famoso “Someone like you” tem um refrão que espelha a relação do
eleitorado do seu país com o Governo conservador. Sirva também a menção para
agradecer à artista o gesto didático pela aceitação e a liberdade que teve
durante recente atuação
Outras notícias
ATIVOS Na última semana de
campanha e já após o último debate, na rádio, os candidatos continuam
OCULTOS Vamos deixar de saber quais são as urgências, sobretudo
obstétricas e pediátricas, fechadas por incapacidade de resposta. A Vera Lúcia
Arreigoso explica esta decisão do Governo. As escalas seguem para a
Linha SNS24 sem divulgação pública e com planeamento apenas mensal, ao invés da
publicitação online trimestral que existia até agora. A sustentabilidade da
saúde é tema do podcast Expresso da Manhã, onde Paulo Baldaia ouve o
especialista Pedro Simões Coelho. Está disponível aqui.
PRODUTIVOS O ritmo de instalação de painéis fotovoltaicos em Portugal nos
primeiros quatro meses do ano acelerou face a 2023, conta o Miguel Prado. Desde abril, o país tem mais potência
solar do que em centrais alimentadas a gás natural. Alcançou uma capacidade
fotovoltaica de 4451 megawatts (MW), o que confere às centrais solares o
estatuto de terceira maior fonte de produção de eletricidade em termos de
potência instalada, atrás das hídricas e das eólicas e à frente do gás natural
(4423 MW).
PIONEIRA O México terá uma mulher à frente dos seus destinos, pela
primeira vez, em outubro próximo. Claudia Sheinbaum venceu de forma taxativa as
presidenciais do passado domingo, ao passo que nas legislativas o seu partido
esquerdista obteve uma maioria de dois terços. O Daniel Lozano, um dos nossos
repórteres na América Latina, estava lá e traça o perfil da futura chefe de Estado, mulher da
linha do Presidente cessante, Andrés Manuel López Obrador, mas de estilo bem
distinto.
RESCINDIDO Sérgio Conceição já não é treinador do Futebol Clube do Porto.
Com onze títulos e após 2252 dias no cargo, o técnico e antigo jogador bateu
recordes de troféus e jogos ganhos, como se narra neste trabalho da Tribuna. Também esteve envolvido em conflitos
internos e externos. Acaba por sair com o presidente que mais tempo governou os
Dragões, Jorge Nuno Pinto da Costa, substituído pelo candidato opositor André
Villas-Boas por decisão dos seus sócios.
Frases
“Vinte e dois anos a produzir
sorrisos Na sinfonia das complexidades da vida dos hospitais, onde a tristeza e
o sofrimento muitas vezes compõem as notas dominantes, existe uma melodia de
cura que paira no ar. É o som do riso que dança pelos corredores de cada
hospital onde a Operação Nariz Vermelho está”
Luiza Teixeira de Freitas, da Operação Nariz Vermelho, a celebrar nas páginas do “Público” os 22 anos desta meritória
iniciativa
“Talvez pudéssemos considerar a hipótese de que há mais formas de pugnar pela
sobrevivência da democracia além de ralhar. Ser o adulto na sala não implica
estar constantemente a mandar as crianças para o quarto.”
Manuel Cardoso, colunista do Expresso, num bom libelo contra criancices em política
Podcasts a não perder
DJ Vibe é nome que não
pode deixar de soar a quem cresceu e saiu à noite em Lisboa nos anos 90. Ao fim
de décadas de percurso, esta referência estreia-se nos álbuns de originais e é
convidado da Blitz no Posto Emissor.
Rita Barosa foi a 28ª a
transitar do BES para o Governo da República. Convidada por Miguel Relvas, a
antiga diretora era muito próxima de Ricardo Salgado, como conta o quinto
episódio da investigação jornalística A Agenda de Ricardo Salgado.
Com o torneio a arrancar daqui a dez
dias, a Tribuna propõe Retratos do Euro, sobre 11 jogadores portugueses e o
selecionador, com episódios emitidos em português e inglês. A tradução é feita
com clonagem da voz por inteligência artificial.
O que ando a ler, ouvir e ver
Na ficção, leituras recentes
incluíram “Hotel Savoy”, bela elegia do pós-Guerra na Europa Central pela pena
do austríaco Joseph Roth, editada pela Dom Quixote sobre a qual escreveu há pouco Pedro Mexia; “Vemo-nos em Agosto”,
obra póstuma de Gabriel García Márquez (mesma editora), cuja publicação foi
controversa e que, considera Paulo Nóbrega Serra (e tendo a concordar)
não brilha como outras do mestre colombiano; a próxima é “Novelas nada
exemplares”, publicada no ano em que nasci pelo brasileiro Dalton Trevisan.
Quando há 12 anos ganhou o Prémio Camões, nada sabia sobre ele. Desde então li
tanto elogio que um dia tinha de ser, e vai ser agora. Comprei-o por tuta e meia
na Relógio d’Água, em incursão pela Feira do Livro da capital, que dura até dia
16.
No ensaio, além do muito bom “O ano zero da nova Europa”, de Bernardo Pires de
Lima (Tinta-da-China), sobre o qual escrevi aqui e que é pertinente em tempos de decisão
sobre voto nas europeias, atirei-me a “Quando Portugal ardeu”, de Miguel Carvalho (Oficina do
Livro), que estava pendente há muito e que mão amiga me fez chegar, obra sobre
histórias e segredos da violência política no pós-25 de Abril. E porque ainda o
espírito da Revolução dos Cravos não me abandonou, recomendo “Mário Soares e o 25 de Abril: o essencial” (Edições 70), de
David Castaño, como que versão compacta de livro mais vasto seu sobre a figura cimeira da nossa
democracia.
Passemos à música, em que a
última atuação ao vivo foi Taylor Swift (puxado pela prole, mas sem qualquer sacrifício, que grande
espetáculo!), estando na calha Roberto Carlos, Patti Smith, Ney Matogrosso e
Nick Cave. Pelo meio, porque não só de vetustos se faz o alinhamento, ainda fui
ouvir as apresentações de dois belos álbuns portugueses: “As Berlengas”, de Benjamim; e “Vergonha na Cara”, de Joana Espadinha. Falta o próximo de
Lena d’Água, que sai ainda este ano. Esta grande cantora protagonizou um dos
maiores comebacks de sempre, e eu adoro comebacks.
Na erudita, tendes aqui a programação da temporada 2024-25 da
Gulbenkian. Já houve tempo para renovar assinaturas, os bilhetes avulsos
vendem-se a partir de meio do mês. Há muito do repertório clássico, mas também
o delicioso ciclo de músicas do mundo, de que destacaria as vindas de Angélique
Kidjo e do concerto “Les Égarés”, que junta o maliano Ballaké Sissoko aos
franceses Émile Parisien, Vincent Segal e Vincent Peirani, numa fusão
maravilhosa de sons africanos e jazzísticos.
Termino, telegraficamente, com exposições: quero ir ver Pedro Cabrita Reis à Mitra; Siza à Gulbenkian; e Yakoi Kusama a Serralves. E remato, telegraficamente
também, com teatro: na agenda estão “Se acreditares muito”, na Trindade; “À primeira vista”, no Maria Matos, com Margarida Vilanova;
e “Fica comigo esta noite”, no Tivoli, com Miguel Fallabella e
Marisa Orth.
O Curto fica por aqui, a redação do Expresso anda pelo país e pelo mundo para lhe contar tudo o que importa. Até breve e até sempre!
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