AGUIAR-BRANCO
FOI COLEGA DE LICEU DO 'CHICO FININHO'
Parlamento:
Conferência de Líderes ‘salva’ concerto de 140 mil euros de Rui Veloso
Aos 67 anos, Rui Veloso continua a ser bastante requisitado, mas saiu-lhe agora a 'sorte grande'. Por motivos ainda não esclarecidos, foi escolhido para abrilhantar um concerto em Maio nas escadarias do Parlamento, a preços muito acima dos praticados no mercado. O contrato com a Assembleia da República foi assinado na véspera da queda do Governo e, na passada quarta-feira, 'reconfirmado' em Conferência de Líderes, presidida por Aguiar-Branco, amigo de longa data de Rui Veloso, com quem até gravou um disco de edição restrita.
Num cenário onde a repetição política se tem esvaído ao sabor dos conflitos de interesse e promiscuidades em torno da alteração da Lei dos Solos – com a possibilidade arbitrária de se transformar terrenos rurais pouco valorizados em áreas urbanizáveis de elevado valor, criando-se mais-valias de um dia para o outro –, ontem aplicou-se, durante o debate da moção de censura do Chega, um adágio: “fala o roto do nu”.
Com efeito, depois do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, ter sido demitido após se saber que criara duas empresas imobiliárias; depois da revelação da existência de uma empresa familiar de consultadoria (a Spinumviva) de Luís Montenegro e dos seus terrenos rurais; depois do ministro da Coesão Territorial ter confessado que vendeu recentemente a sua quota de uma empresa imobiliária; e depois da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, e da ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, também entraram no lote de “governantes imobiliários”, eis que surgiu o contra-ataque: afinal, até no Chega havia deputados “promíscuos”. E logo quatro.
De entre as três empresas em que declaram participações, uma delas – a Portocovi – tem atividades no setor imobiliário. Com uma participação minoritária do social-democrata (38,97%), a Portocovi tem sede em Lisboa, um capital próprio de 29 mil euros e no seu objeto social é “a compra e venda de bens móveis e imóveis, locação, gestão de bens próprios ou alheios e prestação de serviços”.
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